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Erupção ectópica: causas, diagnósticos e tratamentos

Erupção ectópica: causas, diagnósticos e tratamentos

Considerada uma anomalia,  pode ocorrer em qualquer posição das arcadas dentárias

Os primeiros dentes são extremamente importantes para uma futura saúde bucal em boas condições. Por isso, saber que uma falha como a erupção ectópica pode ser irreversível, é essencial.

É fundamental que os pais fiquem atentos a quaisquer anormalidades apresentadas na troca de dentes das crianças, pois uma erupção ectópica é um processo extremamente delicado.

Erupção ectópica molar permanente marca o início da dentição mista. Ocorre normalmente nos primeiros molares permanentes superiores e é uma alteração do caminho padrão de erupção da dentição permanente.

Riscos da Erupção Ectópica

Em uma erupção ectópica de primeiro molar, pode ocorrer a reabsorção da porção distal da coroa do segundo molar temporário. Originando assim a perda precoce do dente.

Por isso, o ideal é encaminhar o mais rápido possível ao cirurgião-dentista. De preferência, um odontopediatra. Além disso, os problemas de erupção ectópica podem causar ainda problemas de alinhamento dos dentes.

Principais Causas

Sua etiologia não é totalmente conhecida, porém é atribuída a uma origem de multi-fatores.

Entre essas diversas razões que podem originar a anomalia, podemos destacar principalmente a grande e significativa diferença entre o tamanho ósseo e dentário.

Dessa forma, problemas no tempo de crescimento ósseo nos tubos maxilares também são identificados e estão associados à calcificação e erupção do molar.

Alguns outros fatores também são comuns. Tais como a morfologia desfavorável da coroa do segundo molar temporário e uma erupção angulada incomum do primeiro molar permanente.

Diagnosticando a Erupção Ectópica

Sob tudo, o atraso uni ou bilateral da emergência completa de um primeiro molar permanente, ou o aparecimento na arcada das cúspides, é um alerta.

Portanto, deve ser levado em consideração durante a realização do exame clínico. A confirmação se dá somente por meio de um raio-x.

Normalmente, a erupção é diagnosticada de forma casual em um exame radiológico de rotina realizado antes da fase de erupção do primeiro molar permanente. Ou seja, entre os 5 e 7 anos de idade.

É considerada de fato então uma erupção ectópica quando a imagem apresentada na radiografia se sobrepõe ou a raiz distovestibular está impactada no segundo molar temporário.

Tipos de Erupção

A progressão clínica dessa patologia é dividida em dois grupos:

  1. Erupção Ectópica Reversível – nesse caso,  o molar permanente produz uma destruição das raízes e coroa do segundo molar temporário, permanecendo imóvel nessa posição. Esta impactação é temporária, depois de um certo período de tempo, o molar permanente retorna normalmente à sua trajetória e erupciona na sua posição normal, mantendo a reabsorção do segundo molar como um efeito permanente.
  2. Erupção Ectópica Irreversível – passado um certo tempo, o molar permanente não corrige a sua posição e permanece impactado no segundo molar temporário. Devido a este bloqueio, ele não consegue erupcionar na sua posição normal na arcada, sendo necessário levá-lo à sua posição de oclusão normal.

Tratamento para Erupção Ectópica

O tratamento vai depender de cada situação, envolvendo, por exemplo:

  • A severidade da reabsorção do segundo molar temporário;
  • A perda ou não do segundo molar temporário;
  • Mobilidade do segundo molar temporário;
  • Da angulação do primeiro molar permanente;
  • Se há existência de sintomas clínicos.

Se o molar permanente corrigiu a sua trajetória eruptiva e houver apenas a reabsorção do segundo molar temporário, não é necessário tratamento.

Apenas observar regularmente para que não surjam complicações derivadas da reabsorção.

Porém, como a erupção ectópica tem como consequência a reabsorção incomum de uma porção da raiz do segundo molar temporário, mesmo que o processo se resolva, ficarão algumas sequelas.

ACESSO RÁPIDO
    Rodrigo Venticinque
    Rodrigo Venticinque é graduado pela Universidade de Santo Amaro (UNISA) e especialista em Prótese e Reabilitação Oral Integrativa, Biofísica Quântica, Biorressonância Aplicada e Ortomolecular. Possui pós-graduação em Estética Dental e Reabilitação Oral, com certificação em Remoção Segura da Amálgama e Odontologia Biológica pela Academia Internacional de Medicina Oral e Toxicologia. Também é professor de pós-graduação em Biofísica e Ortobiomolecular da QuantumBio e atua nas áreas de Ozonioterapia, Odontologia Sistêmica, Sedação Consciente com Óxido Nitroso e Hipnose. Além disso, Rodrigo possui registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 52860 e é diretor da Clínica Venticinque Odontologia Biológica e Integrativa, que fica na Rua dos Chanés, 505 - Moema, São Paulo - SP.

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