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Reconstrução facial forense é auxiliada pela odontologia

Reconstrução facial forense é auxiliada pela odontologia

Técnica permite reconstruir a expressão de cadáveres irreconhecíveis

Dependendo do motivo da morte, a identificação de um cadáver pode se tornar um procedimento difícil. Por isso, a reconstrução facial forense se mostra um trabalho importante.

O que muitas pessoas não sabem é que a reconstrução facial forense pode estar diretamente relacionada com o trabalho odontológico!

Reconstrução facial forense é uma técnica que visa reproduzir a face de uma pessoa após a sua morte. Esse procedimento é muito útil para o reconhecimento e identificação da cadáveres fragmentados ou em estado de putrefação.

Além disso, a tecnologia vem se mostrando uma grande aliada desse processo.

Isso porque já foram criadas as técnicas de reconstrução facial forense digital, permitindo até mesmo uma reconstrução facial forense tridimensional.

Anteriormente, essa técnica era feita de forma manual. Contudo, o método não conta apenas com objetivos forenses para a identificação humana.

Também pode ser utilizado em contextos arqueológicos ou museológicos, com o intuito de especular sobre a aparência das pessoas que viveram em nas mais distantes épocas!

O nível das informações antropológicas pode tornar a reconstrução mais certeira. Ou seja, quanto mais detalhes, mais chances de sucesso.

Nesse sentido, a odontologia forense se destaca, uma vez que os dentes são uma das estruturas mais resistentes do corpo humano.

Por isso, a odontologia forense ajuda a determinar vários fatores relacionados à morte, como o mecanismo, a causa e o tempo.

Mas, afinal, o que é odontologia forense?

A odontologia forense, também conhecida como odontologia legal, é a especialidade odontológica que trabalha com a Justiça.

Essa especialidade tem como objetivo a pesquisa dos fenômenos psíquicos, físicos, químicos ou biológicos que atingem o homem, esteja ele vivo, morto, em forma de  ossada, ou até mesmo em fragmentos ou vestígios, resultando em lesões totais ou parciais.

O campo da odontologia forense nas investigações criminais, que abrange a identificação de restos humanos principalmente, é uma das mais demandadas.

Contudo, o profissional também pode optar por atuar em outras áreas, como: cível, criminal e trabalhista. Ainda, existe a possibilidade de se envolver com processos administrativos e éticos.

Perícia cível

  • Trabalha em processos de pacientes contra profissionais por conta de possíveis erros;
  • Atua quando o paciente não paga os serviços prestados pelo dentista;
  • Atua na identificação da estimativa de idade de pessoas.

Perícia trabalhista

Processos administrativos

  • Procedimentos assegurados pelo convênio de saúde;
  • Testes de produtos que ainda não estão sendo comercializados.

Perícia criminal

  • Atua na identificação humana em acidentes crimes, exclusivamente em casos nos quais os corpos estão mutilados ou em estado de decomposição;
  • Verificam marcas de mordida.

Processos éticos

  • Atua em julgamentos que visam analisar a conduta ética do dentista.

É importante salientar que quanto mais cedo o profissional da odontologia forense for acionado, mais completa será a perícia. Esses especialistas trabalham de forma interdisciplinar com outras profissões.

Um bom exemplo disso é, justamente, o trabalho para a realização da reconstrução facial forense, na qual o profissional pode trabalhar com arqueólogos ou peritos forenses de outras áreas.

ACESSO RÁPIDO
    Ramiro Murad
    Ramiro Murad Saad Neto, cirurgião-dentista com registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 118151, é graduado pela UNIC e residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Facial no Sindicato dos Odontologistas de São Paulo (SOESP - SP). Possui habilitação em Harmonização Orofacial e também é gestor de clínicas e franquias odontológicas. Além disso, é integrante da equipe Bucomaxilofacial da Clínica da Villa, que está na Rua Eça de Queiroz, 467 - Vila Mariana, São Paulo - SP.

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