Presente em diversos procedimentos cirúrgicos, deve ser manuseado com atenção
A região anterior da mandíbula abriga variadas estruturas vitais, assim, é passível de muitas intervenções cirúrgicas. O canal incisivo é uma dessas estruturas.
A colocação de implantes ósseo-integrados e alguns procedimentos da Cirurgia Ortognática, por exemplo, envolvem o canal incisivo, que também é chamado de canal nasopalatino.
O canal incisivo é um importante reparo anatômico localizado na região mandibular. Está localizado em media a 7,4 mm da cortical óssea vestibular da maxila.
Realizar um planejamento radiográfico é um dos mais importantes aspectos pré-cirúrgicos para que não haja lesões nas estruturas quando se trata da interpretação do canal incisivo.
Canal incisivo mandibular
O canal incisivo mandibular está localizado no interior da mandíbula. Ele possui um trajeto que inicia no forame mandibular e termina no forame mentual.
Dessa forma, ele dá passagem aos nervos, artérias e veias alveolares inferiores. O conhecimento de sua anatomia é de extrema importância.
O principal motivo de ser fundamental é o fato dessas variações poderem explicar os insucessos em diferentes procedimentos da clínica odontológica.
No canal incisivo inferior, os incisivos inferiores apresentam em sua câmara pulpar um achatamento no sentido vestíbulo-lingual e apresentam uma raiz fortemente achatada no sentido mésio-distal.
Esvaziamento do canal incisivo
Nos procedimentos da Implantodontia muitas vezes há a necessidade da instalação de implantes sobre estruturas anatômicas importantes, como o forame incisivo.
Por isso, o cirurgião deve conhecer a anatomia e histologia dessas estruturas. Conseguindo então optar pela excisão sem danos ao paciente ou ainda realizar a manutenção e replanejamento protético.
Em alguns casos, o planejamento protético é quem indica que haverá a necessidade do esvaziamento do canal, podendo ser por meio de:
- Pulpectomia;
- Penetração desinfetante;
- Desobturação
Anatomia do canal incisivo
Em um mesmo indivíduo não existem dois dentes iguais, devem ser levados em conta fatores como:
- Comprimento
- Largura e dimensões coronárias e radiculares
- Morfologias externa e interna
- Número e trajeto de canais radiculares
- Inclinações dentárias nas arcadas.
Principalmente nos incisivos e caninos superiores, nos pré-molares inferiores, na raiz distal dos molares inferiores e nas raízes disto-vestibular e palatina dos molares superiores, o canal é cônico.
Já nos incisivos e caninos inferiores, nos pré-molares superiores, na raiz mesial dos molares inferiores e na raiz mésio-vestibular dos molares superiores, o canal é achatado no sentido mésio-distal.
O número de faces que compõe a câmara pulpar depende então do número de canais que o dente contém e do grupo dental a que pertence.
Assim, a câmara pulpar dos incisivos e caninos portadores de apenas um canal tem 5 paredes:
- Mesial;
- Distal;
- Vestibular;
- Lingual ou palatina;
- Incisal
Contudo, se o incisivo ou canino inferior tiver dois canais, a câmara pulpar terá ainda, além das faces que citamos acima, a presença do assoalho.
A abertura Nasal do Canal Incisivo é formada basicamente por duas aberturas na lateral da linha mediana.
Mais ou menos 2cm atrás da borda ântero-inferior da cavidade nasal e terminando no palato duro através do forame incisivo.
São então duas pequenas áreas circulares e radiolúcidas laterais ao septo nasal. Podem ser observadas nas radiografias periapicais da região de canal incisivo central superiores e oclusais totais da maxila.