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Leucoplasia verrucosa proliferativa não possui tratamento efetivo

Leucoplasia verrucosa proliferativa não possui tratamento efetivo

A leucoplasia verrucosa proliferativa, depois de um determinado tempo, tende a se transformar em um carcinoma

A leucoplasia é uma placa branca que se instala na boca, podendo estar na língua, na gengiva ou nas bochechas. Ela é considerada uma lesão pré-maligna. Dessa forma, se não tratada, pode se transformar em um câncer. No entanto, é possível que ela evolua, tornando-se a leucoplasia verrucosa proliferativa.

A leucoplasia verrucosa proliferativa é uma forma muito mais agressiva e rara da doença, que não possui etiologia definida. Ela tem maior incidência em mulheres a partir dos 60 anos.

A leucoplasia verrucosa proliferativa se apresenta pelas mesmas placas brancas da mais tradicional. Mas elas tendem a se modificar para lesões multifocais que crescem lentamente.

Além disso, são resistentes a qualquer tipo de tratamento, o que agrava a situação. Então, no estágio inicial, é difícil distingui-la da leucoplasia oral. E após aproximadamente seis anos, ela passa a ser um carcinoma.

Por isso, os pacientes devem fazer um acompanhamento médico de perto, com consultas periódicas.

É importante ressaltar que assim que for notado qualquer alteração na cavidade bucal, o dentista ou otorrinolaringologista necessitam ser consultados, sobretudo se forem encontradas manchas brancas.

Leucoplasia verrucosa proliferativa gengival

Existe uma alteração da leucoplasia verrucosa proliferativa que atinge somente a gengiva livre e a inserida.

Suas características são parecidas com a LVP, se manifestando por meio de placa esbranquiçada, lesão unifocal recorrente e progressiva. Ela também pode se transformar em carcinoma com o passar do tempo.

Diagnóstico da leucoplasia verrucosa proliferativa

O diagnóstico da doença é normalmente feito através de exames clínicos. Mas se houver necessidade, o profissional pode solicitar alguns exames histopatológicos para dar mais propriedade.

No geral, a leucoplasia verrucosa é identificada tardiamente, quando a lesão está em estágio avançado.

Fatores de risco da  LVP

Embora não esteja totalmente comprovado, alguns especialistas conseguiram associar a placa verrucosa com o tabagismo.

Outros sugerem que ela possui ligação com o vírus do papiloma humano (HPV), com o vírus Epstein-Barr e com a baixa imunidade.

Entretanto, atualmente, tudo o que temos são meros palpites, sem que consigam constatar a real causa do problema e seus fatores de risco.

Tratamento da leucoplasia verrucosa

Como dissemos, não existe um tratamento efetivo para a leucoplasia verrucosa. Mesmo assim, os especialistas costumam tentar aplicar alguns recursos terapêuticos. São eles:

  • Laser CO2;
  • Cirurgia de remoção;
  • Radioterapia;
  • Ácido retinoico;
  • Quimioterapia;
  • Crioterapia;
  • Vitaminas tópicas;
  • Bleomicina;
  • Terapia fotodinâmica.

Dentre essas citadas, as que são frequentemente testadas são a cirurgia convencional e o uso de laser. Porém, essas duas e todas as outras não impedem a recorrência da doenças.

Portanto, a abordagem médica buscará manter a qualidade de vida do paciente, fazendo com que ele continue com suas atividades de rotina.

Sobre a leucoplasia oral

A leucoplasia oral, ao contrário da LVP, possui etiologia comprovada. Ela é desencadeada pelo uso de cigarro, consumo de bebidas alcoólicas, dentes quebrados que provocam machucados na boca ou utilização de dentaduras maiores ou menores que o ideal.

Quando está em fase inicial, não é preciso tratá-la, já que desaparece espontaneamente.

Mas se os sintomas forem intensos, será preciso de um tratamento mais incisivo, semelhante às tentativas terapêuticas da leucoplasia verrucosa proliferativa.

ACESSO RÁPIDO
    Ramiro Murad
    Ramiro Murad Saad Neto, cirurgião-dentista com registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 118151, é graduado pela UNIC e residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Facial no Sindicato dos Odontologistas de São Paulo (SOESP - SP). Possui habilitação em Harmonização Orofacial e também é gestor de clínicas e franquias odontológicas. Além disso, é integrante da equipe Bucomaxilofacial da Clínica da Villa, que está na Rua Eça de Queiroz, 467 - Vila Mariana, São Paulo - SP.

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