Descubra também quais são as principais causas desse tipo de lesão
Visitar o seu dentista regularmente pode ajudar a identificar e prevenir os mais diversos problemas de saúde bucal. Entre eles, podemos citar as cáries, gengivites, reabsorções ósseas e até mesmo uma lesão de furca.
Mas por acaso você já ouviu falar sobre lesão de furca? Você sabe o que é esse problema?
Uma lesão de furca é a destruição do suporte de dentes multirradiculares, caracterizada pela reabsorção óssea e perda de inserção no espaço inter-radicular, ou seja, entre a raiz do dente e a gengiva.
O que pode levar a uma lesão de furca?
As lesões de furca podem ter diversas causas. Aqui você conhecerá as principais delas:
- Ela pode ser consequência de um problema morfológico natural do paciente afetado;
- desencadeada por algum defeito ósseo;
- consequência do posicionamento dentário ao longo da vida do paciente. A posição dos dentes tende a se alterar no decorrer dos anos;
- pode se desenvolver a partir de outros problemas dentários não tratados, como uma cárie ou periodontite por exemplo.
Classificações desse tipo de lesão
A classificação da lesão de furca mais utilizada é a de Hamp. Ela é baseada na quantidade de destruição periodontal na direção horizontal presente na área inter-radicular. Vamos conferir:
- Classe I- caracterizada pela perda horizontal do tecido de suporte menor que 3mm;
- Classe II- caracterizada pela perda horizontal do tecido de suporte maior ou igual a 3mm;
- Classe III- caracterizada pela perda horizontal dos tecidos de um lado a outro da furca.
Diagnóstico da Lesão de Furca
O diagnóstico é realizado, principalmente, através de uma sondagem da área comprometida realizado com uma sonda Nabers.
Esse procedimento deve ser complementado por exames de imagem.
Ele irá avaliar a quantidade de osso presente, cristas ósseas alveolares, quantidade de perda óssea, espessura do ligamento periodontal e integridade da lâmina dura.
Como é o tratamento da lesão?
O tratamento da lesão de furca possui dois principais objetivos, que são:
- A eliminação do biofilme das superfícies expostas do complexo radicular;
- O estabelecimento de uma anatomia das superfícies afetadas que facilite o adequado autocontrole do biofilme pelo paciente.
Mas quais procedimentos são realizados? Bom, o tratamento pode ser realizado de 3 formas diferentes. Isso depende do grau que a lesão se encontra:
- Classe 1- aqui é comum que o dentista não realize procedimentos muito invasivos, tentando conter a lesão através de métodos clínicos. Normalmente, nesses casos, é realizada a raspagem e alisamento radicular.
- Classe 2- quando a lesão já está mais desenvolvida, o profissional pode optar por técnicas de odontoplastia e osteoplastia, realizando pequenas intervenções na perda identificada.
- Classe 3- nessa situação o dentista deve utilizar técnicas mais invasivas para alcançar o resultado desejado. Pode ser necessária uma ressecção radicular, regeneração tecidual guiada ou, em último caso, o órgão dental deve ser removido.
O sucesso dessas terapias depende bastante do grau de agressividade da lesão e da velocidade do diagnóstico.
Outro fator de fundamental importância é a capacidade de resposta do organismo de cada paciente durante todo o tratamento.
Geralmente, tratamentos conservadores têm uma taxa de sucesso bastante satisfatória para pacientes com lesões prematuras, que variam com o tipo de dente que foi acometido com a doença.
Tratamentos de lesão de furca com graus mais elevados também são bastante efetivos, principalmente quando o paciente realiza as consultas de manutenção regularmente com o seu dentista.