Você sabia que pode ser feita uma relação entre a saúde bucal do homem e o problema da disfunção erétil?
Entretanto, outros fatores podem causar a disfunção erétil, também chamada de impotência sexual, como o ronco e a apneia do sono também.
Disfunção erétil é quando o homem não consegue alcançar, ou então permanecer, com o órgão sexual rígido o suficiente para possuir uma relação sexual satisfatória.
Entretanto, é válido pontuar que existe diferença entre impotência e infertilidade, pois eles não são sinônimos.
A infertilidade no homem, entretanto, é quando o ele possui uma produção baixa ou inadequada de espermatozoides.
Os motivos que podem causar essa disfunção são alterações hormonais, varicocele ou então inflamações e infecções.
Contudo, esse problema pode acometer tanto homens quanto mulheres, mas não apresenta risco de disfunção erétil.
De toda maneira, nesse artigo nós iremos analisar a inferência que uma boa saúde bucal tem na impotência sexual.
Confira conosco e saiba mais sobre esse problema e a relação odontológica que ele possui.
Qual é a ligação entre a disfunção erétil e a falta de higiene bucal?
Apesar de parecer que não existe uma ligação entre o hábito de escovar os dentes e o desempenho sexual, foi feito um estudo que confirma essa ligação.
Publicado pelo Journal of Sex and Medicine e divulgado pelo site Your Tango, a análise feita em ratos mostra que a higiene bucal possui influência sobre a relação sexual.
De tal maneira, periodontite e infecções gengivais foram pontos que causaram disfunção erétil nos testes feitos.
Mas isso se dá ao fato de que, devido à periodontite a enzima que exerce estímulo no fluxo sanguíneo peniano e nas ereções, a eNOS, se encontra menor do que o nível considerado normal.
Por outro lado, um estudo feito na Universidade Inonu, na Turquia, apontou que dos 160 homens analisados na faixa etária de 30 e 40 anos, metade possuía problemas de ereção e a outra metade não.
Os resultados foram: 53% daqueles que possuíam impotência sexual tinham inflamações na gengiva, enquanto no outro grupo somente 23% possuía inflamação gengival.
Mas a explicação para isso é simples, as bactérias que entram na gengiva podem também entrar em vasos sanguíneos do corpo humano e entupir outras regiões.
De tal maneira, somada à possibilidade de que as alterações nos vasos sanguíneos causem problemas cardíacos, essas bactérias também podem alterar os vasos da região do pênis.
Quanto mais grave for o problema de periodontite ou gengivite, maior é o risco de que ele seja associado à disfunção erétil.
E tendo em vista que esse problema nas gengivas é sinal de falta de higiene bucal ou higienização mal feita, este se torna um ponto que merece atenção maior e dobrada caso o homem não queira passar a apresentar tal problema.
O ronco possui alguma influência sobre esse problema?
Além da saúde bucal, o ronco também é um fator que pode comprometer o desempenho sexual do homem.
Mas isso se dá pelo fato de que o sono acaba sendo afetado e não tenha os ciclos de descanso necessários sendo completos.
Entretanto, este é um sinal de um problema ainda maior: a apneia do sono, doença que faz com que a respiração durante o sono seja suspensa por alguns segundos.
É justamente esse interrompimento que faz com que o sono seja mais dividido e até insignificante em alguns casos, como se a pessoa não tivesse dormido.
De tal maneira, o organismo acaba por sofrer alterações no metabolismo. E somado à perda de energia, que causa mais cansaço, o homem pode sentir problemas com relação à ereção.
Segundo um estudo Episono, do Instituto do Sono da Unifesp, homens acima de 40 anos com dificuldades para dormir possuem cerca de o dobro de risco de possuírem disfunção erétil.
E quando passa dos 50 anos, a chance se torna quatro vezes maior.
Sendo assim, quanto mais distúrbios do sono e quanto mais velho o homem for, maior é o risco de perder a potência sexual.
E é aí que entra a odontologia do sono, uma vez que é a área da odontologia especializada em problemas como ronco e apneia.
Primeiro será feito um exame de polissonografia para poder ser feito o diagnóstico do nível em que se encontra o problema.
Sendo leve ou moderado, o dentista poderá cuidar por meio de dois possíveis tratamentos:
- Cirurgia ortognática: técnica que se consiste no reposicionamento dos maxilares para ajudar a respiração, entretanto é feita em conjunto com um tratamento ortodôntico;
- Aparelho intraoral: possui o papel de estabilizar a mandíbula de forma a não existir uma interrupção na passagem de ar, sendo aconselhada em casos de ronco e apneia.
A placa de bruxismo também é desenvolvida por essa área da odontologia, entretanto em alguns casos é constatado o agravamento da apneia dos pacientes.
Sendo assim, é recomendado que exista um acompanhamento com um profissional especializado nessa área para obter o melhor diagnóstico e tratamento.
Mas quais são os outros fatores que causam este o problema?
Tendo em vista que a ereção do homem depende de um trabalho em conjunto de diversos órgãos e tecidos funcionando em harmonia, existe mais do que uma razão pela qual esse problema pode estar presente.
Entretanto, nem sempre os médicos conseguem obter um diagnóstico que define qual é a participação de cada órgão e tecido nessa disfunção.
Todavia, podem ser elencadas algumas causas, além das que foram citadas anteriormente:
- Distúrbios psicológicos;
- Diabetes;
- Queda de testosterona;
- Ansiedade;
- Esclerose múltipla;
- Tratamentos para próstata aumentada ou câncer de próstata;
- Lesões que atingem os nervos ou artérias que controlam a ereção;
- Problemas no sistema endócrino;
- Lesões na medula espinhal;
- Mal de Alzheimer;
- Mal de Parkinson;
- Doenças vasculares como hipertensão arterial e aterosclerose, que causam entupimento das artérias e veias de forma a dificultar a chegada do sangue no pênis;
- Consumo de medicamentos em excesso;
- Doença de Peyronie ou fibrose nos corpos cavernosos;
- Tabagismo;
- Alcoolismo.
Também entra nessa lista as cirurgias pélvicas, que podem prejudicar o funcionamento normal do órgão sexual masculino.
Podem ser elencados fatores de risco?
Os mesmos fatores de risco de doenças cardiovasculares como o infarto, por exemplo, também são considerados para esse a impotência sexual.
Contudo, apesar de já terem sido apontados alguns deles anteriormente, podemos elencar:
- Diabetes;
- Hipertensão arterial;
- Colesterol e triglicérides alterados;
- Tabagismo;
- Obesidade;
- Sedentarismo.
Mas todos esses fatores se dão pelo devido ponto de que para que o pênis fique ereto e se mantenha rígido, é necessário um grande fluxo de sangue no órgão.
Todavia, existem outros fatores que podem ser considerados também como risco, e eles envolvem muito a auto-estima, auto-confiança e o emocional do homem, como:
- Desemprego;
- Aposentadoria;
- Crise financeira;
- Momento de luto pela morte de um ente querido.
E com relação ao tabu que diz sobre o envelhecimento e a disfunção erétil, podemos confirmar que o envelhecimento por si só não causa esse problema.
Todavia, a disfunção erétil é um problema que pode ser o sintoma para problemas como a hipertensão, por exemplo.
E caso sofra com isso, é aconselhado que seja procurado um médico o quão antes possível.
Existe algum tipo de tratamento para a disfunção erétil?
Existe uma cura para o problema, e o primeiro ponto para o tratamento é justamente o esforço e dedicação do paciente.
Sendo assim, é aconselhado que seja procurado um urologista e que hábitos de vida saudáveis passem a ser tomados.
De toda forma, o tratamento varia de acordo com a causa do problema e a forma como o paciente vive, e é após um diagnóstico e uma análise clínica que pode ser definido qual tipo de tratamento será feito.
Contudo, existem quatro maneiras, sendo elas:
- Injeções intracavernosas: é aplicada uma substância que estimula a circulação de sangue na região peniana, de forma a aumentar o fluxo sanguíneo e causar a ereção;
- Medicamentos via oral: comumente a primeira opção de terapia caso o paciente não apresente lesões nas artérias penianas, as substâncias favorecem o fluxo de sangue no órgão, contribuindo para a ereção;
- Prótese peniana: o tratamento mais complexo e invasivo por ser uma cirurgia. Será colocada uma haste de metal envolta de silicone no órgão sexual, mantendo-o suficientemente ereto para que a penetração ocorra;
- Terapia: aconselhada em caso de bloqueios psicológicos onde um terapeuta com especialização em sexologia é indicado, e ele conversa com o paciente para mudar os pensamentos e possíveis cobranças.
Todavia, quem irá definir qual é o melhor tipo de tratamento é o médico após feito o diagnóstico do paciente.
Sendo assim, é extremamente aconselhado que seja feito uma consulta com um bom profissional antes de ser feito qualquer procedimento, e é contraindicado que a automedicação seja feita sem consulta prévia de um médico.
E tem maneiras de prevenir a aparição desse problema?
Existe sim uma forma de prevenir que esse problema seja presenciado, e as indicações são praticamente às mesmas passadas para prevenção de doenças cardiovasculares, sendo elas:
- Adotar hábitos de vida que sejam saudáveis;
- Controlar o peso;
- Manter uma constância de exercícios físicos;
- Parar de fumar;
- Seguir tratamento de hipertensão à risca;
- Controlar taxas de glicose e utilizar os medicamentos corretos para diabetes;
- Estar atento à problemas como a apneia e com a higiene bucal, fatores que também possuem influência sobre esta disfunção.
Juntamente com estes pontos, são recomendadas visitas constantes ao médico para evitar que a disfunção erétil seja presenciada, e que o tratamento correto possa ser feito caso o problema esteja presente.