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Resistência à anestesia pode ter diversas causas

Resistência à anestesia pode ter diversas causas

Pessoas que sentem o efeito da anestesia por um curto intervalo de tempo também são consideradas como resistentes

Diversos procedimentos do ramo da odontologia se aproveitam do método da anestesia. Extrações dentárias, restaurações cirúrgicas e tratamentos de canal são alguns exemplos. Contudo, uma característica peculiar pode se tornar uma barreira para essa aplicação: a resistência à anestesia.

Você sabia que os casos de resistência à anestesia são mais comuns do que parecem e podem colocar em risco a boa realização de um procedimento odontológico?

Resistência à anestesia ocorre quando os efeitos da substância não atuam no organismo de determinado paciente.

Características da Resistência à Anestesia

É possível reconhecer pessoas imunes à anestesia quando, mesmo após aplicada a substância, o paciente continua com a capacidade de sentir interações físicas na região.

Além disso, são considerados resistentes à anestesia pessoas que sentem o efeito da substância por um período de tempo muito curto.

Dessa maneira, é comum que essas pessoas, após alguns minutos, já voltem a ter a sensibilidade do local.

Em consultórios odontológicos, os casos de resistência à anestesia se manifestam por meio de pessoas que são imunes à ação de anestesia bucal.

Causas da Resistência à Anestesia

São várias as razões que podem tornar um paciente imune à ação de uma anestesia odontológica.

  • Quantidade de anestesia administrada

Em alguns casos, a resistência está relacionada à quantidade de substância injetada. Isso porque algumas pessoas requerem uma quantidade maior de anestésico para que surtir efeito.

como aquelas que tomaram muitas anestesias durante a vida, pessoas obesas e usuários de drogas ou de opiáceos.

  • Estresse ou ansiedade

Outra possível causa para a resistência é um possível estresse ou ansiedade por parte do paciente.

  • Motivações genéticas

Alguns pacientes podem contar com uma mutação em um gene específico, que provoca alterações na maneira como a pessoa recebe o anestésico odontológico.

  • Síndrome de Ehlers-Danlos

A dificuldade para ação de um anestésico pode ser sinal da existência de um grupo de doenças que recebem o nome de síndrome de Ehlers-Danlos e afetam diretamente o tecido conjuntivo.

Como proceder quando houver Resistência à Anestesia?

Apesar de ser uma situação delicada, é possível que os dentistas alcancem alternativas nos casos de resistência à anestesia.

Nas situações em que as pessoas resistem à anestesia graças ao estresse ou à ansiedade, por exemplo, os profissionais da odontologia podem usar métodos de sedação para facilitar a aplicação do anestésico.

Em outras ocorrências, há a possibilidade de optar pela administração de uma substância que não apresente resistência, pois alguns tipos de anestésicos são mais solúveis.

O profissional ainda pode mudar o local da injeção, quando os nervos estão situados em locais anormais.

Por fim, o dentista pode injetar a substância na área área abaixo do tecido da pele ou diretamente no nervo. No primeiro caso, o procedimento recebe o nome de infiltração; no segundo, bloqueio de nervo.

A anestesia odontológica é imprescindível para diversos tratamentos odontológicos. No entanto, é importante garantir que o paciente não passe por nenhum tipo de resistência à anestesia antes de realizar o procedimento.

ACESSO RÁPIDO
    Ramiro Murad
    Ramiro Murad Saad Neto, cirurgião-dentista com registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 118151, é graduado pela UNIC e residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Facial no Sindicato dos Odontologistas de São Paulo (SOESP - SP). Possui habilitação em Harmonização Orofacial e também é gestor de clínicas e franquias odontológicas. Além disso, é integrante da equipe Bucomaxilofacial da Clínica da Villa, que está na Rua Eça de Queiroz, 467 - Vila Mariana, São Paulo - SP.

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