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Indicações do ajuste oclusal e seus principais objetivos

Indicações do ajuste oclusal e seus principais objetivos

Conheça a técnica de ajuste para casos de oclusão traumática

A oclusão dentária é contato dos dentes superiores com os inferiores. Quando o contato está em harmonia, ele proporcionam equilíbrio à arcada. Mas nem sempre isso ocorre, e pode ser preciso recorrer ao ajuste oclusal.

A desarmonia oclusal pode causar diversos efeitos negativos como mobilidade, sensibilidade, desordens da ATM, fraturas dentais e de restaurações. O ajuste oclusal pode evitar esses riscos. Mas, afinal, o que é isto?

O ajuste oclusal é uma conduta terapêutica que realiza modificações nas superfícies dos dentes, restaurações ou próteses, através de desgaste seletivo ou acréscimo de materiais restauradores.

Seu objetivo é harmonizar os aspectos funcionais da oclusão para receber estímulos uniformes que propiciem as condições necessárias para a saúde das articulações temporomandibulares.

O ajuste oclusal pode ser realizado em restaurações ou por desgaste seletivo em dentes hígidos, que em odontologia significam dentes saudáveis.

Indicações para o Ajuste Oclusal

É importante ressaltar que o ajuste deve ser realizado por um profissional especializado. Se for realizada diretamente no esmalte não terá como reverter o procedimento.

O ajuste oclusal é recomendado quando há presença de sinais e sintomas de oclusão traumática ou quando as relações oclusais podem ser melhoradas por meio de ajuste nas seguintes conjunturas:

  • Discrepância oclusal em relação cêntrica;
  • Tensão muscular anormal (ocorrendo consequente desconforto e dor resultante de hábitos, como apertamento ou bruxismo);
  • Presença de disfunção neuromuscular;
  • Previamente a procedimentos restauradores extensos para estabelecer um padrão oclusal ótimo;
  • Estabilização dos resultados obtidos pelo tratamento ortodôntico e pela cirurgia buco-maxilo-facial;
  • Coadjuvante no tratamento periodontal, nos casos com mobilidade dental.

Contraindicações do Ajuste

O ajuste tem algumas contraindicações e não deve ser realizado de maneira profilática, ou seja, se o paciente não apresenta sinais e sintomas de oclusão traumática.

Também não é recomendada sem um diagnóstico preciso do distúrbio, e claro, se o profissional não tiver total conhecimento das técnicas usas durante o procedimento.

A indicação do ajuste oclusal deve ser feita após minucioso diagnóstico, focando também nos seus objetivos:

  • Eliminar os contatos que desviam a mandíbula da posição de relação cêntrica;
  • Dirigir os vetores de força para o longo eixo dos dentes;
  • Evitar, sempre que possível, qualquer redução na altura das cúspides de contenção cêntrica;
  • Estreitar a mesa oclusal;
  • Obter a estabilidade em relação cêntrica, e a partir dai não alterar mais as cúspides de contenção cêntrica.

Trauma Oclusal

O trauma oclusal ou oclusão traumática são alterações patológicas que ocorrem no periodonto de sustentação.

Elas ocorrem devido à força excessiva feita durante a mastigação, causando lesões nos tecidos periodontais, polpa dentária, articulação temporomandibular, além dos próprios músculos da mastigação.

O paciente costuma buscar o dentista quando sente dores na mandíbula, bochecha, dentes ou gengiva. A partir daí, o cirurgião-dentista irá avaliar alguns sinais clínicos que indicam a doença. Esses sinais são:

  • Aumento do tônus muscular na região da face;
  • Dor à mastigação;
  • Dor à percussão;
  • Dores musculares;
  • Desejo de apertar os dentes.

Um paciente com trauma oclusal está exposto a uma série de doenças e complicações odontológicas. Os problemas iniciais ficam na região periodontal: raiz dos dentes e gengivas, por exemplo.

O tratamento pode ser realizado de diversas formas, dependendo do estágio da patologia. O ajuste oclusal é apenas um deles. Por isso, procure seu dentista de confiança para um avaliação completa.

ACESSO RÁPIDO
    Ramiro Murad
    Ramiro Murad Saad Neto, cirurgião-dentista com registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 118151, é graduado pela UNIC e residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Facial no Sindicato dos Odontologistas de São Paulo (SOESP - SP). Possui habilitação em Harmonização Orofacial e também é gestor de clínicas e franquias odontológicas. Além disso, é integrante da equipe Bucomaxilofacial da Clínica da Villa, que está na Rua Eça de Queiroz, 467 - Vila Mariana, São Paulo - SP.

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