As sequelas bucais está mais envolvida em casos de tumores malignos
Todos nós sabemos que a radioterapia é um dos procedimentos mais presentes nos tratamentos de tipos de câncer. Mas você sabia que esse processo pode deixar sequelas bucais?
E por ser recorrente o número de pacientes que desenvolvem sequelas bucais, o acompanhamento com um profissional é indispensável.
As sequelas bucais ocorrem porque a radioterapia age sobre o DNA nuclear, levando à perda de sua capacidade reprodutiva ou até mesmo à morte celular. Quando isso ocorre, as células com grande eficiência de duplicação ficam mais radiossensíveis à radiação, o que deixa sequelas nos pacientes mais frágeis.
O que são Sequelas Bucais?
Normalmente, as sequelas bucais da radioterapia decorrem de tratamentos de tumor na cabeça e no pescoço, por conta das cirurgias realizadas para combater esses tipos de câncer.
Dessa forma, as condições que aparecem principalmente nesses pacientes irradiados, que estão suscetíveis a desenvolverem tais sequelas, são:
- Xerostomia;
- Osterradionecrose;
- Mucosite;
- Candidose.
Algumas delas se originam do câncer na boca. Ficou interessado em saber como cada uma delas ocorre, por que acontecem e como são seus tratamentos? Continue conosco que iremos te explicar!
Mucosite como Sequelas Bucais
A mucosite oral é a sequela mais habitual. Essa complicação oral é definida pelo surgimento de lesões orais bastante dolorosas.
Em números, a cada 10 pacientes que fazem quimioterapia, 4 apresentam mucosite. Já nos que se submetem ao tratamento de radioterapia, 100% deles desenvolvem o problema. Dessa forma, pode receber as seguintes classificações e recomentações:
- Ausente – mucosa e gengiva úmidas e róseas;
- Descolorado – aspecto esbranquiçado, mas possibilita a alimentação normal;
- Eritema – permite a alimentação normal;
- Pseudomembrana – requer dieta líquida;
- Ulceração profunda – impede a alimentação normal.
Osteorradionecrose e as Sequelas Bucais
Depois da radioterapia, o tecido se modifica, o que o transforma em hipóxico, hipovascular e hipocelular. Então, a recomposição é danificada, ajudando a surgir a osteorradionecrose.
As alterações ósseas manifestam-se entre o primeiro e o quinto ano após a aplicação da radiação ionizante.
Por isso, fazer uma avaliação odontológica pré-radioterápica é fundamental, pois permite entender as necessidades de cada paciente e oferecer o tratamento odontológico antes do início da radioterapia.
Nessa avaliação, o cirurgião dentista deve incluir procedimentos como raspagem de tártaro e eliminação de cáries, além, claro, de uma orientação sobre higiene oral a manutenção da saúde bucal.
Xerostomia pode ser resultado de Sequelas Bucais
A xerostomia também é conhecida como boca seca, que acontece pela diminuição ou interrupção da saliva.
Ela surge por conta de uma relação direta entre a dose de radiação e a modificação das glândulas salivares.
Seu tratamento é paliativo, mas pode ser efetuado com o uso de estimulantes mecânicos ou gustatórios, que substituem a saliva ou agem sistemicamente.
Se preferir, há a possibilidade do paciente adotar métodos alternativos, como a acupuntura.
Candidíase é uma das Sequelas Bucais
A candidíase oral, que é causada pelo fundo Candida, manifesta-se através de placas brancas, que são removidas pela raspagem.
Um dos grandes motivos de sua presença é a alteração do fluxo salivar.
O diagnóstico é feito por exame clínico e seu tratamento consiste no emprego de antifúngicos tópicos ou sistêmicos.
As sequelas bucais são algo bastante desagradável e difícil de serem evitadas. No entanto, como você leu neste artigo, há tratamento para eles. Consulte seu médico para melhores recomendações.