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Palatoscopia auxilia na identificação humana forense

Palatoscopia auxilia na identificação humana forense

Entenda as diferentes maneiras como o procedimento pode ser realizado

Você por acaso já ouviu falar sobre a palatoscopia? Não? Então companhe este artigo e descubra tudo o que é necessário saber sobre esta técnica.

Apesar de não ser uma pratica comum na odontologia convencional, a palatoscopia é bastante conhecida entre os odontologistas forenses.

Palatoscopia é a modalidade que estuda as rugas presentes no palato para auxiliar na identificação humana forense.

Além disso, caso a constatação não seja muito clara, o profissional encarregado pode se basear nas linhas de rafe, proeminências, dobras, sulcos e rugas do indivíduo para chegar a uma conclusão.

Importância da Palatoscopia

A identificação forense, na grande maioria dos casos, é um processo bastante difícil e que requer muito tempo. Ela implica em uma série de problemas, tais como:

  • Rápida decomposição;
  • Circunstância da morte;
  • Animais cadavernosos.

Assim, as identificações humanas através de dentes, impressões digitais e ADN acabam sendo as mais utilizadas. Entretanto, há algum tempo estudiosos explanaram uma nova técnica, conhecida como palatoscopia.

Segundo estudos, ela é bastante eficaz e se for realizada uma seleção adequada dos casos haverá quase 100% de chance de identificação correta.

Como é feito o procedimento?

A verdade é que existem diversas maneiras de se estudar as rugas palatinas na odontologia forense. Vamos acompanhar e entender um pouquinho mais sobre cada uma delas:

Inspeção oral

Como o próprio nome já diz, trata-se do exame realizado diretamente na cavidade oral do indivíduo. Entretanto, este, por si só, não pode fornecer todos os dados necessários para a realização de um estudo comparativo.

Mesmo assim ainda é um método bastante utilizado em virtude de sua simplicidade e baixíssimo custo.

Obtenção de modelos de estudo

É o método de eleição para o estudo rugoscópico, uma vez que permite a fácil e exata reprodução das rugas palatinas num suporte estável, fácil de manusear e de observar.

Os materiais utilizados devem ser selecionados tendo em consideração dois aspetos: a precisão e a facilidade de manuseamento.

Assim, preferencialmente, são utilizados os elastómeros (e não os hidrocolóides reversíveis). Na ausência destes, pode recorrer-se ao alginato desde que se assegure a imediata vazagem a gesso do modelo.

Fotografias intraorais

É realizada com um espelho intraoral.

Sobre a fotografia, é interessante que se trace uma grelha formada por uma linha ântero-posterior que coincida com a rafe palatina, e outra perpendicular a esta, a nível do primeiro molar definitivo.

Por último, um círculo com centro no cruzamento de ambas as linhas e raio adequado a cada modelo é necessário, permitindo a divisão da área em quatro quadrantes, para melhor estudo e classificação.

Fotografias dos modelos de gesso

Para poder realizar as comparações e chegar à conclusão correta, é ideal que o profissional obtenha vários modelos de fotografia.

Dessa forma, essa técnica consiste na observação do traçado no modelo de gesso das rugas palatinas com recurso de um lápis preto.

Em seguida, nessa forma de palatoscopia é feita uma fotografia de maneira que o plano fique perpendicular à papila incisiva da pessoa que é examinada.

ACESSO RÁPIDO
    Ramiro Murad
    Ramiro Murad Saad Neto, cirurgião-dentista com registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 118151, é graduado pela UNIC e residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Facial no Sindicato dos Odontologistas de São Paulo (SOESP - SP). Possui habilitação em Harmonização Orofacial e também é gestor de clínicas e franquias odontológicas. Além disso, é integrante da equipe Bucomaxilofacial da Clínica da Villa, que está na Rua Eça de Queiroz, 467 - Vila Mariana, São Paulo - SP.

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