Doença causada por vírus provoca o aparecimento de placas pilosas na língua
Manifestação orais de doenças crônicas não são incomuns. No caso da AIDS, uma delas é a leucoplasia pilosa.
Conheça as principais características da leucoplasia pilosa e seus tratamentos.
A leucoplasia pilosa é uma patologia que provoca o aparecimento de placas pilosas na cavidade bucal. Ela é considerada um tipo específico de leucoplasia, que afeta principalmente pessoas com HIV.
O que é Leucoplasia?
A leucoplasia é caracterizada pelo aparecimento de uma placa esbranquiçada que se instala na boca. Ela pode estar na língua, na gengiva ou até mesmo na parte interna das bochechas.
Apesar de em alguns casos ser inofensiva, essa é uma lesão pré-maligna. Isso significa que sua permanência na cavidade bucal pode acarretar um câncer.
Quem é afetado pela leucoplasia?
Em geral, o maior nível de incidência do problema está entre pessoas com 60 anos de idade ou mais. As ocorrências em pessoas entre 0 e 5 anos de idade são quase nulas
Quais são as causas da leucoplasia?
A leucoplasia é frequentemente associada ao uso de cigarro. Isso porque a substância provoca uma irritação crônica nos tecidos que revestem essa região.
Algumas outras possíveis causas para o surgimento do problema são o consumo de bebidas alcoólicas, dentes quebrados machucando a bochecha ou o uso de dentaduras de tamanho maior ou menor do que o ideal.
Quais são os sintomas da leucoplasia?
A leucoplasia na boca não gera dores ou sensação de queimação.
O maior sintoma é o aparecimento das manchas brancas ou acinzentadas, que podem ser finas, classificadas como homogêneas, ou rugosas, classificadas como não homogêneas.
O desenvolvimento de pontos avermelhados na área afetada pode indicar que a lesão é maligna, aumentando os riscos de câncer.
Características da Leucoplasia Pilosa
A leucoplasia pilosa oral é fruto de uma infecção na boca, pelo vírus Epstein-Barr.
Essa manifestação é mais comum em pessoas com o sistema imunológico enfraquecido por conta de doença ou do uso de determinada medicação, principalmente em paciente HIV positivo.
Por isso, seu desenvolvimento pode até mesmo servir para assinalar a presença da doença no organismo da pessoa ou que a terapia antirretroviral não está surtindo efeito.
Isso porque é grande o número de soropositivos que desenvolvem a LPO.
Como já foi dito anteriormente, sua principal característica é o desenvolvimento de placas pilosas e esbranquiçadas na cavidade oral. Essa ocorrência específica é mais comum nas laterais da língua.
Ainda, essas placas podem ser incômodas e dolorosas para o paciente.
Tratamento da leucoplasia pilosa
Em geral, as opções de tratamento para a LPO incluem a prescrição de medicamentos. Os medicamentos sistêmicos, por exemplo, são antivirais que impedem a reprodução do vírus causador da doença.
Nesses casos, é normal que as placas regressem depois de finalizado o tratamento. Isso porque o medicamento não elimina o vírus.
Já os medicamentos tópicos, que incluem soluções de resina de podofilina e tretinoína, visam melhorar o aspecto estético das placas.
Contudo, o regresso e até mesmo a piora do quadro podem ocorrer após a finalização do tratamento.
É importante ressaltar que nem todos os casos de leucoplasia pilosa precisam passar por tratamento medicamentoso. Em alguns deles, apenas o acompanhamento e observação médica são suficientes.