PACIENTES

O uso do enxaguante bucal, seus benefícios e riscos

O uso do enxaguante bucal, seus benefícios e riscos

O enxaguante bucal é um auxiliar na limpeza dos dentes

Manter uma boa saúde bucal é essencial para elevar também a qualidade de vida. Os cuidados na escovação impedem a proliferação de bactérias, que geram diversas doenças. Entre os métodos de higiene que podem ser utilizados está o enxaguante bucal.

É importante apontar que o enxaguante bucal não substitui os outros processos de limpeza, como a escovação utilizando creme dental, escova de dentes e fio dental. Não é recomendado o seu uso como forma de limpeza rápida.

Enxaguante bucal é um auxiliar da higiene bucal que age no controle químico da placa bacteriana, dissolvendo-a. Assim, ele ajuda a prevenir problemas como cáries, gengivite e mau hálito, e possibilita um hálito refrescante.

Tipos de enxaguante bucal

No mercado estão presentes os enxaguantes bucais terapêuticos e os cosméticos. Os cosméticos são aqueles que agem apenas na diminuição temporária do mau hálito.

Os terapêuticos são os que contam com a presença de agentes químicos em sua composição. Assim, eles agem na contenção da placa bacteriana.

Entre os enxaguantes bucais, existem diferentes tipos que dependem da ação e da efetividade do produto.

  • O enxaguante bucal com álcool deve ser utilizado apenas para os pacientes que recebem prescrição médica, uma vez que apresenta alguns riscos ao paciente;
  • O enxaguante bucal sem álcool é o mais recomendado. Ele apresenta produtos que agem na diluição dos princípios ativos, porém que não agridem a boca;
  • Existem também o enxaguante com flúor, que são os mais indicados para pessoas com problemas de cárie ou sensibilidade, graças à sua composição;
  • O enxaguante antisséptico que tem componentes como o gluconato de Clorexidina é capaz de eliminar as bactérias mais facilmente, sendo indicado para as pessoas que querem diminuir o mau hálito. Contudo, seu uso é restrito por sete dias. Se for utilizado por mais tempo, pode prejudicar os dentes.

Riscos do enxaguante bucal

Se utilizado em excesso, os enxaguantes bucais feitos à base de álcool podem gerar descamação da mucosa da boca e agressões ao esmalte dentário.

Outro risco é o ressecamento da língua e a coloração amarela do dente, causado pelo desequilíbrio do pH bucal. O enxaguante bucal deixa os dentes mais porosos. Isso facilita o surgimento de manchas em tons de amarelo ou cinza nos dentes.

Algumas bactérias presentes na boca fazem parte da flora natural e são úteis no processo que controla a acidez bucal. Sua eliminação por meio do uso de enxaguantes bucais pode prejudicar o início do processo digestivo.

Em casos mais graves, o uso excessivo de enxaguantes bucais aumenta o risco de câncer na boca e na faringe.

Quando utilizar o enxaguante bucal?

Não é indicado o uso mais de uma vez por dia para pessoas que não tem problemas de cárie ou gengivite.

Outros pacientes devem seguir as instruções do dentista sobre a quantidade de vezes que devem usar o produto em um dia.

É preferível o uso do enxaguante bucal apenas no período da noite. É nessa hora do dia que a salivação da boca diminui, permitindo com que o produto permaneça mais tempo nos dentes.

ACESSO RÁPIDO
    Ramiro Murad
    Ramiro Murad Saad Neto, cirurgião-dentista com registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 118151, é graduado pela UNIC e residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Facial no Sindicato dos Odontologistas de São Paulo (SOESP - SP). Possui habilitação em Harmonização Orofacial e também é gestor de clínicas e franquias odontológicas. Além disso, é integrante da equipe Bucomaxilofacial da Clínica da Villa, que está na Rua Eça de Queiroz, 467 - Vila Mariana, São Paulo - SP.

    Leia também