A anomalia costuma afetar principalmente crianças de até 6 anos de idade e, se não for tratada, pode ser fatal
Noma é uma doença degenerativa grave, conhecida também como cancro oral ou estomatite gangrenosa.
A noma ainda foi apelidada de doença da fome, uma vez que atinge diversas crianças subnutridas e com maus hábitos de higiene na região da África Subsaariana.
Noma é um processo gangrenoso bastante intenso, responsável por danificar os tecidos moles da região facial do indivíduo acometido.
Principais causas da Noma e seus sintomas
A grande verdade é que ainda não foi descoberta uma causa exata para essa infecção. No entanto, estudos indicam que as bactérias Fusobacterium necrophorum e Prevotella intermedia estejam diretamente relacionadas ao surgimento da estomatite gangrenosa.
Além das bactérias e da má nutrição, podemos indicar alguns elementos que desencadeiam a anomalia:
- Higiene oral inadequada;
- Saneamento básico ineficiente;
- Ingestão de água não potável;
- Ocorrência recente de outra doença;
- Distúrbio de imunodeficiência, como a AIDS;
- Deficiência de vitaminas A e B;
- Sarampo;
- Tuberculose;
- Escarlatina;
- Idade — crianças abaixo de 6 anos estão mais propensas a contrair a doença.
Agora iremos falar um pouco sobre a relação do cancro oral com a nossa saúde bucal, o que é bastante visível ao observarmos seus sintomas.
A noma causa a destruição da membrana que reveste a nossa boca e os tecidos ao redor dela. Por ser progressiva, a anomalia é extremamente perigosa.
Com o passar do tempo, caso não seja tratada, ela pode afetar as gengivas e os revestimentos internos de nossa bochecha.
Fora isso, o processo infeccioso promove a liberação de um fluido altamente fétido, causando mau hálito nos pacientes afetados. Ainda é possível que a pessoa sinta muita dor.
Com a progressão da doença, ela tende a afetar outras regiões e provocar até mesmo a morte dos tecidos moles e duros, ocasionando em perda dentária e deformidade facial.
Diagnóstico e tratamento da Noma
Um exame físico normalmente é o necessário para identificar a infecção no paciente, já que, como dissemos, a doença é extremamente notável a olho nu.
Em seguida, o profissional indicará ao paciente as regiões afetadas pelo cancrum oris e qual o estágio da doença.
A partir disso é possível traçar o planejamento para o melhor recurso terapêutico. Tudo começa com a prescrição de alguns suplementos alimentares para nutrir corretamente o paciente.
Nessa fase, o médico pode recomendar que a pessoa consuma alguns antibiótico específicos, como ciproflaxocino, doxicicilina e flagyl. É importante ressaltar que medicamentos só devem ser ingeridos mediante a prescrição profissional.
Na maioria dos casos, a cirurgia plástica é necessária. Ela tem como objetivo remover os tecidos destruídos, reconstruir as partes afetadas e reabilitar as funções da mandíbula e da cavidade bucal do paciente.
Quando o tratamento é bem efetuado, as chances de cura são bastante grandes. O único empecilho são as cicatrizes que o paciente levará para o resto de sua vida.
Vale lembrar que se o crescimento da noma não for contido rapidamente, a anomalia pode levar a criança a desenvolver complicações mais severas ou até mesmo ser fatal.