A odontometria possibilita que o dentista realize o procedimento endodôntico com propriedade, reduzindo os riscos de danos
Quando nossos dentes são acometidos por alguma disfunção que acaba atingindo sua parte interna, é necessário realizar o tratamento endodôntico. Dessa forma, também será preciso realizar a odontometria, para que o procedimento seja feito da melhor maneira possível.
A odontometria age com o intuito de reduzir ao máximo os traumas operatórios. Ela busca agredir pouco os tecidos periapicais, ou seja, todos aqueles relativo à zona em torno da extremidade da raiz de um dente.
A odontometria é a determinação do comprimento do dente. Assim, a correta mensuração garante que o tratamento de canal seja feito dentro de seu limite radicular e evita lesões nos tecidos que o circundam.
Uma intervenção cirúrgica errônea traz algumas adversidades ao paciente durante o pós-operatório. Pode fazer com que ele sinta mais incômodos do que deveria. Além disso, é possível que aconteçam alguns acidentes como:
- Perfuração apical;
- Sobre-obturação;
- Sub-obturação.
Técnica de Bregman
Para executar a técnica de Bregman, que evidencia qual é a mensuração dentária, o dentista deve saber fazer o seguinte cálculo: CRD = (CRI x CAD) / CAI.
- CRD: Comprimento real do dente
- CRI: Comprimento real do instrumento
O CRI é determinado pelo CAD subtraído 3 mm. Essa medida deve ser transferida para o instrumento endodôntico (limas), que irá explorar a região.
- CAI: Comprimento aparente do instrumento
- CAD: Comprimento aparente do dente
Com uma régua ou paquímetro, devemos medir em uma radiografia periapical o ponto mais alto da coroa até o vértice radiográfico.
Subtraímos 3 mm da media inicial, que equivale a 2/3 do comprimento da raiz.
Fatores de risco
Alguns fatores são considerados de risco para o cálculo, pois podem interferir na matemática. São eles:
- Canal radicular seco;
- Câmara pulpar cheia de solução irrigante ou sangue;
- Infiltração de líquidos para a cavidade, se o isolamento absoluto não tiver sido empregado corretamente;
- Restaurações metálicas nos dentes, como o amálgama;
- Coloração do elétrodo metálico distante do dente que será realizado a odontometria;
- Colocação do elétrodo metálico em contato com o grampo de isolamento;
- Oxidação do elétrodo porta-limas;
- Bateria com pouca carga;
- A lima utilizada não possuir diâmetro próximo ao anatômico.
Tratamento de canal
Como dissemos, o tratamento de canal é a recuperação da parte interna do dente (polpa e nervo) e remoção do tecido pulpar necrosado. Em seguida, é feita a vedação do canal.
Em outras palavras, quando o paciente chega ao dentista com o canal em crise, o procedimento consiste em abrir o dente, aliviar a dor, desalojar as bactérias e, por fim, remendar sua área externa.
Após a técnica, os profissionais recomendam que não o paciente não mastigue alimentos em cima do dente afetado, já que é necessário repouso.
É importante manter a higiene bucal adequada e tomar corretamente as medicações, quando prescritas. A fim de evitar o tratamento de canal, o paciente deve diariamente atender às regras básicas de limpeza:
- Escovar os dentes após as refeições;
- Passar o fio dental regularmente;
- Visitar o consultório odontológico pelo menos duas vezes ao ano.
O dente que não é tratado endodonticamente vira um foco de infecção no organismo. Se não tratado e eliminado, a infecção pode cair na corrente sanguínea e fazer o paciente desenvolver sérios problemas sistêmicos.
Em resumo, a endodontia não pode ser negligenciada. Afinal, traz consequências gravíssimas. E para realizá-la com perfeição, o dentista necessita aplicar as regras da odontometria, que irão medir o tamanho exato do elemento dental.