O angioedema é uma espécie de alergia que mexe com os tecidos moles do organismo
A alergia é uma reação do nosso sistema imunológico quando estamos expostos a substâncias ou condições que nos prejudicam, como é o caso do angioedema.
Mesmo que o tratamento do angioedema não esteja diretamente ligado à odontologia, o dentista precisa estar por dentro para saber como agir nessas circunstâncias. Ele necessita compreender que algumas de suas atitudes durante o tratamento podem desencadear a alergia.
Angioedema é uma disfunção caracterizada pelo inchaço do tecido subcutâneo que atinge os tecidos moles do organismo. Ele afeta os lábios, as pálpebras, as genitálias, a língua, a laringe e etc. No caso da laringe, por exemplo, ela pode inchar de tal modo que causa asfixia no paciente.
Causas do Angioedema
O angioedema é uma urticária gigante, ou seja, uma espécie de irritação cutânea que está associada à alergia. E a origem da alergia pode ser alimentar, medicamentosa, de picadas de insetos, como formigas, abelhas e vespas, climática ou por estresse.
Os alimentos que mais despertam esse tipo de inflamação são mariscos, peixes, amendoins, nozes, ovos e leite. E os medicamentos em sua grande maioria estão relacionados a analgésicos e a remédios de pressão arterial.
Além dessas condições, o problema pode ser hereditário, sendo caracterizado por um desordem autossômica dominante.
Sintomas do Angioedema
Durante a reação, a histamina, uma amina biogênica vasodilatadora do nosso corpo que atua em processos de respostas imunológicas, ocasiona em alguns sintomas. Ela deixa a pele vermelha, causa coceira e faz aparecer edemas. Há a possibilidade de provocar dor ou não.
Normalmente, os sintomas aparecem de maneira abrupta, pois trata-se de uma espécie de choque anafilático.
Confira todos os sintomas:
- Inchaço ao redor dos olhos;
- Inchaço ao redor dos lábios;
- Manchas vermelhas;
- Coceira;
- Edemas;
- Problemas com a respiração;
- Cólicas abdominais.
Diagnóstico do edema de Quincke
Para descobrir o motivo, o paciente terá de recapitular o que aconteceu em sua vida nos últimos dias, durante a anamnese com o especialista, e realizar exames de sangue para dar mais propriedade ao diagnóstico.
O médico também terá de observar o histórico clínico do paciente para verificar se o edema de Quincke já aconteceu em outros momentos.
Tratamento do edema
Quando trata-se de casos leves, dificilmente precisa de tratamento. O distúrbio tende a sumir depois de um período e não atrapalhará a vida do paciente.
No entanto, em situações mais graves, de imediato, é possível realizar compressas de água gelada, que ajudam a aliviar a dor.
Em seguida, a pessoa deve ingerir medicamentos para conter a alergia e cessar seus sintomas. Esses remédios geralmente são anti-histamínicos, anti-inflamatórios, epinefrina e broncodilatadores.
O paciente com angioedema que não apresenta dificuldades respiratórias geralmente não precisa se preocupar tanto. Seu problema está mais associado a um desconforto local e a um incômodo estético.
Mas se ela estiver com a respiração obstruída, é preciso procurar por um hospital urgentemente. Há situações em que a pessoa deve ser entubada para manter as vias respiratórias abertas.
Angioedema na odontologia
Como o edema angioneurótico afeta as mucosas da boca, principalmente a língua e os lábios, o paciente pode ter dificuldades de mastigação, de deglutição e de realizar a higienização bucal. Por isso, o dentista atua para garantir que essas funções sejam restabelecidas.
Durante intervenções cirúrgicas, o dentista precisa ficar atento com os medicamentos que usará porque podem motivar as reações alérgicas. E como o angioedema também é causado por situações de estresse, ele deve saber conduzir o tratamento da maneira mais serena possível.