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Silicone de adição envolve técnica eficaz com bons resultados

Silicone de adição envolve técnica eficaz com bons resultados

É essencial para o dentista saber manusear o silicone de adição antes das moldagens

Os dentistas usam diversos materiais e instrumentos durante os procedimentos no consultório. Cada um deles tem uma função, além de vantagens e desvantagens. Por isso, neste artigo vamos falar sobre o silicone de adição.

O silicone de adição é usado em diversos tipos de tratamento dentário e requer conhecimento no do seu manuseio por parte do profissional da odontologia – independentemente da especialidade.

O silicone de adição é um dos materiais mais populares e utilizados para moldagens.

Conhecido também por silicona de adição ou vinil polissiloxano, realiza assim uma moldagem preliminar a partir do uso de um material muito pesado.

O que é Silicone de Adição?

Com uma ótima estabilidade dimensional, esses materiais de moldagem permitem seu vazamento em até sete dias Além disso, apresenta baixa distorção, por isso o vazamento ocorre em mais de um modelo por moldagem.

Dessa forma, é encontrado sempre em forma de pasta base e catalisador. Sendo comercializado em potes, latas ou ainda em pistolas (dispositivos de dispensa automática).

Com relação a desinfecção e limpeza dessas moldagens, essa pode ser realizada por meio do uso de uma solução que tenha em sua composição hipoclorito a 10% ou glutaraldeido a 2% de 10 a 15 minutos.

Quando o Uso de Silicone de Adição é Indicado?

É indicado, principalmente, na odontologia restauradora. É extremamente eficaz nos casos que exigem uma moldagem odontológica. Além disso, é indicado também em situações de:

Apesar de demonstrar uma boa estabilidade dimensional, uma das características do silicone de adição é que ele tem também uma certa limitação muito importante.

O fato de ser de uma natureza hidrófoba, faz com que ele traga menos alterações dimensionais quando se encontra em uma condição seca se comparada com condição de umidade.

Como Moldar Perfeitamente com Silicone de Adição?

Preparamos então cinco dicas essenciais que irão fazer com que você obtenha os melhores resultados ao lidar com esse silicone. Ficou curioso? É só continuar lendo!

Saiba Escolher a Técnica Mais Adequada Para a Moldagem

Bom, existem diversas técnicas que podem ser utilizadas para os processos moldagem. Todas elas têm o mesmo objetivo, que é obter o molde perfeito.

Porém, apesar das diferenças entre elas, todas possuem benefícios e malefícios. É importante entender então que não existe técnica melhor.

O que é recomendado na hora da escolha, é que opte-se pela que você tem mais familiaridade para trabalhar e que seja a mais adequada para a situação do paciente.

Falando uma pouco mais sobre cada uma delas, as mais utilizadas para moldar as margens cervicais de preparos são as de um e dois estágios.

A de um estágio exige que a moldagem seja feita com rapidez e de forma eficaz, para que os silicones de adição leve e pesado sejam aplicados simultaneamente.

O que não ocorre na de dois estágios, uma vez que esses são aplicados em dois momentos distintos. Nesse caso, o pesado servirá como um apoio acomodar o silicone leve, obtendo assim um registro mais preciso.

Escolha o Silicone de Adição Mais Apropriado Para Cada Caso

Para que a moldagem seja perfeita, é necessário um material que consiga reproduzir o mais parecido possível os tecidos orais. Além disso, ele deve também:

  • Seja fluido o bastante;
  • Consiga se adaptar a cavidade bucal;
  • Tenha a viscosidade suficiente para ficar contida em uma moldeira que é levada a boca.

Os silicones de adição são considerados os materiais de moldagem mais precisos e que têm a melhor estabilidade dimensional em relação aos outros.

Isso ocorre principalmente por não apresentarem uma formação de subprodutos durante sua reação de polimerização.

Ainda assim, essa técnica de moldagem pode apresentar uma série de diferenças, relacionadas as consistências, por exemplo, que devem ser levadas em consideração.

Materiais que Irão Ajudar a Se Livrar das Imperfeições

É muito comum que, um dos principais problemas que se manifesta e pode estragar a moldagem, sejam as bolhas que se formam. Essas podem ainda comprometer toda a confecção e adaptação da restauração indireta.

Dessa forma, toda vez que notar a presença de rasgos, vazios e bolhas, é muito provável que o problema ocorreu na moldagem.

Mas por que isso ocorre? Existem alguns motivos, porém, uma aplicação em camadas e realizando a espatulação manual do silicone, pode causar essas irregularidades.

Por isso, é recomendado utilizar uma pistola e ponta auto misturadora para chegar a perfeita mistura do silicone de adição. Com esse material, basta aplicá-lo com leveza e de maneira contínua.

Utilize Luvas de Vinil ao Manusear Silicones de Adição

Um dos cuidados básicos ao manusear os silicones de adição é não utilizar luvas de látex. Isso se dá principalmente pois elas afetam de forma negativa a polimerização dos moldes desses silicones.

Os compostos de enxofre que estão presentes na composição das luvas podem ir até a superfície das luvas armazenadas e transferidos para o paciente no processo.

Isso ocorre ainda no momento do preparo dentário nos tecidos moles adjacentes e no momento em que é colocado o fio retrator no tecido.

Além disso, podem se incorporar diretamente no material de moldagem quando são misturados os dois materiais pesados manualmente.

Esse composto pode contaminar o catalisador, resultando no retardo ou ainda na ausência da polimerização na área contaminada do molde.

Tenha um Cuidado Especial com a Margem Cervical

A presença de rupturas ou espaços vazios nas margens cervicais podem indicar que a maneira como os tecidos foram manipulados foi feita de forma incorreta.

Essa região é uma das mais críticas quando falamos em tentar obter uma modulação perfeita. Isso ocorre, pois é fácil com que rasgos e falta de material de moldagem apareçam no contorno do preparo.

Esses problemas podem ser ocasionados principalmente por um material que tenha certa resistência baixa ao rasgamento, pela presença de áreas muito retentivas ou pela inserção insuficiente do silicone na região do sulco.

Além disso, algum tipo de fluído intraoral pode ser sido infiltrado ou o material que está sendo utilizado pode ter sofrido uma compressão que não foi suficiente.

Para obter uma moldagem perfeita com qualquer silicone de adição, é importante observar a existência de pelo menos 0.5 mm de expansão do sulco.

ACESSO RÁPIDO
    Silmara Alves Rozo Ducatti
    Silmara Alves Rozo Ducatti é cirurgiã-dentista graduada pela Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) e especialista em Ortodontia pelo Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul (SIOMS). Possui registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 121811 e integra a equipe odontológica da RD Design Oral, que fica na Alameda Grajaú, 98 - sala 1207 - Alphaville, Barueri - SP.

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