Confira aqui como o TDAH é relacionado com a área da odontologia
Existem diversas patologias que podem afetar direta ou indiretamente a saúde bucal. O TDAH é um dos exemplos de doença, que apesar de não estar 100% relacionada à odontologia, requer atenção de dentistas.
O TDAH pode se manifestar durante a fase infantil. Por isso, é essencial ficar atento para os sintomas apresentados desde cedo.
TDAH é uma doença crônica, que afeta o comportamento e atenção do paciente. Também é conhecido como Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade.
Se você ficou interessado pelo assunto, então fique ligado neste artigo!
Vamos tirar todas as suas dúvidas e detalhar curiosidades sobre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade e odontologia.
Principais Sintomas do TDAH
Os pacientes com déficit de atenção, na maioria dos casos, já apresentam os sintomas na fase infantil. Os principais sinais manifestados são:
- Dificuldade de manter a atenção focada durante certo período;
- Comportamentos impulsivos;
- Hiperatividade: pode ser apresentada como movimentos constantes das mãos e pernas; e
- Agitação.
Assim que você perceber que está apresentando alguns dos sintomas, procure por um médico. Dessa forma, ele consegue realizar o diagnóstico.
Esse diagnóstico é composto de exames clínicos e complementares, como testes psicológicos.
Como o TDAH Está Relacionado com a Odontologia?
Os pacientes com o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade também podem apresentar alterações fisiológicas. Elas são:
- Respiração bucal; e
- Síndrome da apneia obstrutiva do sono.
Os profissionais da odontologia estudam e cuidam dessas alterações. Por isso, além de visitar outros médicos, é preciso também ir visitar o dentista.
Vamos conhecer um pouco mais sobre cada uma dessas alterações fisiológicas.
Respiração Bucal
A respiração bucal, como o próprio nome indica, acontece pela boca. No entanto, ela traz inúmeras consequências para a saúde do paciente. Isso porque a respiração ideal deve ser feita pelo nariz.
Por que isso? Bom, o nariz é o órgão preparado para filtrar, aquecer e encaminhar o ar para o local correto. Enquanto isso, a boca não apresenta nenhum desses recursos.
Dessa forma, o ar que entrar no corpo não passa por nenhum filtro e vai deixar o caminho livre para as bactérias se infiltrarem na boca.
Curiosidade: durante o período noturno, essa respiração pode causar o ronco, que é um ruído causado pela obstrução das vias respiratórias.
Dessa forma, a passagem de ar é dificultada e promove vibrações que originam o ronco enquanto dormimos.
Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono
Ela se manifesta com o relaxamento dos músculos da garganta durante o período de sono. Dessa forma, as vias respiratórias se fecham e o paciente não consegue ter uma respiração normal.
Com a falta de oxigênio no sangue, o cérebro vai mandar sinais para o corpo. Com isso, sem a respiração, o seu corpo acorda de forma brusca. Isso permite que o sistema se normalize.
Esse ciclo acontece durante a noite inteira e em intervalos específicos. Assim como na respiração bucal, é normal que o paciente durante o sono produza o ronco.
Os principais sintomas manifestados pelos pacientes são:
- Sonolência;
- Ronco;
- Interrupções bruscas durante o sono;
- Boca seca (xerostomia);
- Dor de cabeça;
- Insônia;
- Problemas de foco;
- Irritação; e
- Perdas recentes de memória.
Consequências das Alterações
Tanto a respiração bucal como a síndrome da apneia obstrutiva do sono trazem prejuízos para a saúde bucal. Os principais riscos da respiração pela boca são:
- Mal desenvolvimento dos ossos da face (principalmente quando a respiração oral se inicia na infância);
- Má oclusão: alinhamento incorreto das arcadas dentárias;
- Dentes tortos: desalinhamento das arcadas;
- Cárie: é a lesão estrutural no dente;
- Gengivite: inflamação na gengiva;
- pH bucal ácido: acontece quando a saliva não está sendo produzida na quantidade ideal; e
- Desmineralização do dente: acontece quando o esmalte do dente perde os minerais por desgaste.
Enquanto isso, a apneia pode desencadear:
- Doenças periodontais: são divididas em três estágios- gengivite, periodontite e periodontite avançada. Elas são alterações negativas que atingem a gengiva e os ossos periodontais;
- Mordida cruzada unilateral: ocorre quando a mandíbula se desloca de forma incorreta durante a mordida. Ou seja, esse osso se desloca para a direita ou para a esquerda, e não para o centro (como deveria acontecer). Isso causa o desalinhamento dos dentes da arcada superior em relação aos dentes da arcada inferior. Assim, a mordida é afetada;
- Mordida cruzada bilateral: funciona da mesma maneira que a mordida cruzada unilateral. No entanto, em vez das arcadas ficarem desalinhadas de apenas um lado, elas ficam nos dois. Por isso o nome bilateral;
- Dentes tortos: causados pela falta de espaçamento entre os dentes. A sua principal consequência é o desenvolvimento incorreto da arcada dentária.;
- Ressecamento gengival: o ressecamento das gengivas ocorre pela falta de salivação por causa do ambiente bucal seco; e
- Inflamações: causadas pelas bactérias que entram na boca. Elas podem provocar feridas ou doenças mais graves.
Qual Dentista Devo Procurar?
As alterações fisiológicas apresentadas comprometem a saúde bucal. Por isso, é essencial que você procure um profissional especializado.
Como nós já vimos, os sintomas podem começar a se manifestar logo na fase infantil.
Por isso, é ideal que os responsáveis pela criança procurem o odontopediatra. Ele é o dentista preparado para cuidar do prognóstico, diagnóstico e tratamento de questões relacionadas à saúde bucal das crianças e adolescentes.
Na fase adulta, ao invés de procurar pelo profissional da área da odontopediatria, procure pelo cirurgião-dentista generalista.
Melhores Tratamentos
Devemos lembrar que o déficit de atenção não tem cura, mas os tratamentos podem ajudar a minimizar os sintomas.
Além disso, vamos ressaltar que o tratamento é feito com uma equipe interdisciplinar. Dessa forma, envolve profissionais da área da odontologia, neurologia, psiquiatria, pediatria e a otorrinolaringologia.
Na maioria dos casos, os médicos indicam o tratamento com medicamentos. Além disso, ele também inclui consultas com psiquiatras.
Cada profissional avalia o caso e, alinhado aos outros tratamentos, indica o melhor caminho para minimizar os sintomas do paciente.
Lembre: marque uma consulta com o profissional de confiança. Dessa forma, você consegue confirmar o diagnóstico e ter o melhor tratamento para o TDAH.