Entenda quais são as causas e tratamentos dos principais tipos de cisto odontogênico
Você vai ao dentista realizar uma consulta de rotina e ele informa que foi detectado um cisto odontogênico em sua boca. E agora, o que fazer?
Primeiramente se acalme, existem diversos tipos de cisto odontogênico. Cada um afeta o organismo de uma maneira e pode ser tratado de diferentes formas.
Cisto odontogênico é uma anomalia resultante da proliferação de remanescentes epiteliais associados à formação de nossos dentes.
Os remanescentes epiteliais presentes na maxila e mandíbula são originais do ectoderma. Ela reveste os processos embrionários que irão formar a face e boca ou de tecido epitelial que participa na odontogênese.
A presença pura e simples de restos epiteliais já é o suficiente para explicar a formação de um cisto.
É necessária a ação de um agente inflamatório, por exemplo, capaz de estimular e determinar a proliferação desses restos remanescentes.
Tal condição é freqüente nos maxilares, onde infecções e traumas são capazes de desencadear a resposta inflamatória.
Principais Cistos Odontogênicos
Agora que você já está por dentro do assunto, está na hora de listarmos os principais tipos de cisto odontogênico:
Cisto da Lâmina Dentária
Esses cistos odontogênicos afetam principalmente recém-nascidos. Eles se apresentam como pequenos nódulos esbranquiçados, localizados nos rebordos alveolares dos maxilares.
Como os atingidos por essa anomalia geralmente são muito jovens, ela se manifesta de forma assintomática. O cisto de lâmina dentária costuma se romper naturalmente pouco depois de surgir, muitas vezes passando despercebido.
Queratocisto ou Cisto Primordial
Esse tipo de cisto é pouco freqüente e geralmente assintomático, exceto quando ele se torna secundariamente infectado. Raramente apresenta manifestações clínicas evidentes.
Quando alcança um grande tamanho, geralmente envolvendo o ramo ascendente da mandíbula, pode apresentar tumefação e relato de dor.
A mandíbula é mais envolvida em relação à maxila, ocorrendo a maior freqüência na região de 3º molar inferior. Entretanto, pode desenvolver em qualquer parte dos maxilares, inclusive na linha média da mandíbula e maxila.
A lesão é mais comum em homens do que em mulheres. Além disso, é diagnosticada usualmente entre a segunda e terceira década de vida do paciente.
Cisto Dentígero
Trata-se de um tipo de cisto com maior incidência que o queratocisto. A lesão acomete a coroa de um dente não irrompido, prendendo-se em seu colo.
A disfunção está associada principalmente aos terceiros molares inferiores, vindo em uma ordem decrescente, caninos superiores, pré-molares inferiores e terceiros molares superiores.
Assim, raramente ela está associada a um dente decíduo.
O tratamento do cisto no dente acontece por meio cirúrgico. Pode ser realizado por enucleação ou marsupialização. Desse modo, é escolhido pelo dentista após diagnóstico, considerando a idade da pessoa e o tamanho da lesão.
Cisto de Erupção
O cisto de erupção é uma variedade de cisto dentígero associado a um dente decíduo ou permanente, em processo de erupção.
Trata-se uma lesão extra-óssea localizada entre o epitélio reduzido do órgão de esmalte e a coroa do dente, causada pelo acúmulo de exsudato, com freqüência hemorrágica, o que confere à gengiva a cor azulada.
Normalmente esse cisto odontogênico se rompe devido a pressão mastigatória, não necessitando de tratamento.