Raramente atingindo pessoas mais velhas, essa patologia é conhecida também como OCPP
É muito comum que pacientes ainda novos cheguem até o consultório com problemas nos primeiros molares. A osteomielite crônica com periostite proliferativa é um deles.
Neste artigo, falaremos mais sobre como a osteomielite crônica com periostite proliferativa se manifesta e suas principais formas de tratamento.
Conhecida também pela sigla OCPP, a Osteomielite crônica com periostite proliferativa é uma doença de caráter crônico e inflamatório. É caracterizada pela reação periosteal exagerada causada a partir de um estímulo infeccioso de baixa intensidade, que costuma ser causado por uma lesão de carie associada á patologia periapical.
O que é a Osteomielite Crônica com Periostite Proliferativa?
Além do que já citamos anteriormente, a osteomielite é também uma resposta que o periósteo manda. É causada principalmente por uma inflamação ou infecção que seja de baixa virulência.
Dessa forma, ela costuma atingir pessoas que tenham até 25 anos de idade, com maior predileção na mandíbula e sendo o primeiro molar inferior o infectado por cárie e logo, ligado à doença.
Ela também é conhecida como osteomielite de Garré e, normalmente se manifesta com mais frequência em alguns lugares específicos. São eles:
- Tíbia
- Fêmur
- Ossos maxilares
- Mandíbula
- Região de molares e pré-molares
Ainda assim, a região com maior incidência é a da mandíbula, causando então a osteomielite crônica com periostite proliferativa em mandíbula.
Essa é uma doença que não tem nenhum tipo de predominância quando falamos em relação ao sexo, porém, costuma afetar pessoas até os vinte e poucos anos.
Isso se deve principalmente ao fato de que, no fim dessa faixa etária, há uma maior capacidade de proliferação dos osteoblastos e a alta taxa de cárie nesses pacientes.
Sinais e Sintomas da Osteomielite Crônica com Periostite Proliferativa
O que mais se observa nesses casos de osteomielite crônica é um significativo aumento de volume na região afetada. Além de uma consistência óssea, assimetria facial e ausência de movimento.
Há também casos em que o paciente acaba desenvolvendo um quadro de trismo e linfonodos infartados.
O cirurgião-dentista deve também observar se não há a presença de nenhum tipo de lesão radiolúcida difusa periapical que esteja associada a um dente com cárie com envolvimento pulpa.
Além disso, um crescimento ósseo periostial em camadas, localizado na superfície externa da cortical e com camadas que parecem uma casca de cebola, também podem aparecer.
Tratamento da Osteomielite Crônica com Periostite Proliferativa
Primeiramente, seu diagnóstico é feito por meio de achados clínicos e também exames radiográficos. Então, é imprescindível uma análise radiográfica para ter a patologia correta.
Assim que diagnosticada a osteomielite com periostite proliferativa, inicia-se então o tratamento. Normalmente, ele se baseia em remover a fonte de onde está vindo a infecção ou agente causador.
O procedimento que costuma ser realizado para isso é por meio de uma exodontia ou ainda um tratamento endodôntico juntamente com antibioticoterapia.
Entretanto, caso uma reação periosteal semelhante venha a aparecer e sem a presença de uma fonte de inflamação
evidente, ou em caso de dúvidas, uma biópsia deve ser realizada. Principalmente pois ainda podem se manifestar:
- Displasia Fibrosa
- Sarcoma Osteogênico
- Sarcoma de Ewing
- Exostose
- Osteoma
Como você deve ter percebido, o diagnóstico rápido e certeiro é fundamental para tratar a osteomielite crônica com periostite proliferativa. Portanto, procure seu dentista caso sinto qualquer desconforto.