Confira aqui como a síndrome de Crouzon está ligada à área da odontologia
Muitas síndromes traz consequências perigosas para a nossa saúde, inclusive para a saúde da nossa cavidade bucal. A síndrome de Crouzon é um exemplo disso.
Em decorrência das suas características, essa síndrome afeta a audição, visão, elementos dentais e até a respiração. Mas, afinal, o que é a síndrome de Crouzon?
A síndrome de Crouzon é uma doença genética. Ela é caracterizada pelo fechamento precoce das suturas do crânio. Assim, o sistema craniofacial é alterado. E é isso que afeta os outros sistemas do nosso corpo.
Essa síndrome também é conhecida por mais dois nomes: acrocefalossindactilia tipo II e disostose craniofacial.
Nesse artigo iremos tirar todas as suas dúvidas sobre a síndrome de Crouzon. Vamos começar?
Principais sintomas da Síndrome de Crouzon
Os principais sintomas manifestados pelos paciente com essa síndrome são:
- Olhos saltados e mais afastados;
- Estrabismo;
- Nariz largo;
- Pupilas com tamanhos diferentes;
- Manchas amarronzadas pelo corpo;
- Surdez;
- QI considerado abaixo da média; e
- Problemas no coração.
Além desses sintomas, a doença também pode causar problemas na cavidade bucal. Assim, a Síndrome de Crouzon na Odontologia se manifesta a partir dos seguintes sintomas:
- Prognatismo;
- Hipoplasia do maxilar;
- Má oclusão dentária;
- Fenda palatina;
- Problemas com a mastigação; e
- Comprometimento da estética dos dentes.
O que causa a síndrome de Crouzon?
Como já vimos, a acrocefalossindactilia tipo II é uma doença genética. Ou seja, essa síndrome é causada por alterações no material genético (DNA).
Assim, os profissionais acreditam que a síndrome está ligada à mutações nos genes FGFR2. Além disso, há pesquisadores que acreditam que a doença também pode estar ligada a mutações nos genes FGFR3.
Importante: filhos com pais que apresentam o distúrbio apresentam uma chance maior de manifestar o mesmo distúrbio.
Além desse fator de risco, encontramos outros. Mesmo que os pais não apresentem o distúrbio, eles podem ter filhos com a síndrome. Isso acontece quando os pais carregam o gene alterado.
Ainda, filhos de pais com idade avançada têm mais chances de desenvolverem a síndrome.
Como é feito o diagnóstico Síndrome de Crouzon?
A disostose craniofacial pode ser diagnosticada logo no nascimento ou na fase infantil. O profissional analisa os sintomas e sinais para o diagnóstico correto.
O médico faz exames clínicos divididos em anamnese e exame físico. Mas, para confirmar o diagnóstico, o profissional faz exames complementares.
O exames mais comuns são:
- Exames radiográficos;
- Tomografia computadorizada;
- Ressonância magnética; e
- Exame genético.
Com os resultados dos exames, o profissional começa a planejar o tratamentos mais adequado para o quadro clínico do paciente.
Melhores tratamentos para a Síndrome de Crouzon
Apesar da existência de tratamentos, a síndrome não tem cura. Ou seja, os tratamentos são realizados para minimizar os sintomas e evitar complicações mais severas.
O tratamento para a doença é feito de forma multidisciplinar. Assim, muitos profissionais fazem parte do processo de recuperação.
Os oftalmologistas e otorrinolaringologistas trabalham para tratar os problemas envolvendo os olhos e os ouvidos. Os cirurgiões realizam procedimentos cirúrgicos de correção da estrutura craniofacial.
Na área odontológica, os cirurgiões bucomaxilofaciais realizam os procedimentos de reposição da mandíbula.
Ainda, os profissionais odontológicos realizam o tratamento ortodôntico para corrigir a posição e desalinhamento dos dentes.
Mas, lembre: cada quadro clínico da síndrome de Crouzon pede por um tratamento específico. Por isso sempre marque visitas médicas para você ou para o seu filho.