O termo bioética vem do grego e significa “respeito a vida”, mesmo que suas condições sejam contraditórias
A área da saúde passa, diariamente, por situações onde os profissionais se perdem nas regras da ciência. Essas regras, muitas vezes, passam por cima da vontade dos pacientes. Esse é um dos tópicos que a bioética discute.
Como a odontologia faz parte da saúde e essa discussão também atinge os dentistas, preparamos esse artigo completo sobre bioética. Para começar, vamos a definição:
Bioética é o um estudo transdisciplinar. Estão envolvidas nesse estudo: as Ciências Biológicas, Ciências da Saúde, Filosofia e Direito. O objetivo desse estudo é investigar as condições necessárias para uma administração responsável da vida humana, animal e ambiental.
Problemáticas da Bioética
A bioética implica em diversas divergências na área da saúde. Isso porque seu surgimento passou a questionar como a ciência deixava de lado a moral e a importância da vida humana em seus estudos, testes e aplicações.
No entanto, ao mesmo tempo, os princípios da bioética implicam com uma dezena de procedimentos médicos considerados necessários e justos.
Dentre os considerados procedimentos imorais pela bioética, podemos destacar:
- A fertilização in vitro;
- O aborto;
- A clonagem;
- A eutanásia;
- Os transgênicos;
- As pesquisas com células tronco.
Desde seu surgimento, em 1927, o estudo do “respeito a vida” vem causando polêmicas. Há quem concorde que é preciso haver uma humanização da saúde, mas que os termos impostos são absurdos.
A verdade é que, muitos dos termos imorais da bioética são baseados em valores cristãos. Por conta disso, muitos cientistas não aceitam as imposições dessa teoria.
Teorias a partir da Bioética
Se as imposições não agradaram a todos, significa que houve discussão. Na verdade, a discussão acontece até hoje.
Desde 1970, o assunto vem tomando cada vez mais corpo e mais teorias vão surgindo. O avanço da tecnologia e das possibilidades que a ciência oferece para o homem só vão deixando a discussão mais quente e necessária.
Por exemplo, há uma teoria forte no meio médico. Ela é chamada de teoria utilitarista.
Essa teoria coloca no centro da discussão a qualidade da vida humana, dispensando a sacralidade da vida humana. Ou seja, é mais importante que o paciente tenha qualidade de vida e não apenas ser mantido vivo, em sofrimento, por conta da sacralidade de sua vida.
Assim, a ideia de que a vida deve ser colocada acima de tudo, inclusive do bem estar do paciente, é quebrada. No entanto, ainda não há um consenso geral da medicina sobre a discussão.
Isso significa que os médicos podem se identificar com certas vertentes de pensamento, mais ainda devem seguir o código ético ensinado em suas faculdades e exigido pelos hospitais.
O mesmo com os dentistas e demais profissionais da saúde. Assim, o que resta ser feito é implementar a discussão para que a realidade mude ou não um dia. O que se considera bioético hoje pode não ser mais ético em dez anos, por exemplo.
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