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O que é o método de Hirtz e quando ele deve ser utilizado?

O que é o método de Hirtz e quando ele deve ser utilizado?
O que é o método de Hirtz e quando ele deve ser utilizado?

Você sabe quando o método de Hirtz é indicado e quais anormalidades podem ser diagnosticadas por meio dele? Confira aqui

Ao falarmos sobre radiologia, é necessário entender que existem diversas técnicas. E dentre elas, existe também o método de Hirtz.

Confira neste artigo todas as questões que envolvem o método de Hirtz, bem como a indicação de uso e também o que pode ser identificado por meio desse recurso.

Método de Hirtz é uma das aplicações radiológicas especiais do crânio. Por meio dela o profissional pode analisar os seguintes pontos no paciente:

  • Cristas petrosas, conhecido como rochedo e localizado abaixo dos seios maxilares;
  • Palato duro;
  • Forame oval (um canal localizado no septo, entre os dois átrios cardíacos) e espinhoso;
  • Mandíbula;
  • Seios esfenoidais e etmoidais posteriores;
  • Processo mastoide, uma projeção em formato de cone localizada na parte de trás do osso temporal;
  • Forame magno;
  • Osso occipital.

É importante frisar que nem todos esses pontos são importantes para os diagnósticos feitos por um profissional da área da odontologia.

Mas se você é um técnico de radiologia ou então possui interesse na área, o nosso convite é que você confira agora quais são as especificidades desse tipo de exame. Vamos lá?

O Que é Esse Método e Quando Ele é Indicado?

Como citamos anteriormente, a técnica de  Hirtz é um tipo de exame que permite que o profissional visualize principalmente a base do crânio do paciente.

Sendo assim, o também conhecido como incidência submentovértice ou radiografia axial, possibilita ao dentista a realização de um estudo complementar da cabeça do paciente.

De tal forma, essa técnica é indicada quando o profissional deseja fazer uma avaliação do caso do paciente quando existe uma suspeita de eventuais lesões que pode vir a afetar os ossos da face ou então do crânio.

Existem duas contraindicações para esse tipo de exame que na verdade andam juntas: quando o paciente tem um ou mais traumas na coluna, ou então se ele possui uma artrose cervical avançada.

Agora, fora essa situação em específico, não existem outras contraindicações.

O Que o Método de Hirtz Pode Identificar?

Uma vez elencado o que é essa técnica e quando ela pode ser aplicada, é necessário explicar então o que pode ser diagnosticado por meio dela.

A principal forma que os profissionais usam é Hirtz para mandíbula, sendo uma das técnicas que permite uma melhor visualização dessa região.

Ainda assim existem outras aplicações para esse método, que são:

  • Investigar como está o seio esfenoidal;
  • Analisar a espessura médio-lateral da mandíbula;
  • Acompanhar a rotação condilar;
  • Diagnosticar eventuais fraturas no arco zigomático;
  • Analisar como está a parede posterior do seio maxilar do paciente;
  • Examinar côndilo mandibular;
  • Estudo de fratura ou luxação da articulação temporomandibular (ATM);
  • Lesões destrutivo-expansivas que afetam o palato ou então na base do crânio.

Para esse último caso, as lesões nada mais são do que irregularidades que desfazem os ossos e que aumentam gradativamente se o paciente não realizar um tratamento.

Na odontologia, esse exame pode ser de grande serventia tanto para a ortodontia como também para a área de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial.

Em Qual Posição a Cabeça do Paciente Deve Ficar?

Por fim, falaremos agora então do posicionamento da face do paciente para que esse método seja aplicado.

É válido ressaltar que ela pode ser feita tanto com o paciente em pé, quanto sentado ou então deitado. O importante é que ele esteja em posição ereta por ser mais confortável.

Para realizar o exame, ele deve fazer uma extensão do pescoço, deixando o queixo elevado de forma que a linha infra-orbitomeatal (LIOM) fique paralela ao filme utilizado para tirar a radiografia.

O ponto mais alto da cabeça do paciente deve ficar apoiada no mural que segura o filme do raio X, chamado de Bucky mural.

Dessa forma, o raio central entrará logo abaixo da linha do queixo, gerando o resultado que o profissional almeja.

A recomendação dos profissionais é que o paciente seja o menos ajustado possível, fazendo o posicionamento adequado apenas do aparelho de raio X.

Entretanto, é necessário que ele segure a respiração durante o tempo de exposição da radiografia e evite se mexer também, afinal isso pode adulterar a imagem gerada pelo exame.

Lembre-se também de pedir que o paciente retire todos os objetos de metal, plástico e outras peças removíveis para que isso não altere a radiação e, consequentemente, o resultado.

Afinal, isso é de suma importância para que o método de Hirtz seja realmente efetivo em sua proposta!

ACESSO RÁPIDO
    Ramiro Murad
    Ramiro Murad Saad Neto, cirurgião-dentista com registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 118151, é graduado pela UNIC e residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Facial no Sindicato dos Odontologistas de São Paulo (SOESP - SP). Possui habilitação em Harmonização Orofacial e também é gestor de clínicas e franquias odontológicas. Além disso, é integrante da equipe Bucomaxilofacial da Clínica da Villa, que está na Rua Eça de Queiroz, 467 - Vila Mariana, São Paulo - SP.

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