O câncer de mama é o câncer mais comum a acometer mulheres no mundo e também no Brasil. Com o intuito de informar as mulheres a respeito da prevenção da doença, o mês de outubro ficou conhecido como um período de mobilização e de conscientização do câncer, popularmente chamado de Outubro Rosa.
Mais do que uma mobilização pela prevenção do câncer de mama em um único mês, o Outubro Rosa, também conhecido como Campanha Internacional de Conscientização do Câncer de Mama, tem como objetivo despertar a população para esta causa durante todo o ano.
O Outubro Rosa é uma campanha de abrangência mundial que tem como propósito a prevenção da doença por meio mamografia e a detecção primária do câncer, levando informação à população, em especial as mulheres, sobre os sintomas e os fatores de risco do câncer de mama.
Por que o câncer de mama é tão preocupante?
Como dito anteriormente, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres ao redor do mundo, atrás apenas do câncer de pele não melanoma.
Esse câncer responde hoje por 28% dos casos novos de câncer em mulheres, segundo o Ministério da Saúde.
As estatísticas indicam ainda um aumento de sua incidência em todo o mundo. Em 2017, por exemplo, ocorreram 16.724 mortes de mulheres no Brasil em decorrência do câncer de mama.
Já para o ano de 2019, a estimativa é de que mais 59.700 novos casos da doença sejam identificados.
Desta forma, fica clara o quão preocupante é o câncer de mama para população, além de ressaltar a importância de uma campanha de abrangência mundial, como o Outubro Rosa.
Como prevenir o câncer de mama?
Por ser uma doença com um alto índice de incidência, a prevenção faz-se um dos pontos mais importantes do Outubro Rosa.
O câncer de mama é uma doença que não apresenta sintomas em sua fase inicial, isso significa que a sua detecção ainda em fase precoce é considerada muito difícil.
Ao passo que essa detecção precoce faz-se imprescindível para o sucesso do tratamento oncológico, já que quanto mais cedo ele for identificado, mais altas são as taxas de sucesso desse tratamento.
Portanto, a prevenção da doença é uma das maiores armas no seu combate. Ela consiste no controle dos fatores de risco conhecidos, bem como a adoção de hábitos que são considerados protetores.
Os fatores de risco mais conhecidos são:
- Excesso de peso corporal;
- Consumo de álcool;
- Terapia de reposição hormonal;
- Histórico familiar.
Estima-se que, através de uma boa alimentação, exercício de atividades físicas e manter um nível de gordura corporal adequado, é possível reduzir as chances do aparecimento do câncer de mama em até 28%.
Outras práticas consideradas protetoras é evitar ou diminuir o consumo de álcool, bem como a amamentação.
A realização da mamografia, exame realizado para diagnosticar o câncer de mama, também é uma forte ferramenta na prevenção da doença e no diagnóstico precoce.
Ele deve ser realizado anualmente nas mulheres a partir dos 35 anos de idade.
Consequências do tratamento oncológico no ambiente oral
Como sabemos, o tratamento contra o câncer pode causar inúmeros efeitos colaterais ao paciente, dependendo da forma com que seu corpo reage ao tratamento.
Dentre esses efeitos colaterais, é comum que a saúde bucal também seja afetada. Confira, a seguir, quais são os possíveis efeitos da quimio ou radioterapia no ambiente oral:
- Dentes sensíveis;
- Gengivas sensíveis;
- Mucosa sensível;
- Perda de paladar;
- Surgimento de mucosite (feridas);
- Xerostomia (boca seca);
- Infecção por fungos (candidose ou sapinho);
- Cárie de radiação.
Câncer de mama e odontologia
A campanha Outubro Rosa possui um papel importante também dentro dos consultórios odontológicos, visto os dados alarmantes a respeito do câncer de mama.
O Conselho Federal de Odontologia (CFO) reforça a importância do Outubro Rosa e fortalece a campanha, considerando a doença como um problema de saúde pública.
A discussão a respeito da doença deve estar presente nos mais diversos campos da saúde, a fim de potencializar o efeito dessa campanha nas mulheres em todo o Brasil e mundo.
Dessa forma, trazer a conscientização sobre o câncer de mama também ao consultório odontológico faz-se uma ação essencial. Portanto, o conhecimento a respeito do câncer de mama dentro da odontologia não cabe só ao estomatologista, mas a todo e qualquer cirurgião-dentista.
Portanto, o profissional da odontologia possui um papel importante no movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, devendo somar forças aos profissionais da saúde ao redor do mundo no combate à doença.
Mas não para por aí. O cirurgião-dentista ainda possui uma grande responsabilidade no tratamento de pacientes oncológicos. Afinal, como vimos no tópico anterior, a quimioterapia e a radioterapia podem afetar a saúde bucal do paciente.
Assim, cabe ao dentista trabalhar de forma conjunta com o médico responsável pelo tratamento oncológico do paciente, a fim de melhor definir quais os cuidados preventivos, paliativos e curativos deverão ser realizados para promover a redução dos danos ao ambiente bucal.
Dessa forma, o profissional precisará conhecer o tipo de tratamento estabelecido, bem como as medicações prescritas e seus possíveis efeitos sobre a região bucal, entre outras questões.
Essas informações auxiliarão o dentista a proporcionar a melhor qualidade possível à terapia, oferecendo maior suporte ao paciente.
Odontologia na oncologista
A campanha Outubro Rosa, além de ser um importante movimento de conscientização do câncer de mama, também lembra à classe odontológica a grande incidência de outros cânceres no grupo feminino, como é o caso do câncer bucal.
Para o odontologista, o mês de outubro deve ter um significado duplo. Além de informar e discutir a incidência do câncer de mama, o câncer bucal também deve ser lembrado aos seus pacientes.
Portanto, como um profissional da saúde, o dentista deve se preocupar com a saúde em geral dos seus pacientes, fazendo do Outubro Rosa um gancho para levar a informação sobre o câncer de mama e outros tumores que podem atingir a região oral e o corpo de maneira geral.