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Síndrome de Stevens-Johnson pode afetar a saúde bucal

Síndrome de Stevens-Johnson pode afetar a saúde bucal

Muitas síndromes afetam o corpo como um todo e tem consequências na saúde bucal

Infelizmente, o corpo humano sofre com diversas síndromes genéticas ou adquiridas. Elas afetam o desenvolvimento do corpo e causam sintomas também na saúde bucal. Uma delas é a Síndrome de Stevens-Johnson.

Por isso, neste artigo, daremos todas as informações sobre a Síndrome de Stevens-Johnson. Para começar, vamos definir o que é essa síndrome:

A Síndrome de Stevens-Johnson é caracterizado por afetar gravemente a pele, com lesões avermelhadas em todo o corpo. No entanto, ela não se limita aos efeitos cutâneos, e o paciente sente outros sintomas como dificuldade para respirar e febre alta.

A maioria casos acaba evoluindo para uma forma ainda mais grave de necrólise epidérmica tóxica conhecida como síndrome de Lyell. Por isso, é importante que o paciente busque ajuda médica o quanto antes e que o diagnóstico seja dado cedo.

Causas da Síndrome

A Síndrome de Steven Johnson surge de uma reação alérgica extrema do corpo a algum medicamento. Os medicamentos que mais causam esse efeito são os antibióticos, com destaque para a Penicilina.

Como os antibióticos demoram um tempo para fazer efeito no corpo, os sintomas podem demorar até 3 dias para aparecer.

Outro problema é que essa síndrome costuma vir associada de outras doenças graves, como infecções ou neoplasias, o que pode dificultar o diagnóstico.

Sintomas de Steven Johnson

Os pacientes que adquirem Steven-Johnson apresentam alguns sintomas genéricos, que não são únicos dessa doença. As lesões avermelhadas na pele de todo o corpo, que são características da síndrome, podem aparecer só depois dos primeiros sintomas.

Listamos alguns sintomas que a maioria dos pacientes com essa síndrome costumam apresentar, confira:

  • Febre acima de 38ºC;
  • Dor ou sensação de queimação na pele (geralmente nas áreas com as lesões avermelhadas);
  • Inchaço do rosto;
  • Inchaço da língua;
  • Dificuldade para respirar;
  • Garganta inflamada;
  • Tosse persistente;
  • Queimação nos olhos.

Se você apresentar qualquer um desses sintomas três dias depois de começar o uso de um novo medicamento, procure um hospital ou retorne ao seu médico de confiança.

Como é feito o diagnóstico da síndrome?

O diagnóstico é feito por exame clínico, já que as lesões de pele avermelhadas são muito características em suas cores e formas.

No entanto, é recomendado que se faça exames de sangue e urina para descartar infecções secundárias.

Há cura para a síndrome de Stevens-Johnson?

Sim, há cura! O tratamento é mais efetivo quando iniciado nos primeiros sintomas, mas pode ser bem sucedido em outros casos também.

Os pacientes com Stevens-Johnson são internados no hospital para melhor acompanhamento do caso.

A interrupção de todos os remédios que não sejam essenciais é imediata, porque nem sempre fica claro qual é a medicação que causou ou que pode agravar a síndrome.

Os pacientes também costumam ficar no soro para que haja reposição dos líquidos. Como vários locais ficam sem pele, é necessário que um enfermeiro cuide diariamente das feridas.

Para a dor, os médicos indicam compressas frias e aplicação de cremes hidratantes neutros. Há, claro, uma lista de remédios que são permitidos para esses tratamentos, então o paciente não ficará com dor o tempo todo.

Stevens-Johnson e a Saúde Bucal

As lesões da Síndrome de Stevens-Johnson podem afetar a mucosa bucal. Por isso, um cirurgião-dentista pode ajudar no tratamento com procedimentos para tratar a ferida e prevenir danos maiores. Também pode colaborar com os cuidados da língua inchada, um dos sintomas da doença.

ACESSO RÁPIDO
    Ramiro Murad
    Ramiro Murad Saad Neto, cirurgião-dentista com registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 118151, é graduado pela UNIC e residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Facial no Sindicato dos Odontologistas de São Paulo (SOESP - SP). Possui habilitação em Harmonização Orofacial e também é gestor de clínicas e franquias odontológicas. Além disso, é integrante da equipe Bucomaxilofacial da Clínica da Villa, que está na Rua Eça de Queiroz, 467 - Vila Mariana, São Paulo - SP.

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