Entenda como a doença afeta nosso organismo
Alguma vez em sua vida você já ouviu falar sobre a displasia cemento óssea periapical? A doença é relativamente rara, mas mesmo assim é importante tomar bastante cuidado com ela.
Por isso, elaboramos um artigo com tudo o que você deve saber sobre a displasia cemento óssea periapical. Então, que tal começar pela definição da anomalia?
A displasia cemento óssea periapical ou DCOP, como também é conhecida, é uma lesão fibro óssea, caracterizada pela gradativa substituição do tecido ósseo sadio por tecido fibroso.
Trata-se de uma condição idiopática que possui origem no ligamento periodontal. Desta maneira, pode acometer tanto maxila quanto mandíbula, quer de forma isolada, quer em um grupo de elementos dentais.
Displasia cemento óssea periapical e as lesões ósseas
É importante saber que de maneira geral, como as lesões fibro ósseas vão progressivamente provocando a substituição do tecido ósseo, radiograficamente estas patologias apresentarão características diferentes de acordo com sua maturação. Isto é, com a sua idade.
Isso significa que lesões mais recentes apresentam aspecto imaginológico predominantemente radiolúcido/hipodenso. Enquanto lesões em um estágio intermediário terão aspecto de densidade mista.
Por fim, podemos citar que as lesões mais antigas apresentam-se predominantemente radiopacas/hiperdensas.
A DCOP é autolimitante. Ou seja, este tipo de displasia, quando alcança seu estágio final de maturação não provocará aumento de volume expressivo de osso cortical.
Os dentes associados à DCOP respondem positivamente ao teste de vitalidade pulpar. Entretanto, eles podem sofrer alterações de acordo com o estado da doença, como iremos acompanhar mais adiante.
Fases da displasia cemento óssea periapical
Diversos autores classificam a anomalia em três fases distintas. Vamos acompanhar e entender um pouquinho mais sobre cada uma delas:
Fase 1 – Osteolítica
Trata-se do primeiro momento da doença. É durante essa fase que ocorre a lise óssea. Aqui, as características radiográficas são predominantemente radiolúcidas.
O curioso é que a lesão é radiograficamente idêntica a uma rarefação óssea periapical oriunda de um processo inflamatório.
O que difere as duas situações, clinicamente falando, é que durante a rarefação o elemento dental acometido não apresenta vitalidade pulpar.
Assim, podemos considerar a rarefação óssea periapical mais preocupante que a displasia. Entretanto, ambas devem ser tratadas o quanto antes e da melhor maneira possível.
Fase 2 – Cementoblástica
Este é o estágio intermediário da doença. Como já citamos anteriormente, ele é representado pela densidade mista da estrutura óssea afetada.
Isso, de certa maneira, indica que o osso está sendo substituído durante a aquisição da radiografia. A ação acontece de forma contínua, por meio do tecido fibroso do paciente.
Fase 3- Maturação
É considerado o estágio final da anomalia óssea. Aqui, a displasia cementária periapical apresenta o ápice da aposição do tecido fibroso do paciente acometido na região periapical.
A radiografia, neste caso, é predominantemente hiperdensa e envolta por um halo radiolúcido.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico diferencial de lesões radiolúcidas dos maxilares representa, habitualmente, um importante desafio para o dentista.
Com isso, a biópsia constitui uma valiosa ferramenta no estabelecimento do diagnóstico definitivo, essencial para a implementação de uma adequada estratégica terapêutica para o combate a displasia cemento óssea periapical.