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Odontologia inclusiva atende pacientes com deficiências

Odontologia inclusiva atende pacientes com deficiências

Para trabalhar com odontologia inclusiva, o dentista deve realizar cursos especializados

Sabemos que pessoas com deficiência, geralmente, possuem uma limitação física ou motora que pode comprometer sua higiene oral. Por isso, a odontologia inclusiva é essencial nesses casos.

O profissional que decidir trabalhar com odontologia inclusiva deve se atentar às necessidades do paciente, já que cada um possuirá sua particularidade.

A odontologia inclusiva é a função da especialidade que visa cuidar de pacientes que apresentem necessidades especiais. Os tipos de deficiência são: visual, auditiva, mental, comportamental, física e múltipla.

No entanto, as necessidades também visam atender aqueles que são acometidos por doenças sistêmicas crônicas (diabetes, doenças autoimunes, etc.), doenças infectocontagiosas (HIV, hepatite, etc.) e condições sistêmicas (gestantes, transplantados, oncológicos, etc.).

Então, é perceptível que a condição do paciente pode ser transitória ou permanente.

Especialização do dentista

Para se inteirar no assunto e ter o total domínio de como atender pacientes com necessidades especiais da maneira correta, o dentista terá de realizar cursos especializados.

Essas formações costumam ter uma duração média de 18 meses, e também é necessário a realização de estágios e leituras com foco na literatura científica da área.

Adaptações do consultório e clínica

Principalmente para os deficientes físicos, o consultório deve possuir algumas adaptações para facilitar sua locomoção.

O adesivo com o Símbolo Internacional de Acesso deve anunciar que o local tem acessibilidade.

As entradas devem ter rampas de acesso e portas adequadas maiores que as convencionais, com no mínimo 0,8m de largura. As maçanetas necessitam ser do tipo alavanca.

Se possível, instale portas automáticas, pois é a mais adequada ao deficiente.

Sobre as medidas das rampas, elas precisam ter 1,2m de largura, piso antiderrapante e corrimão em pelo menos um dos lados, sendo este tubular e com diâmetro de 4cm.

Os corredores precisam de 1,5m de largura. Caso o consultório ou a clínica tenham dois andares ou mais, os elevadores devem ter profundidade mínima de 1,4m, área de 2,4m² e largura da porta de 0,80m.

Já os botões dos andares precisam estar a, no máximo, 1,2m de altura. No estacionamento, é preciso reservar uma vaga próxima à porta de entrada para esses pacientes, sinalizando-a.

O banheiro necessita de pelo menos 1,4m de largura e 1,6m de comprimento. Quando a porta for aberta, ela precisa deixar um vão livre de 0,8m para a passagem do paciente. Sua tranca também deve ser externa, para que seja possível abri-la por fora em caso de emergência.

O vaso sanitário precisa estar a 0,46m de altura do piso e de distância da parede, além de contar com barras de apoio com comprimento de, pelo menos, 0,65m e diâmetro de 3cm.

Os lavatórios sem coluna são os mais indicados porque não atrapalham o paciente. A torneira deve estar disposta a 25cm da borda da pia.

Importância da odontologia inclusiva

Os pacientes desse grupo precisam de um tratamento especial porque possuem um alto risco de desenvolver doenças bucais, em decorrência de patogenias sistêmicas, alteração salivar, dieta cariogênica, alteração muscular e ineficácia da higienização.

Assim, facilmente a saúde bucal de pessoas com deficiência fica comprometida.

A família do paciente é peça chave no assunto. Ela deve apoiá-lo e acompanhá-lo durante as consultas, atuando de forma conjunta com o profissional.

Por todas essas necessidades, o dentista deve agir com cuidado redobrado para fazer o cuidado preventivo odontológico, evitando o surgimento de cáries e doenças periodontais, que podem se tornar graves se não curadas rapidamente.

Para as pessoas com déficit de comportamento e de intelecto, o especialista concede o mesmo tratamento dado para crianças, o lúdico.

Métodos de atendimento

O atendimento para portadores de necessidade especiais está dividido em três modalidades:

  • Normal: atendimento que tem a colaboração do paciente;
  • Condicionado: usa técnicas de demonstração com todo aparato odontológico, na busca de explicar o que será feito;
  • Sob restrição: que tende a inibir a movimentação do paciente durante a realização do procedimento, por meios químicos, mecânicos ou hipnóticos.

Deficientes auditivos

Os pacientes surdos precisam ser necessariamente atendidos por dentistas que saibam se comunicar em libras. Somente dessa forma o especialista conseguirá proporcionar um tratamento totalmente inclusivo para essas pessoas.

Em resumo, vimos que cada grupo de deficientes possui sua característica própria, sendo responsabilidade do dentista atendê-la. Dessa forma, possibilitará uma odontologia inclusiva.

ACESSO RÁPIDO
    Ramiro Murad
    Ramiro Murad Saad Neto, cirurgião-dentista com registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 118151, é graduado pela UNIC e residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Facial no Sindicato dos Odontologistas de São Paulo (SOESP - SP). Possui habilitação em Harmonização Orofacial e também é gestor de clínicas e franquias odontológicas. Além disso, é integrante da equipe Bucomaxilofacial da Clínica da Villa, que está na Rua Eça de Queiroz, 467 - Vila Mariana, São Paulo - SP.

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