DENTISTAS

Nervo infraorbital: como realizar o bloqueio desta região

Nervo infraorbital: como realizar o bloqueio desta região

Entenda passo a passo como é realizada a anestesia da estrutura

Após a realização de algumas intervenções cirúrgicas odontológicas, é bastante comum que o paciente sinta desconforto e até algumas dores na região.  Isso acontece devido a existência do nervo infraorbital.

Apesar de existirem diversos medicamentos utilizados para diminuir esses sintomas, essa não é a saída mais recomendada pelos profissionais. Assim, muitos apontam o bloqueio do nervo infraorbital como a melhor alternativa.

O nervo infraorbital está localizado na região do lábio superior. Essa pequena estrutura é responsável pela sensação tátil e dolorosa dessa área do nosso corpo.

Esse ramo terminal do nervo maxilar superior caminha em direção à face. Em seguida, ele percorre o canal infraorbital de onde saem seus ramos alveolares médio e anterior.

O nervo maxilar emerge do forame orbital, dividindo-se nos ramos palpebrais inferiores, nasal lateral e labial superior.

Anestesia do nervo infraorbital

Essa técnica é relativamente nova, o que talvez explique a falta experiência de alguns profissionais com ela. Apesar disso, o procedimento é apontado por muitos como eficaz e seguro.

O bloqueio do nervo infraorbital promove a anestesia pulpar e dos tecidos moles bucais, reduzindo bastante a dor nos pacientes.

Entretanto, para que ocorra a sedação de todos os ramos mencionados acima, é necessário que a solução analgésica seja aplicada de maneira correta.

Assim, é necessário que ela seja despejada diretamente na entrada do forame infraorbital e caminhe em direção ao seu interior.

Dessa forma é possível que os ramos alveolares, superior anterior e médio, sejam anestesiados.

Caso a solução não adentre o canal infraorbital, é possível que ocorra apenas o bloqueio dos ramos nervosos terminais do nervo infraorbital.

Com isso, o paciente sente que os tecidos moles locais estão anestesiados, porém não ocorre bloqueio pulpar dos incisivos, caninos e pré-molares.

Quando o bloqueio deste nervo é indicado?

A anestesia infraorbital é recomendada em casos de procedimentos odontológicos realizados na região abrangida por eles.

A técnica ainda pode ser utilizada quando existe alguma infecção maxilar e o odontologista deseja anestesiá-la de maneira mais suave.

Esse tipo de anestesia também pode ser aplicada quando as injeções supraperiosteais locais forem ineficazes devido a um osso cortical extremamente denso.

Sinais da anestesia infraorbital

Esse método propicia a sensação de dormência do lábio superior, pálpebra inferior e na asa do nariz. Além disso, a maioria dos dentes maxilares, osso, periósteo e mucosa vestibular do lado anestesiado são englobados no processo.

Algumas complicações podem ocorrer em casos de penetração exagerada ou insuficiente da agulha.

Uma vez que ela é insuficiente, a solução anestésica não irriga integralmente todo o canal infraorbital, ocasionando uma inadequada anestesia pulpar dos dentes da região.

Já quando a penetração da agulha é excessiva, pode acontecer a difusão do anestésico para o interior da cavidade orbital. Isso pode ocasionar problemas oculares, uma vez que os nervos motores extrínsecos do olho são paralisados.

Além disso, em algumas ocasiões pode haver a formação de hematomas locais por lesões vasculares causadas pela penetração da agulha durante a anestesia do nervo infraorbital.

ACESSO RÁPIDO
    Ramiro Murad
    Ramiro Murad Saad Neto, cirurgião-dentista com registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 118151, é graduado pela UNIC e residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Facial no Sindicato dos Odontologistas de São Paulo (SOESP - SP). Possui habilitação em Harmonização Orofacial e também é gestor de clínicas e franquias odontológicas. Além disso, é integrante da equipe Bucomaxilofacial da Clínica da Villa, que está na Rua Eça de Queiroz, 467 - Vila Mariana, São Paulo - SP.

    Leia também