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Beta tricálcio fosfato atua como substituto de ossos bucais

Beta tricálcio fosfato atua como substituto de ossos bucais

Entenda as propriedades do elemento e suas aplicações na odontologia

Pesquisas por novos biomateriais que possam ser utilizados na odontologia visam atender uma ampla gama de indicações clínicas em um único produto. E no meio desses estudos, pesquisadores encontraram o beta tricálcio fosfato.

Apesar de não estar completamente consolidado no cenário da odontologia, muitos profissionais vem recorrendo ao uso do beta tricálcio fosfato em procedimentos odontológicos.

Beta tricálcio fosfato é um substituto ósseo extremamente eficaz para defeitos ósseos de três paredes. O elemento é altamente compatível com o organismo humano.

Beta Tricálcio Fosfato na Odontologia

Como dissemos, o elemento é um substituto ósseo extremamente eficaz. Assim, a utilização do beta tricálcio fosfato na odontologia ocorre, principalmente, na necessidade de reparação óssea.

O material é biocompatível com o nosso organismo. Quando acoplado ao osso, ele sofre uma lenta degradação progressiva, sendo substituído por tecido ósseo no decorrer do tempo.

Em outras palavras, no início de sua utilização, ele serve como uma espécie de substituto do osso. Porém, com o tempo ele vai se desgastando e ocorre o inverso: o osso é quem substitui o beta tricálcio fosfato.

Assim, podemos dizer que ele funciona como um arcabouço para o crescimento e regeneração óssea, sendo fortemente utilizado em enxertos ósseos bucais.

Um Pouco Mais Sobre os Enxertos Ósseos

O procedimento de enxerto ósseo é realizado de forma rápida e simples. Ele, geralmente, não deixa nenhuma cicatriz. O lado negativo desta técnica é a recuperação, que geralmente é mais lenta e requer cuidados específicos.

Trata-se de uma cirurgia realizada para recriar o osso perdido por alguma alteração na cavidade bucal.

Como o osso pode ficar mole ou fino, o procedimento é necessário para recuperar a estética e as funções de sustentação da boca.

Em casos mais simples, o processo cirúrgico pode ser realizado no próprio consultório odontológico. Nessa opção, é comum que o cirurgião utilize uma anestesia local.

Já nos casos mais específicos, a cirurgia de enxerto ósseo deve ser realizada em um hospital. Como o procedimento costuma ser bem mais complexo, o ideal é que seja utilizada a anestesia geral.

Entre os principais tipos de enxertos ósseos utilizados na cirurgia, além do realizado com o beta tricálcio fosfato, estão:

  1. Autógenos: enxertos retirados do próprio paciente. Esses transmitem o melhor resultado por não terem chances de rejeição e a formação de um novo osso é potencializada;
  2. Alógenos: enxertos de um doador humano;
  3. Xenógenos: enxertos de origem animal (os de origem bovina são os mais comuns).

Pós-Operatório

Após a operação, o ideal é que o paciente repouse bastante.

Além disso, fumar ou ingerir bebidas alcoólicas está completamente fora de questão. Também é importante evitar fazer qualquer pressão interna na cavidade bucal nas primeiras 72 horas.

Entre as limitações, o legal é não falar muito para não causar traumas na área operada. Ainda não é aconselhável a realização do bochecho, e a cabeça deve estar o máximo de tempo possível erguida.

Mesmo assim, a saúde bucal deve ser preservada. Logo, não se esqueça de escovar os dentes e passar o fio dental.

Isso garante que o seu enxerto ósseo, seja ele de beta tricálcio fosfato, autógeno, alógeno ou xenógeno, cicatrize nas melhores condições possíveis.

ACESSO RÁPIDO
    Ramiro Murad
    Ramiro Murad Saad Neto, cirurgião-dentista com registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 118151, é graduado pela UNIC e residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Facial no Sindicato dos Odontologistas de São Paulo (SOESP - SP). Possui habilitação em Harmonização Orofacial e também é gestor de clínicas e franquias odontológicas. Além disso, é integrante da equipe Bucomaxilofacial da Clínica da Villa, que está na Rua Eça de Queiroz, 467 - Vila Mariana, São Paulo - SP.

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