Paciente com paralisia cerebral precisa ser tratado por profissional especializado em odontologia inclusiva
A odontologia inclusiva é a especialidade que cuida de pacientes que apresentem necessidades especiais. Os tipos de deficiência se dividem em visual, auditivo, intelectual, comportamental, físico e múltiplo. E dentro do grupo dos portadores de necessidades intelectuais está a paralisia cerebral.
No entanto, dependendo da gravidade da paralisia cerebral, ela prejudica a atividade de outras partes do corpo. Uma característica muito comum desses pacientes é a espasticidade, que acomete a contração muscular, dificultando a locomoção e os movimentos dos braços.
A paralisia cerebral é uma lesão que acontece geralmente quando falta oxigênio no cérebro do bebê durante a gestação, no parto ou até dois anos depois do nascimento. Ela pode ser causada por traumatismos, envenenamentos ou doenças graves, como o sarampo ou a meningite.
Portanto, a combinação entre paralisia cerebral e tratamento odontológico acaba sendo muito necessária, porque os pacientes possuem dificuldade em realizar sua própria higienização bucal. Eles também apresentam uma maior facilidade em contrair alguns tipos de disfunções na boca.
Problemas odontológicos de portadores da paralisia
Os principais problemas bucais que esses pacientes apresentam são:
- Grande acúmulo de placa bacteriana;
- Cáries;
- Doenças periodontais;
- Excesso de salivação;
- Má oclusões;
- Mordida cruzada;
- Apinhamento dentário;
- Bruxismo.
Dentistas especialistas em paralisia cerebral
É importante que o paciente seja encaminhado para dentistas que tenham especialidade no assunto.
Para o profissional que não está familiarizado, os impulsos involuntários da pessoa e a dificuldade na comunicação, podem prejudicar o atendimento, pois o dentista não terá a aptidão necessária para lidar com a situação.
Principalmente tratando-se da paralisia cerebral infantil, o deficiente, nesse caso, apresenta uma fragilidade maior. Então, o especialista precisa ter cuidados redobrados.
Para se inteirar no assunto e ter o total domínio de como atender pacientes com necessidades especiais da maneira correta, o dentista terá de realizar cursos especializados.
Essas formações costumam ter uma duração média de 18 meses, e também é necessário a realização de estágios e leituras com foco na literatura científica da área.
Dicas fundamentais para o atendimento
Para atender o paciente com paralisia, é importante seguir os seguintes passos, eles darão uma boa base de como agir.
- Faça uma anamnese bem detalhada. Conheça as limitações físicas, intelectuais e o histórico de saúde bucal da pessoa;
- Coloque o paciente na cadeira odontológica de modo a deixá-lo confortável. É possível utilizar algumas almofadas de posicionamento;
- Deixe-o inclinado. Se estiver deitado, pode acabar engasgando mais facilmente;
- Como eles normalmente apresentam dificuldade em abrir a boca, o profissional pode utilizar abridores de boca, facilitando;
- Evite movimentos bruscos. Isso provoca estímulos na pessoa, deixando-a mais agitada;
- Procure realizar consultas com curto tempo de duração;
- Tenha um consultório com acessibilidade.
Acessibilidade no consultório
Acessibilidade é um conjunto de medidas voltadas para garantir que a pessoa com necessidades especiais consiga transitar sem problemas em um determinado local. Ela está atrelada a um ramo da arquitetura e urbanismo.
Essa condição garante a segurança e a integridade física do portador de necessidade especial.
Por isso, é importante que o dentista tenha seu consultório com rampas de acesso, corrimãos, portas automáticas e com medidas especiais, banheiros adaptados e vagas especiais. E você pode conferir aqui como adaptar o local.
Em resumo, o paciente com paralisia cerebral requer cuidados especiais. O dentista deve estar inteirado no assunto para garantir que ele tenha o melhor atendimento possível, possibilitando que tenha uma ótima saúde bucal.