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Classificação de Mount e Hume e sua importância

Classificação de Mount e Hume e sua importância

Esse tipo de classificação tem ligação com a cárie e deve ser conhecida dos profissionais da odontologia

Falar sobre as nomenclaturas e classificações das cavidades bucais não é uma tarefa fácil, pois são inúmeras as opções. E a Classificação de Mount e Hume é uma delas.

Dessa forma, entender o que é, e como funciona a Classificação de Mount e Hume pode ser muito interessante para os cirurgiões-dentistas que atuam nessa especialidade.

A Classificação de Mount e Hume se baseia principalmente no tamanho e na localização da lesão de cárie.

Dessa forma, seu foco principal é considerar então os locais que apresentam um maior acúmulo de biofilme. Seja ele na raiz ou na coroa dos dentes.

Localização na Classificação de Mount e Hume

Quando falamos dessa classificação de cavidades de acordo com a sua localização, existem três pontos importantes de serem levados em consideração. São eles:

  1. Oclusal – envolve sulcos, fissuras e defeitos no esmalte da superfície oclusal dos dentes posteriores, ou de outras superfícies lisas, como por exemplo, na borda incisal de dentes anteriores;
  2. Proximal – é a superfície de esmalte proximal abaixo das áreas de contato com o outro dente vizinho;
  3. Cervical – é a superfície que corresponde a um terço gengival da coroa. Ou ainda, pode ser considerada uma superfície de raiz exposta.

O local onde se encontra lesão então é um aspecto muito importante a ser observado. Essa localização poderá indicar a gravidade do problema.

O Tamanho na Classificação de Mount e Hume

Como explicamos, o tamanho e localização da lesão de cárie são duas vertentes fundamentais e que devem receber a devida atenção. Agora que já falamos do local, vamos para o tamanho?

Esta categoria é dividida em quatro partes. Sendo elas:

  • Mínima: Ocorre o mínimo envolvimento da dentina, que é onde se indica como tratamento correto e prioritário a remineralização dos dentes;
  • Moderada: Aqui há um moderado envolvimento da dentina. Nesse caso, após o preparo da cavidade o esmalte que sobre se mostra saudável e sadio, bem suportado pela dentina e não apresenta falhas diante de cargas oclusais normais. Dessa forma, a estrutura dental está suficientemente resistente para suportar a restauração;
  • Ampla: É uma lesão larga, diferente do moderado. Possui uma estrutura muito fraca e às margens cuspídeas ou incisais. Essa podem ainda apresentar trincas ou se sujeitarem a fraturas. A cavidade precisa ser estendida a um ponto em que a restauração ao ser confeccionada consiga então promover o suporte do que sobrou;
  • Extensa: Possui todas as mesmas características da ampla, porém, na maioria dos casos é adicionada a perda de grande parte da estrutura dental.

E então, após todas essas informações, deu para notar a importância do tempo na classificação de lesões de cárie, não é mesmo?

Classificação de Mount e Hume Modificada

É importante citarmos que, com o passar do tempo, algumas modificações foram sendo feitas nessa classificação de cárie dentária.

Dessa forma, essa nova fase de análises, que definiu novos tipos de olhares com relação ao tempo, a localização, a quantidade de acúmulo de biofilme e diversos outros fatores, se dividiu em estágios.

  1. O diagnóstico bucal clínico e seus resultados;
  2. A presença de uma alteração superficial que progride além da área;
  3. Apresenta uma lesão de tamanho moderado;
  4. Presença de uma lesão grande causando enfraquecimento das cúspides;
  5. Uma lesão muito grande presente. Esta é capaz de destruir uma ou mais cúspides.

Dessa forma, ficou claro que entender a classificação de Mount e Hume é de extrema importância para os profissionais da odontologia.

ACESSO RÁPIDO
    Valdir de Oliveira
    Valdir de Oliveira é cirurgião-dentista graduado em Odontologia pela Universidade de Santo Amaro (UNISA) e pós-graduado em Ortodontia e Ortopedia dos Maxilares pela Sboom. Possui especialização e mestrado em Implantodontia, habilitação em Harmonização Orofacial e Anatomia da Face. Também é professor nas áreas de Cirurgia Bucomaxilofacial e Harmonização Orofacial e voluntário há mais de 20 anos na Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA Brasil). Com o registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 52860, Valdir integra a equipe odontológica do Instituto Bernal e Oliveira, que está localizado na Avenida dos Imarés, 572A - Indianópolis, São Paulo - SP.

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