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Teste BANA: o que é, como é feito e para que é usado?

Teste BANA: o que é, como é feito e para que é usado?

Muito eficaz e com bons resultados desde sua implementação, teste BANA ainda é usado pelos profissionais

Quem nunca se incomodou com o próprio mau hálito, ou ainda, com o de outra pessoa? O teste BANA é um dos responsáveis na descoberta de motivos que causam o mau hálito.

Neste artigo falaremos então sobre o porque o teste BANA foi tão importante e quais benefícios trouxe para a odontologia.

O teste BANA (método enzimático benzoyl-arginine-naphtylamida) é um instrumento prático utilizado na avaliação da proliferação de bactérias no sulco gengival, e sua positividade está muito relacionada a doenças periodontais.

Esse teste, quando comparado com o halímetro, pode diagnosticar halitose mesmo quando o halímetro apresente valores normais. Por isso, é considerado mais eficiente.

Como Funciona o Teste BANA?

Como já começamos a explicar, esse teste serve principalmente para identificar então a origem do mau hálito nas pessoas por meio de seu diagnóstico certeiro.

De forma mais técnica, ele é um teste rápido, utilizado para pesquisa de bactérias produtoras de compostos sulfurados voláteis.

Ele consta de tiras de papel com uma composição especial onde são colocadas amostras de saburra ou conteúdo de material periodontal.

Dessa forma, estas sofrem uma reação enzimática ativando um corante que indica a presença ou não de uma alta concentração de bactérias produtoras de CSV (compostos sulfurados voláteis).

Somente o Teste BANA Funciona no Diagnóstico de Halitose?

A resposta é não. Para o diagnóstico de halitose, existem algumas outras formas, testes e até mesmo certos exames com bons resultados. São eles:

  1. Halímetro: apresenta uma alta sensibilidade para o sulfeto de hidrogênio, mas pouca sensibilidade para o metilmercaptano, o que contribui então significativamente para a instalação da halitose causada pela doença periodontal;
  2. Cromatografia gasosa: não é o mais indicado para consultórios odontológicos devido a aparelhagem de gás cromatográfico. Este é um teste que utiliza uma aparelhagem com uma chama fotométrica detectora, específica para detectar enxofre no hálito. Esse é então considerado o melhor método para mensurar a halitose, pois é específica para componentes de enxofre voláteis;
  3. Mensuração organoléptica: é um teste sensorial baseado na percepção do mau hálito do paciente por meio de um examinador. Este método é o mais prático para avaliar a halitose, pois não necessita de equipamentos ou técnicas muito avançados. A técnica envolve basicamente classificar a respiração exalada pelo paciente, com o auxílio de uma tabela;
  4. Esfregaço de saburra lingual – basicamente, durante esse teste verifica-se o nível de descamação, que é o principal substrato para gênese dos compostos.

Existem ainda outras diversas formas de identificação e de realizar o diagnóstico dessa patologia. Cabe ao cirurgião-dentista analisar o caso e ver qual delas se encaixa melhor na situação.

Teste BANA e Disgnósticos Mais Complexos

Um dos casos curiosos sobre a halitose, é que ela pode ser causada por parasitas intestinais, por exemplo. Dessa forma, o uso de medicações específicas é o tratamento para acabar com a doença.

Normalmente, em pacientes com esse caso, o mau hálito bem severo é um dos principais sinais da patologia. O teste BANA pode estar sim envolvido, mas não necessariamente é essencial no diagnóstico desse caso.

ACESSO RÁPIDO
    Ramiro Murad
    Ramiro Murad Saad Neto, cirurgião-dentista com registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 118151, é graduado pela UNIC e residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Facial no Sindicato dos Odontologistas de São Paulo (SOESP - SP). Possui habilitação em Harmonização Orofacial e também é gestor de clínicas e franquias odontológicas. Além disso, é integrante da equipe Bucomaxilofacial da Clínica da Villa, que está na Rua Eça de Queiroz, 467 - Vila Mariana, São Paulo - SP.

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