Sob indicações e cuidados, trazem retornos muito eficientes e de extrema importância
É importante que os cirurgiões-dentistas entendam sobre os antidepressivos e saibam em quais momentos prescrevê-los.
Fazer uso dos antidepressivos no tratamento de doenças relacionadas à odontologia tem apresentado resultados satisfatórios, por isso, se torna cada vez mais comum.
Os antidepressivos são utilizados para tratar e melhorar os pacientes mentalmente, sem que passem por nenhum tipo de sedação.
Desse modo, para responder a pergunta: dentistas podem prescrever antidepressivos? A resposta é sim! Porém, é necessário cautela e conhecimento do profissional sobre seus efeitos e restrições.
Segundo o Conselho Federal de Odontologia (CFO), cirurgião-dentista pode prescrever qualquer classe de medicamentos, desde que tenha indicação comprovada em odontologia.
Qual o papel dos antidepressivos?
Essas medicações têm provado altos benefícios em casos de dor.
Como exemplo temos as cefaleias primárias, desordens musculoesqueléticas crônicas e algumas desordens de dor neuropática, caso da neuralgia do trigêmeo e da neuralgia pós herpética.
Os medicamentos antidepressivos são agrupados em 3 categorias:
- Antidepressivos Tricíclicos (ADT) – os mais comuns dentro da odontologia, prescritos em casos de dor crônica;
- Inibidores da monoaminoxidase (IMAO)
- Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS).
Cuidados que o dentista deve ter ao prescrever antidepressivos
A prescrição odontológica de antidepressivos envolve vários cuidados a serem tomados.
Dessa forma, o aconselhável é que em uma primeira prescrição, se iniciem com uma dose baixa durante a noite. Depois, essa dose poderá ser aumentada até que o objetivo seja atingido.
É importante considerar as interações com outros medicamentos que o paciente esteja acostumado a tomar, bem como seus efeitos colaterais.
São geralmente receitados em dose única, uma a duas horas antes de dormir.
Entretanto, se os sintomas são controlados pela manhã e aparecem novamente ao final do dia, o horário pode ser alterado em função de um maior conforto para o paciente.
Um quadro fundamental que o cirurgião-dentista deve ser atentar é o bruxismo. Isto geralmente acontece nos
pacientes que utilizam ISRS para o controle de humor.
Esses são prescritos por psiquiatras, o que torna necessária uma avaliação clínica criteriosa nos pacientes que usam medicamentos nestas condições.
O bruxismo acontece pois, os medicamentos prescritos aumentam os níveis de serotonina e inibem os níveis de dopamina, responsável pelos movimentos musculares.
Principais antidepressivos usados
Entre alguns dos mais conhecidos e utilizados antidepressivos na odontologia, estão:
- Miosan, Mirtax, Cizax, Musculare – alta modulação da dor, sedativo e relaxante muscular. Tendência ao Bruxismo;
- Tryptanol, Amytril, Neoamtriptilina – alta modulação da dor, baixa sedação e relaxamento muscular. Menor tendência ao Bruxismo;
- Pamelor – baixa modulação da dor, baixa sedação e baixo relaxamento muscular. Sem tendência ao Bruxismo;
- Prozac, Zoloft, Ciatalopran, Daforin, Aropax – todos os índices baixos, porém, aumenta a atividade do Bruxismo durante o sono.
Implicações com uso dos antidepressivos na odontologia
Todos profissionais da área, devem se atentar às interações dos antidepressivos com outros medicamentos utilizados no dia a dia do consultório.
Os vasoconstritores, por exemplo, quando interagindo com um antidepressivo, podem causar aumento da pressão arterial e arritmia cardíaca, levando a complicações sérias.
Alguns efeitos adversos também acontecem. Estes podem então levar à carie, infecções e fissuras nos cantos dos lábios, edema facial, disfagia, abcessos e úlcera oral.
No momento em que o tratamento com antidepressivos for finalizado, é importante que o dentista o faça aos poucos. Pois encerra repentinamente pode levar o paciente complicações no nível do equilíbrio, gastrointestinal, insônia, agitação e irritabilidade.