A infecção oportunista pode ser causada por bactérias, protozoários, fungos e vírus
A Aids é uma doença crônica que atinge o sistema imunológico. Ela danifica sua resistência, impedindo que ele combata adequadamente outros microrganismos. Então, nessas condições, existe a ação de infecção oportunista.
A infecção oportunista pode acometer qualquer parte do corpo. Ela é causada por vários tipos de micróbios, como bactérias, protozoários, fungos e vírus. Neste artigo, iremos retratar qual a relação entre essas doenças com a saúde bucal.
Infecção oportunista é uma patologia que se aproveita da baixa imunidade para provocar algum dano. Se o sistema imunológico estivesse em perfeitas condições, dificilmente ela ocorreria.
Citamos a Aids acima porque ela é o principal exemplo de transtorno que resulta em infecções oportunistas. Mas a má alimentação, alguns medicamentos e tratamentos oncológicos também podem comprometer a imunidade.
No que diz respeito à má alimentação, a falta de nutrientes importantes como ferro, cálcio e zinco, pode deixar o corpo suscetível ao desenvolvimento de doença oportunista.
Sobre os medicamentos, geralmente os corticoides e os imunossupressores desencadeiam esse distúrbio.
O tratamento oncológico elimina as células neoplásicas. No entanto, muitas vezes agridem as sadias igualmente. Assim, deixa a pessoa mais debilitada.
Principais infecções oportunistas
A infecção oportunista na odontologia interfere na saúde bucal. Vejamos as principais:
Candidíase oral
A candidíase é uma infecção causada pelo acúmulo do fungo Candida albicans. Ela afeta a mucosa interna da boca.
Sintomas
- Difícil deglutição;
- Manchas brancas na mucosa da boca;
- Vermelhidão;
- Sensação de ardência;
- Mudança no paladar;
- Dor;
- Mau hálito;
- Boca seca.
Tratamento
O tratamento é feito a partir da higienização bucal e de remédios antifúngicos.
Mononucleose
A mononucleose é conhecida popularmente como “doença do beijo”. Ela é causada pelo vírus Epstein-Barr, da família Herpesviridae.
A patologia faz as células que revestem o nariz e a garganta serem invadidas, afetando os linfócitos B, ou seja, os glóbulos brancos, responsável pela produção de anticorpos.
Sintomas
- Fadiga;
- Mal estar;
- Dor de garganta;
- Manchas brancas na faringe;
- Manchas vermelhas no céu da boca;
- Febre;
- Dor de cabeça;
- Erupção cutânea;
- Inchaço das glândulas linfáticas.
Tratamento
A mononucleose não possui tratamento. Ela some depois do ciclo viral. Mas o dentista pode receitar alguns analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios para amenizar os sintomas.
Gengivite
É uma inflamação da gengiva que ocorre por conta do acúmulo de placa bacteriana.
Sintomas
- Gengiva inchada;
- Vermelhidão;
- Sangramento;
- Retração gengival;
- Mau hálito.
Tratamento
O tratamento se baseia na retirada da placa e na manutenção da limpeza bucal.
Periodontite
É a evolução da gengivite. Ela compromete todos os tecidos de suporte ao redor do dente, principalmente ossos e ligamentos. Assim, a perda dentária é resultado da fragilidade óssea adquirida.
Seus sintomas são os mesmos da gengivite, mas em maior escala.
Tratamento
O recurso terapêutico pode ser por meios cirúrgicos e não cirúrgicos. Os cirúrgicos aplicam derivados de matriz do esmalte dental e fazem a regeneração tecidual guiada.
Já os não cirúrgicos removem a placa e realizam a raspagem e alisamento radicular.
Estomatite aftosa
Doença inflamatória que ocasiona úlceras, aftas, feridas, vermelhidão, dor na boca e na gengiva. Dessa forma, ela faz a pessoa desenvolver as lesões a cada 15 dias ou mensalmente durante o período médio de um ano.
Tratamento
Embora as lesões cicatrizem espontaneamente, medicamentos naturais ou sintéticos ajudam as manifestações.
Herpes
Doença contagiosa que afeta os lábios, a boca e a gengiva e é originada pelo vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1). Assim, ela faz aparecer feridas e bolhas bastante dolorosas.
Tratamento
Ela também não tem cursa, sumindo depois do ciclo do vírus. Desse modo, para reduzir o tempo da doença e sua intensidade, é indicado a ingestão de aciclovir e fanciclovir, por exemplo.
Ressaltamos que medicamentos só devem ser utilizados mediante prescrição e supervisão médica. Automedicar-se nunca é a melhor saída.
Para impedir o aparecimento de infecção oportunista, o paciente pode realizar exames de checagem periodicamente para ver como anda a saúde. E caso seja identificada essa condição, ele a corrigirá rapidamente, antes que problemas apareçam.