Além do enxerto gengival livre, existem outros dois tipos. A escolha é feita com base na gravidade do problema
Cirurgias na boca podem ser requisitadas pelo dentista por questões estéticas ou clínicas. No caso de objetivos estéticos, existe a cirurgia de enxerto gengival livre, que abordaremos neste artigo.
Este tipo de procedimento tem outras versões como o enxerto gengival com tecido conjuntivo e o pediculado. Mas aqui vamos falar especificamento do enxerto gengival livre.
O enxerto gengival livre caracteriza uma técnica cirúrgica que aumenta a largura do tecido queratinizado, amplia a extensão do vestíbulo e opera os freios labiais. Por se tratar de um tipo de enxerto gengival, ela retira uma porção de tecido gengival de um local e remaneja ela para outro.
O local mais indicado para servir como doador é palato, ou seja, o céu da boca. Esse tecido conjuntivo é removido e, então, reposicionado por meio de pontos de sutura sobre a área exposta da raiz.
No entanto, ao contrário dos outros tipos de enxerto gengival, o livre trabalha com uma porção pequena do tecido. Portanto, as indicações para a realização do enxerto gengival livre são:
- Controle da inflamação gengival;
- Coibir o progresso da recessão gengival.
Principal Demanda do Enxerto Gengival Livre
O principal problema que demanda essa técnica é a retração gengival, que é a diminuição da quantidade de gengiva que cobre o dente. Em casos mais graves, causa a exposição da raiz do dente.
Se não for tratada adequadamente, pode levar à perda de dente ou outras doenças, como a cárie de raiz. A retração é causada pela escovação inadequada, uso de escova de dente errada e pelo excesso de força.
Confira outras motivações:
- Uso incorreto de aparelhos ortodônticos;
- Genética;
- Gengivite;
- Medicamentos;
- Acúmulo de tártaro e placa bacteriana;
- Infecções.
E os sintomas são:
- Dentes sensíveis;
- Dores na gengiva;
- Sangramento ao realizar a higienização bucal;
- Vermelhidão gengival;
- Mau hálito;
- Perda de dentes.
Como Identificar a Necessidade do Enxerto Gengival Livre?
A escolha pelo tratamento através do enxerto de gengiva livre é feito depois da anamnese com o dentista, que é uma espécie de entrevista entre o dentista e o paciente, exame clínico e radiográfico.
Os fatores que proporcionam um bom resultado são a idade, o histórico do paciente, a saúde do periodonto e a intervenção do dentista.
Assim, antes de efetuar o recurso terapêutico, o dentista necessita analisar alguns elementos:
- Localização as artérias palatinas;
- Trajetos dos nervos palatinos;
- Espessura e saúde do tecido que será doado.
Desvantagens do Enxerto Gengival e Contraindicações
Embora sejam bastante benéficos, o recobrimento radicular possui algumas desvantagens. Vejamos quais são:
- No local doador, a cicatrização pode ser dolorosa;
- Depois de cicatrizados, os aspectos do tecido remanejado apresentam características semelhantes aos do palato, já que foram retirados de lá.
Veja quais são os elementos que levam à contraindicação do enxerto gengival.
- Pouca gengiva inserida;
- Retrações longas;
- Vestíbulo raso.
Outros Tipos de Enxerto Gengival
Além do enxerto gengival livre, existem outros dois tipos de cirurgia plástica periodontal.
- Enxerto gengival com tecido conjuntivo – técnica usada para tratar o aumento do volume gengival e a exposição da raiz. Ela é parecida com a cirurgia que abordamos no artigo, mas é uma medida que atua em maior escala.
- Enxerto gengival pediculado – é o menos invasivo de todos. O tecido doador é oriundo da gengiva do dente adjacente. Por isso, é apenas para pequenos recobrimentos.
Dessa forma, podemos perceber que o enxerto gengival livre age como um meio-termo entre o enxerto com tecido conjuntivo e o pediculado. Entretanto, todas elas são utilizadas para um único problema, a retração gengival.