Entenda qual é a relação da anomalia com a nossa saúde bucal
Você conhece a holoprosencefalia? A doença, também conhecida como arrinencefalia, é relativamente comum.
Embora não tenha sido desvendada por completo, muitos pesquisadores acreditam que a maioria dos casos de holoprosencefalia são causados por defeitos cromossômicos.
Holoprosencefalia é um defeito no cérebro no início da gestação. Nele, a criança apresenta um desenvolvimento incompleto ou ausente do prosencéfalo, o lóbulo frontal do cérebro do embrião.
Tipos de Holoprosencefalia
A doença de maneira geral afeta a região do cérebro. Entretanto, ela pode se manifestar de três maneiras distintas, sendo elas:
- Alobar: o cérebro não se divide completamente e habitualmente está ligado a significativas alterações faciais;
- Semilobar: há divisão parcial dos hemisférios cerebrais, representando uma forma intermediária da desordem;
- Lobar: é a forma menos grave, pois há evidências consideráveis de que os hemisférios cerebrais encontram-se separados. Sendo o cérebro do paciente quase normal.
Sobre a Holoprosencefalia
A presença da anomalia envolve defeitos ou malformações no cérebro, no crânio e na face. Talvez os mais graves sejam os cerebrais, que, em muitos casos, pode levar ao aborto ou natimorto.
Já nos casos mais brandos, os pacientes podem apresentar somente defeitos craniofaciais, envolvendo olhos e nariz, com desenvolvimento cerebral normal ou quase normal.
Entretanto, em alguns desses casos, o paciente ainda pode apresentar convulsões leves e atraso mental.
Quanto às manifestações bucais, podemos citar ocorrências de lábio leporino, também conhecido como agenesia pré-maxilar. Porém, para muitos, esse é considerado o menos grave dos sintomas.
O defeito craniofacial mais grave é a ciclopia. Ela ocorre quando há o desenvolvimento de apenas um olho, situado no local onde normalmente desenvolve-se a raiz do nariz.
Complicações Bucais
Agora iremos estabelecer a relação entre holoprosencefalia e odontologia. Assim, dentre as principais complicações bucais trazidas pela holoprosencefalia, podemos citar:
- Problemas na fala;
- Dificuldades na amamentação;
- Problemas na mastigação, ocasionando desnutrição e anemia;
- Problemas de respiração;
- Problemas no crescimento e desenvolvimento ósseo da criança, podendo desencadear problemas oclusais;
- Risco frequente de infecção bucal.
Como atender pacientes com holoprosencefalia?
Vamos falar sobre o protocolo de atendimento de pacientes com holoprosencefalia. Ele exige que a equipe de profissionais forneça um atendimento humanizado.
Isso serve tanto no setor público como no privado, desde o momento que o diagnóstico é comunicado a família ou cuidador como também ao longo do tempo de vida do paciente.
A família busca no profissional um apoio para sua angústia e sofrimento. Desse modo, devem ser acolhidos e amparados e não responsabilizados pela situação em que se encontram.
O ideal é que o cuidado seja prestado através de auxílio de uma equipe multiprofissional, promovendo e articulando a integração das diversas áreas da saúde.
Para isso, é necessário o compartilhamento e troca de informações com a função da prestação de um tratamento integral. Este comportamento do profissional visa à humanização.
Ou seja, a valorização do sujeito no seu contexto de vida abrangendo suas peculiaridades. Sendo estas características essenciais no tratamento de pacientes com holoprosencefalia ou qualquer outro tipo de deficiência.