DENTISTAS

Osteossarcoma: sintomas, tratamentos e relação com a odontologia

Osteossarcoma: sintomas, tratamentos e relação com a odontologia

Preocupando principalmente pacientes jovens, possui sinais e sintomas bastante expressivos

Sabemos o quão complicado é o surgimento de um câncer, não é mesmo? O osteossarcoma é um dos tipos malignos que exige, principalmente, um diagnóstico certeiro.

Dessa forma, apesar de possuir sim um tratamento, o Osteossarcoma costuma deixar rastros no paciente. Por ser maligno, precisa de tratamentos desde a radio até a quimioterapia.

Osteossarcoma é um tipo de câncer ósseo que começa nas células formadoras dos ossos. Conhecido também por osteoma sarcomatoso, é o mais maligno dos sarcomas ósseos e afeta com maior foco as extremidades dos ossos longos.

O que é o Osteossarcoma?

Além dos nomes que já citamos, é possível que você encontre informações se referindo a ele como sarcoma osteogênico.

De forma geral, é o tumor ósseo maligno primário mais comum em crianças, conhecido por osteossarcoma infantil, e nos adolescentes, com seu principal pico de surgimento entre a segunda e terceira décadas de vida.

Apesar de se desenvolver em qualquer osso do corpo humano, os locais mais frequentes em que esse tipo de câncer afeta são:

  • Fêmur distal;
  • Área do joelho (tíbia proximal);
  • Ombro (úmero proximal);

Até o final da adolescência não existe muita diferença de incidência entre meninos e meninas. Porém, é no fim dessa época em que o sexo masculino começa a predominar no diagnóstico da doença.

Quais os fatores de risco do Osteossarcoma?

Por ser um tipo de câncer que as condições genéticas e hereditárias podem aumentar a possibilidade de seu desenvolvimento, não existem medidas certas de prevenção.

Ainda assim, conhecemos então alguns fatores que incluem as pessoas que são considerados como um grupo de risco. São eles:

  • Pacientes com Síndrome de Li-Fraumeni;
  • Doença de Paget;
  • Retinoblastoma Hereditário;
  • Osteogênese imperfeita.

Com relação à causa, no geral, os cânceres nos ossos são causados por erros no DNA das células. Essas começam a se multiplicar e crescer sem controle.

Dessa forma, essa nova massa ou tumor que está se criando a partir do aumento, começa a invadir o espaço de outras estruturas próximas.

Sinais e sintomas do Osteossarcoma

Muito expressivos, os primeiros alertas irão variar de acordo com o local em que o tumor está ligado, se for na região da cabeça, por exemplo, pode indicar um Osteossarcoma craniofacial. Porém, os mais comuns são:

  1. Dor nos ossos ao se mover, descansar ou ao levantar objetos;
  2. Fraturas ósseas;
  3. Inchaço local;
  4. Vermelhidão;
  5. Mancar;
  6. Limitação de movimentos nas juntas.

De primeira mão, os pacientes costumam se queixar da dor e do inchaço. Esses podem apresentar, inclusive, uma piora durante a noite.

É muito comum ainda que o paciente tente associar a dor a algum trauma recente. Porém, muitas vezes não há nenhum tipo de traumatismo ou lesão relacionada com atividades físicas ou acidentes.

Realizando o diagnóstico do Osteossarcoma

Infelizmente, o que mais ocorre é que os pacientes já apresentam o tumor em um estágio avançado quando o diagnóstico é feito – o que dificulta o tratamento.

Para que seja feito um diagnóstico que vá além do histórico do paciente e do exame físico, o médico precisa de tomografias do tórax para procurar metástase pulmonar e cintilografia óssea para pesquisar metástases ósseas.

A ressonância magnética do tumor primário também é muito comum nesse caso. Após realizada, vai para uma avaliação da extensão do tumor dentro da medula e dos tecidos moles em volta do osso.

Como funciona o tratamento do Osteossarcoma?

Entre as diversas etapas do tratamento, a cirurgia oncológica ortopédica de ressecção, junto com a quimioterapia é o principal tratamento.

Dessa forma, essa é a opção que evita a necessidade amputação na maioria dos pacientes com esse tumor, ao contrário de outros tumores.

A radioterapia porém não tem muito valor no tratamento destes tumores. Cabe ao médico avaliar a situação de cada paciente e saber se encaixa ou não.

Já a quimioterapia é parte essencial do tratamento. Porém, a lista de remédios contra o osteossarcoma é muito restrita. Existem 4 tipos de medicamentos que são considerados os mais ativos:

  1. Methotrexate em altas doses;
  2. Doxorrubicina;
  3. Cisplatina;
  4. Ifosfamida.

Existem dois momentos em que a quimioterapia entra no tratamento da doença:

Quimioterapia pré-operatória

Antes da operação, sua finalidade é facilitar a cirurgia com margens adequadas, aumentando as taxas de preservação de membros e proporcionando amputações mais econômicas com menor risco de recidivas locais.

Dessa forma, consegue oferecer melhores próteses externas com melhor qualidade funcional. Ainda assim, é uma enorme oportunidade de avaliar a necrose do tumor, identificando os grupos de risco.

Quimioterapia pós-operatória

Ainda falando da importância do item anterior, as respostas à quimioterapia pré-operatória e a cirurgia são essenciais para poder traçar qual será o prognóstico para a quimioterapia pós-operatória.

Por isso, em casos de baixa resposta aos tratamentos anteriores, é comprovado que a terapia pós-operatória de resgate não irá oferecer nenhum tipo de melhora.

Taxa de sobrevida do Osteoma Sarcomatoso

Essa taxa é muito utilizada pelos médicos no momento de discutir o prognóstico de um paciente com câncer.

A taxa de sobrevida em 5 anos se refere à porcentagem de pacientes que vivem pelo menos 5 anos após o diagnóstico da doença.

Porém, não é algo que possa ser generalizado, pois, muitas pessoas vivem muito mais tempo do que 5 anos e conseguem ser curados.

Ainda assim, alguns fatores que podem afetar a taxa de sobrevida:

  • Ser jovem (criança ou adulto jovem);
  • Ser do sexo feminino;
  • Tumor localizados em um membro (braço ou perna);
  • Tumor totalmente ressecável;
  • Fosfatase alcalina e DHL normais;
  • Tumor com boa resposta à quimioterapia.

Relação do Osteossarcoma com a Odontologia

É comum que esse câncer ocorra na mesma proporção na área da maxila, conhecido por osteossarcoma em maxila, ou seja um osteossarcoma na mandíbula.

Normalmente, ele irá causar o deslocamento dos dentes e pode determinar uma parestesia do nervo alveolar inferior na mandíbula e do nervo infra-orbitário na maxila.

Por meio de exames radiológicos, o aspecto do osteossarcoma maxilar irá variar em função do grau de atividade osteoblástica ou osteolítica que apresenta.

Ainda, é importante que o cirurgião dentista saiba também que o espessamento do ligamento periodontal muitas vezes representa o sinal precoce da presença do tumor de osteossarcoma.

ACESSO RÁPIDO
    Ramiro Murad
    Ramiro Murad Saad Neto, cirurgião-dentista com registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 118151, é graduado pela UNIC e residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Facial no Sindicato dos Odontologistas de São Paulo (SOESP - SP). Possui habilitação em Harmonização Orofacial e também é gestor de clínicas e franquias odontológicas. Além disso, é integrante da equipe Bucomaxilofacial da Clínica da Villa, que está na Rua Eça de Queiroz, 467 - Vila Mariana, São Paulo - SP.

    Leia também