DENTISTAS

Bloqueio maxilomandibular ajuda na recuperação de cirurgias faciais

Bloqueio maxilomandibular ajuda na recuperação de cirurgias faciais
Bloqueio maxilomandibular é utilizado em operações delicadas

Não existe apenas uma maneira de fazer o bloqueio maxilomandibular, porém todas ajudam no processo operatório

Aqui na Simpatio nós já falamos sobre a Barra de Erich, um tipo de bloqueio maxilomandibular.

Entretanto, os cirurgiões-dentistas podem realizar o bloqueio maxilomandibular nos pacientes de diferentes maneiras.

Bloqueio maxilomandibular é uma técnica que ajuda em processos cirúrgicos mais delicados por impedir movimentos mandibulares.

Por se tratar de um procedimento que mantém os ossos imobilizados tempo suficiente para cicatrizarem, essa é uma técnica de grande ajuda nos procedimentos cirúrgicos dos ossos faciais.

O método facilita a cirurgia por deixá-la menos invasiva e evitar contratempos com a movimentação da mandíbula e do maxilar.

Contudo, o seu papel não acaba aí. O procedimento também ajuda no pós-operatório.

Uma vez que o bloqueio ajuda a manter arcada dentária e mandíbula no local correto, é de suma importância para facilitar a recuperação do paciente.

Ficou curioso sobre o assunto? Confira mais conosco neste artigo!

Quais São as Técnicas de Bloqueio Maxilomandibular?

Os métodos de bloqueio maxilomandibular variam dependendo do quadro que o paciente apresenta.

Sendo assim, confira na lista abaixo quais são os tipos possíveis e como eles são feitos:

  • Fixação interna rígida: serão introduzidos placas e parafusos no osso fraturado, não precisando de um bloqueio e gerando maior conforto ao paciente na recuperação.
  • Fixação interna não rígida (semirrígida): feita da mesma forma que a rígida, entretanto a sua diferença é não ser forte o suficiente para impedir a movimentação do osso fraturado.
  • Fixação funcionalmente estável: mais forte que a fixação não rígida, que permite o uso dos ossos durante a recuperação, porém não previne a movimentação dos fragmentos do osso fraturado.
  • Barra e fios de Erich: é colocada uma placa na gengiva superior e uma na inferior, e fios de aço que a prendam individualmente e entre si, fechando a mandíbula.
  • Bloqueio intermaxilar com fio interdental: funciona da mesma forma que a Barra de Erich, porém o bloqueio é feito apenas com fios de aço.
  • Dispositivos ortodônticos: utilizados em tratamentos que não precisam um grande deslocamento dos ossos fraturados. É necessária uma boa oclusão dentária para o bom andamento do procedimento.
  • Parafusos monocorticais: consiste na fixação intermaxilar de ganchos que sustentam um fio de aço ou anéis elásticos em formato de S na boca do paciente, mantendo a mandíbula fechada.

Entretanto, no último caso, feito apenas com anestesia geral, era comum que os ganchos fossem perdidos durante o procedimento cirúrgico.

De toda maneira, é importante lembrar que o tempo de uso de cada método irá variar entre si, e entre os casos.

No entanto, exceto no caso do uso de aparelhos ortodônticos para corrigir o problema, o tempo máximo do tratamento é em média seis semanas.

Alguma Delas Serve Para Uma Fratura Diferente?

Não existem indícios que mostrem que esse tipo de procedimento seja utilizado em casos que não envolvam cirurgias bucomaxilofaciais, independente do motivo da cirurgia.

Contudo, é válido lembrar que essa cirurgia é feita para corrigir traumas faciais.

Os causadores mais comuns dos traumas são:

  • Acidentes automobilísticos.
  • Brigas.
  • Práticas esportivas.
  • Quedas.
  • Acidentes.

E, consequentemente, os ossos do rosto mais fraturados derivados destes casos são:

  • Nariz.
  • Mandíbula.
  • Ossos da maçã do rosto.
  • Maxilar superior.

O Tratamento Dói?

Não é comum que exista dor durante o processo de recuperação pós-operatório.

Caso o paciente sinta dor ou incômodo, ele deve procurar o cirurgião que realizou a operação para analisar o quadro.

De tal maneira o dentista poderá diagnosticar o que está causando esse desconforto e então corrigi-lo o quão antes possível para não atrapalhar o procedimento de recuperação do paciente.

Quando Não é Indicado o Bloqueio Maxilomandibular?

Existem algumas contraindicações para qualquer procedimento de bloqueio, confira abaixo:

  • Obesidade;
  • Gravidez;
  • Ausência de cobertura de tecido mole na boca;
  • Osteoporose;
  • Pessoas que possuem infecções ativas ou crônicas;
  • Portadores de doenças sistêmicas que aumentam a possibilidade de infecções;
  • Possível reação alérgica ao material que será utilizado;
  • Pacientes que que tem problemas neurológicos ou mentais e não podem, ou se recusam, a seguir os devidos cuidados pós-operatórios.

Qual Especialista Pode Fazer o Tratamento?

É aconselhado que o tratamento seja feito por cirurgiões-dentistas que saibam como utilizar os devidos dispositivos e equipamentos necessários para esse tipo de tratamento.

Essa indicação serve para não criar eventuais problemas na recuperação do paciente ou então durante a cirurgia.

Sendo assim, não é qualquer dentista que pode fazer um bloqueio maxilomandibular. Caso queira fazer esse procedimento, agende uma consulta com o dentista e veja se ele sabe como utilizar a tecnologia.

ACESSO RÁPIDO
    Valdir de Oliveira
    Valdir de Oliveira é cirurgião-dentista graduado em Odontologia pela Universidade de Santo Amaro (UNISA) e pós-graduado em Ortodontia e Ortopedia dos Maxilares pela Sboom. Possui especialização e mestrado em Implantodontia, habilitação em Harmonização Orofacial e Anatomia da Face. Também é professor nas áreas de Cirurgia Bucomaxilofacial e Harmonização Orofacial e voluntário há mais de 20 anos na Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA Brasil). Com o registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 52860, Valdir integra a equipe odontológica do Instituto Bernal e Oliveira, que está localizado na Avenida dos Imarés, 572A - Indianópolis, São Paulo - SP.

    Leia também