O portador da síndrome de Williams pode desenvolver diversas manifestações orais
A genética está associada a problemas congênitos, ou seja, que acompanham a pessoa desde o nascimento. Portanto, essas disfunções ou anomalias podem seguir para a vida toda, como é o caso da síndrome de Williams.
A síndrome de Williams é uma desordem rara de 21 genes no cromossomo 7. Ela acomete o sexo masculino e o feminino na mesma proporção.
A síndrome de William é conhecida também como “face de gnomo”, por conta de suas características físicas bastante específicas. Ela não tem cura e o tratamento interdisciplinares visa aumentar a qualidade de vida da pessoa.
Confira quais são as características marcantes de pacientes diagnosticado com a síndrome de William-Beuren.
- Nariz pequeno e empinado;
 - Dentes pequenos e espaçados;
 - Sorriso frequente;
 - Lábios carnudos;
 - Cabelos encaracolados;
 - Baixa estatura corporal;
 - Peito escavado;
 - Queixo pequeno;
 - Baixo tônus muscular;
 - Déficit de atenção;
 - Voz anasalada;
 - Atraso no desenvolvimento cognitivo;
 - Problema renal;
 - Excesso de cálcio no sangue.
 
É comum que o paciente apresente complicações na coordenação e no equilíbrio, por conta do atraso gerado pela síndrome no desenvolvimento motor. Assim, é mais demorado o processo de aprendizado de andar, por exemplo.
Por outro lado, quem sofre com essa patologia demonstra uma facilidade com música. Principalmente em decorar melodias e canções.
Diagnóstico da Síndrome William-Beuren
O diagnóstico da doença pode ser feito por meio dos sintomas dos pacientes.
No entanto, se eles por si só não permitirem que o médico identifique-a, é possível que seja solicitado um exame genético para dar confirmar sua presença.
Síndrome de Williams e a Odontologia
Como dissemos, os portadores da patologia possuem alterações na face e nos dentes. Dessa forma, podem exibir ausência de dentes, alterações em sua forma e problemas de oclusão e nos tecidos gengivais.
Além disso, eles podem desenvolver facilmente alguns disfunções sistêmicas, como a endocardite bacteriana, porque já possuem uma predisposição.
Manifestações Odontológicas da Síndrome
Para facilitar o entendimento, vamos evidenciar cada distúrbio bucal de pacientes com a síndrome de WB:
- Diastema – diastema é o espaço extra na separação entre os dentes. Embora ocorra geralmente nos dentes incisivos centrais superiores, não significa que não possa acontecer nos outros, como é o que acontece com os portadores da síndrome.
 - Má oclusão – oclusão dentária é o contato entre a parte superior e inferior da arcada. Se esse encaixe for desalinhado, é constatado algum tipo de má oclusão. Frequentemente, é identificado a oclusão de classe III nos pacientes com a síndrome. Isso significa que a diferença de tamanho está relacionada com os dentes inferiores, que se apresentam extremamente menores do que os inferiores. Por isso, há o avanço da mandíbula.
 - Gengivite – a gengivite é uma inflamação da gengiva devido ao acúmulo de placa bacteriana nos dentes, resultando em dor, vermelhidão, inchaço e sangramento.
 - Anodontia parcial – a anodontia refere-se à ausência de um ou mais dentes. Ela envolve tanto a dentição decídua quanto a permanente.
 - Dilaceração radicular – a dilaceração radicular é uma anomalia que afeta a estrutura dentária. Ela pode atingir a raiz ou a coroa do dente, formando curvaturas nessas regiões. É mais habitual em incisivos centrais superiores e inferiores.
 - Hábitos parafuncionais – dentre os hábitos parafuncionais presentes em pacientes com a síndrome, os dois que mais se destacam são o apertamento e o bruxismo.
 - Endocardite bacteriana – a endocardite é uma infecção do endocárdio, o revestimento interno do coração. Ela acontece quando bactérias de outras partes do corpo se espalham pela corrente sanguínea, contaminando a outra região. Recorrentemente, são os microrganismos presentes na cavidade bucal.
 
Portanto, quem sofre da síndrome de Williams precisa fazer um acompanhamento odontológico de perto.