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O que é pólipo pulpar ou “gengiva dentro do dente”?

O que é pólipo pulpar ou “gengiva dentro do dente”?

Condição é causada por conta de cáries ou fraturas nos dentes

Quando um paciente chega ao dentista com a queixa de “gengiva dentro do dente”, em grande parte dos casos ele está se referindo ao pólipo pulpar.

Esta condição costuma atingir crianças e adolescentes, já que nessa faixa etária o tecido pulpar está mais exposto. Os dentes mais envolvidos no pólipo pulpar são os molares decíduos ou permanentes.

O pólipo pulpar é o crescimento excessivo da polpa do dente. Essa região geralmente fica escondida dentro da raiz e coberta pela coroa. Embora o tecido do pólipo se pareça com a gengiva, é importante diferenciar os dois.

Também conhecido como pulpite crônica hiperplásica ou pulpite proliferativa, o pólipo pulpar na maioria dos casos é indolor, mas causa um mau hálito forte.

Causas do pólipo pulpar

Para que haja o desenvolvimento do pólipo pulpar, é necessário que o dente esteja aberto. Ou seja, que a coroa esteja parcialmente destruída em consequência de uma cárie ou fratura.

A polpa fica em contato com os alimentos, micro-organismos e outras bactérias, o que gera uma inflamação. Esse processo cria um tecido chamado de granulação hiperplástico, que cresce e se expõem através da abertura do dente.

Sintomas da “gengiva dentro do dente”

Normalmente, o tecido do pólipo prejudica a irrigação, provoca a morte das células e necrose do dente. Por isso, essa condição não é dolorosa. Mas é possível que surjam úlceras, sangramentos e sinais de inflamação.

Além disso, como já mencionamos, o pólipo pode causar forte mau hálito.

Pólipo Pulpar x Pólipo Gengival

O pólipo gengival é uma invaginação da gengiva onde ela se desenvolve entre as raízes ou lateralmente, preenchendo o interior do dente. Por isso, a versão gengival não é considerada um pólipo “verdadeiro”.

A diferenciação dos dois casos é bastante complicada. Um dica para os dentista é usar a aplicação de anestesia na gengiva: se o pólipo ficar esbranquiçado devido à isquemia, é gengival, se não, é pulpar.

Outra forma é através de uma radiografia para verificar se há comunicação entre o dente e a gengiva.

Tratamento do pólipo

Como não é possível impedir o desenvolvimento das pulpites crônicas hiperplásticas, os tratamentos se resumem à retirada dos mesmos. O tipo de tratamento após a retirada, vai depender do tamanho da cavidade.

Se a cavidade for pequena, é feito o tratamento endodôntico. O dentista remove cirurgicamente o pólipo pulpar, limpa todo o interior do dente e, por fim, faz a reconstrução da coroa.

Se a cavidade for muito grande, o melhor é extrair todo o dente e depois considerar a colocação de um implante dentário.

Prevenção

A melhor maneira de prevenir o surgimento dos pólipos pulpares é manter a higiene bucal e fazer visitas regulares ao dentista para evitar cáries e outras complicações.

Lembre-se de escovar os dentes todos os dias e usar o fio dental. Além disso, complemente a limpeza dos dentes com o enxaguante bucal. Procure usar escovas de dente com cerdas macias.

O tratamento e prevenção dessas doenças bucais irá evitar a formação do pólipo pulpar nos dentes.

ACESSO RÁPIDO
    Ramiro Murad
    Ramiro Murad Saad Neto, cirurgião-dentista com registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 118151, é graduado pela UNIC e residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Facial no Sindicato dos Odontologistas de São Paulo (SOESP - SP). Possui habilitação em Harmonização Orofacial e também é gestor de clínicas e franquias odontológicas. Além disso, é integrante da equipe Bucomaxilofacial da Clínica da Villa, que está na Rua Eça de Queiroz, 467 - Vila Mariana, São Paulo - SP.

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