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Entenda como funciona a Técnica de Oregon Modificada

Entenda como funciona a Técnica de Oregon Modificada

Dentro da endodontia, existem alguns procedimentos próprios. Dentre eles, encontramos a técnica de Oregon modificada.

A técnica de Oregon modificada é aplicada no preparo químico-mecânico dos dentes grandes e retos.

Técnica de Oregon modificada é uma técnica usada para aumentar o volume das paredes dentárias no canal radicular e desinfeccionar o canal radicular no sentido coroa/ápice.

Também cabe a esta técnica a modelagem, que nada mais é do que a ação mecânica dos instrumentos que alcançam espaços dentro do dente.

Como é aplicada a técnica de Oregon modificada?

Para ser realizado o preparo químico-mecânico, o profissional terá que seguir alguns passos. Confira-os abaixo:

  1. É preciso fazer um diagnóstico inicial por meio de uma radiografia;
  2. Para ter acesso ao canal, utilizar uma broca esférica diamantada entrando pelo esmalte e uma broca multilaminada pela dentina;
  3. Realizar o preparo dos terços cervical e médio com o emprego de brocas de Gates-Glidenn;
  4. Empregando a técnica de Ingle modificada, obter o comprimento real do trabalho.

Após tomados esses passos, será feito o alargamento do terço apical utilizando limas tipo K ajustadas no comprimento real do trabalho.

Esse aumento será feito após realizar 10 a 14 movimentos de um quarto de volta e tração com pressão do lado.

Sempre após retirada a lima, deve ser feita a irrigação ou renovação da irrigação.

De tal forma, após repetido o procedimento, o diâmetro das limas na direção apical do dente chegará ao ponto referencial, sendo do tamanho do comprimento real de trabalho.

É válido lembrar algo?

Com certeza, sim! Confira então algumas observações que são cruciais:

  • A preparação do procedimento deve ser feita de forma cônica-afunilada em sentido apical dentro do canal;
  • O instrumento utilizado para realizar a irrigação servirá para fazer a limpeza do forame, garantindo que não ocorra um acúmulo de raspas de dentina no terço apical;
  • É recomendado acertar a região apical com muito cuidado para evitar a liberação de restos necróticos, microrganismos e soluções irrigantes;
  • Sempre irrigar novamente o canal após cada instrumentação dos canais radiculares para soltar raspas de dentina, resíduos desprendidos do canal e também para não machucar a área.

Existe algum caso específico em que ela é indicada?

A Oregon modificada, assim como a técnica de condensação lateral, não é indicada em apenas um caso.

Entretanto, é válido lembrar que é necessário muito cuidado por parte do dentista na hora de realizar o procedimento por se tratar de um procedimento delicado.

Contudo, ela pode ser realizada como porta de abertura para realizar posteriormente uma obturação.

Mas por que é tão importante irrigar e aspirar o canal?

Existem algumas finalidades próprias que tanto a irrigação quanto a aspiração possuem, confira abaixo:

  • Facilitam a instrumentação;
  • Removem restos orgânicos;
  • Removem raspas de dentina, como mencionado anteriormente;
  • Combatem microrganismos que podem atrapalhar o processo;
  • Lubrificam o canal radicular;
  • Aliviam a região apical da saída de líquidos orgânicos e de corpos estranhos;
  • Ajudam a secar o canal.

A técnica possui cuidados especiais ou contraindicações?

Caso a definição do comprimento do trabalho e o preparo químico-mecânico sejam mal feitos, pode causar os seguintes danos:

Não existem estudos que mostrem contraindicações ou casos em que não é recomendada a técnica.

Mas assim como outros processos endodônticos, não é recomendado o uso de força principalmente na instrumentação, uma vez que pode gerar trincas e fraturas.

Entretanto, é válido ressaltar que cada caso é diferente e que depende diretamente do conhecimento sobre os determinados procedimentos.

Assim, é necessário prestar atenção ao realizar a técnica de Oregon modificada e utilizar também os materiais corretos da endodontia para garantir um bom procedimento.

ACESSO RÁPIDO
    Ramiro Murad
    Ramiro Murad Saad Neto, cirurgião-dentista com registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 118151, é graduado pela UNIC e residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Facial no Sindicato dos Odontologistas de São Paulo (SOESP - SP). Possui habilitação em Harmonização Orofacial e também é gestor de clínicas e franquias odontológicas. Além disso, é integrante da equipe Bucomaxilofacial da Clínica da Villa, que está na Rua Eça de Queiroz, 467 - Vila Mariana, São Paulo - SP.

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