Muito estudada por diversos cirurgiões dentistas, foi extremamente influente na odontopediatria
O início da formação dos germes dentais primários é um processo muito importante, e que foi e ainda é pauta de pesquisa de diversos estudiosos. O classificação de Baume está nessas pesquisas.
Por isso, um dos assuntos muito abordados e pesquisados é a questão dos arcos decíduos. Com a classificação de Baume, o pesquisador trouxe mais informações sobre o tema.
Classificação de Baume é usada para definir a harmonia da posição dos dentes sucessores. O que ele queria mostrar com isso é que, quanto maior for o espaço, melhor a possibilidade de uma relação de troca mais harmoniosa.
Continue lendo este artigo para entender mais sobre!
O que é a classificação de Baume?
Baume verificou todas as relações possíveis entre os molares decíduos e os pré molares. Ele fez isso passando uma linha imaginária nas paredes mais distais dos segundos molares decíduo.
Dessa forma, ele verificou então que, em oclusão, só existiam três possibilidades de relação terminal de molar decíduo. Eram elas:
- Terminal reto, plano ou paralelo;
- Degrau mesial para mandíbula;
- Degrau distal para mandíbula.
Assim, ele acreditava que só existiria essas três posições possíveis e que essas eram extremamente importantes.
Classificação de Baume e os arcos
Indo de encontro com diversos outros pesquisadores e estudiosos da época, Baume criou sua própria análise e conclusões com relação a presença dos espaços interproximais.
Dessa forma, classificou seus arcos em três tipos:
- Arco de Baume tipo I – são aqueles com espaços generalizados entre os dentes anteriores, de canino a canino decíduo. Tanto no arco superior como no arco inferior, com um mínimo de 0,5 mm cada um, ou cuja somatória fosse igual ou superior a 2,5mm;
- Arco de Baume tipo II – aqueles que não apresentavam espaçamento entre os dentes anteriores, de canino a canino decíduo em ambos os arcos;
- Arco de Baume tipo misto – esses ocorrem quando apresentavam então os dois tipos de arco. O tipo I (diastemado) na maxila e o tipo II (sem diastemas) na mandíbula, ou vice-versa.
Tanto os tipos de arcos pela classificação de Baume e os espaços são características independentes na dentição decídua. Então, podem ser presentes ou não, associados ou isolados na arcada dentária superior e inferior.
Classificação de Baume e outros resultados
Nesse mesmo estudo, Baume constatou a presença de diastemas característicos no arco superior e inferior, denominados por ele como espaços primatas.
Ele os classificava como superior e inferior. O primeiro, estava localizado entre o incisivo lateral e canino. Já o segundo, estaria entre o canino e o primeiro molar decíduo.
De acordo com o pesquisador, a presença dos espaços interproximais segue um padrão próprio não é resultado de uma adaptação funcional.
Ou seja, com isso, ele tinha o intuito de mostrar que, após a erupção completa dos dentes decíduos, não surgem novos espaços, nem o aumento dos já existentes.
Importância da Classificação de Baume
Essas análises e resultados foram extremamente importantes na década de 50. Pois trouxeram números e porcentagens nos casos da odontopediatria.
Assim, a prevalência no estudo de Baume na década de 1950 evidenciou 70% das crianças portadoras de arco do tipo I e 30% de arco do tipo II na maxila.
Já na área da mandíbula, a frequência foi de 63% das crianças com arcos do tipo I e 37% para o tipo II. Todos esses números encontrados a partir da classificação de Baume.