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Pérola de esmalte pode causar danos ao órgão dentário

Pérola de esmalte pode causar danos ao órgão dentário

Descubra como surge e quais são os tratamentos para a anomalia

Quando você ouve a palavra pérola, o que vem a sua cabeça? Você pode até estar pensando naquele material esférico produzido por alguns moluscos, mas nesse artigo vamos falar sobre a pérola de esmalte.

A pérola de esmalte costuma atingir principalmente os dentes molares superiores. O problema também pode ser chamado de gota de esmalte ou enameloma.

Pérola de esmalte é uma excrescência em formato de meia esfera. Como o próprio nome já diz, ela geralmente é constituída de esmalte, sendo que em casos de menor incidência pode ser formada por tecido dentário e até pulpar. O problema normalmente atinge a superfície radicular da estrutura dentária.

Por incidir bastante na região das furcas, alguns estudiosos acreditam que a anomalia provém de um pequeno grupo de ameloblastos ectópicos.

Assim, é possível dizer que as pérolas de esmalte fazem parte do grupo das anomalias de forma e volume dental e decorrem da hiperatividade ectópica desses ameloblastos na porção radicular.

A anomalia dentária projeta-se da superfície da raiz do dente. Assim, é bastante difundida a ideia de que ela surge a partir de um  protuberância localizada na camada odontoblástica cervical.

Características clínicas da pérola de esmalte

A pérola do esmalte geralmente aparece como uma formação sólida, redonda e única na superfície da raiz do dente. Ela pode variar bastante em tamanho, desde o microscópico até alguns milímetros.

Um dentista pode notar a presença do nódulo durante um procedimento de rotina ou através da visualização das radiografias do paciente antes de iniciar um procedimento no consultório odontológico.

Complicações e tratamento para pérola de esmalte

É fundamental detectar precocemente a pérola do esmalte. Porém, às vezes, ela pode ser confundido com um cálculo dentário, também conhecido como tártaro.

Se não for tratada, pode causar destruição da gengiva e do tecido ósseo, inflamação e desenvolvimento de bolsas periodontais. Todos esse problemas comprometem a saúde e a longevidade do dente envolvido.

A gota de esmalte pode abrigar a placa e levar à perda do ligamento periodontal. Essa estrutura é fundamental, pois é ela que mantém o dente no lugar. Se um paciente tem dano ósseo e tecidual grave, a extração dentária pode ser a única opção.

Uma vez detectada, a pérola do esmalte precisa ser removida cirurgicamente. O procedimento serve para permitir que o paciente e seu dentista acessem a área para o controle adequado da placa.

O dentista pode utilizar brocas para remover o enameloma, que após o procedimento não aparecerá novamente.

Mantenha seus dentes saudáveis, visitando seu dentista para obter radiografias e limpezas regulares. Se você notar inflamação crônica, sangramento ou desconforto, apesar dos bons hábitos de higiene bucal, contate o profissional imediatamente.

Avaliação e tratamento adequados pelo seu dentista podem impedir que esta anomalia dentária afete o seu sorriso.

Agora você já conhece um pouquinho mais sobre essa anomalia tão peculiar chamada de pérola de esmalte. Lembre-se, é fundamental ficar atento. Assim, ao detectar qualquer anormalidade em sua boca, consulte o seu profissional de confiança.

ACESSO RÁPIDO
    Ramiro Murad
    Ramiro Murad Saad Neto, cirurgião-dentista com registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 118151, é graduado pela UNIC e residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Facial no Sindicato dos Odontologistas de São Paulo (SOESP - SP). Possui habilitação em Harmonização Orofacial e também é gestor de clínicas e franquias odontológicas. Além disso, é integrante da equipe Bucomaxilofacial da Clínica da Villa, que está na Rua Eça de Queiroz, 467 - Vila Mariana, São Paulo - SP.

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