Se tornando resistentes cada vez mais rápido, elas preocupam a medicina
Micróbios e bactérias que se tornam resistentes a múltiplos antimicrobianos são conhecidos como “resistente a múltiplos medicamentos” (RMM) ou superbactéria.
Esse processo é conhecido pelos especialistas como resistência antibiótica, resistência a antibióticos ou resistência antimicrobiana. Desse modo, as superbactérias se tornaram um risco e um desafia para as farmacêuticas.
Superbactérias são altamente fortes e apresentam alta resistência antibiótica. Portanto, o tratamento de infecções causadas por elas torna-se quase impossível.
A resistência das superbactérias pode surgir a partir de três origens: resistência natural, mutação genética ou resistência de uma espécia a outra, e ainda pode ser espontânea por mutações aleatórias.
Como elas se manifestam e proliferam?
O principal causador da proliferação das superbactérias é o uso inadequado ou desnecessário de antibióticos.
Os hospitais, tendem a ser os ambientes mais propícios à sua propagação. Por isso, é importante que pacientes hospitalizados estejam sempre sob atenção por estarem mais vulneráveis.
As superbactérias atingem vários setores da sociedade, podendo ser transferidas entre animais e homens, através do contato ou pela ingestão de alimentos contaminados.
Outros meios de surgimento das superbactérias
Além dos meios hospitalares e da resistência antibiótica, elas também podem se manifestar através de:
- Tratamento maior ou menor que o recomendado pelo médico;
- Uso de antibiótico para tratar doenças que não são infecções bacterianas, exemplo, gripe;
- Uso de antibiótico não indicado para o tipo de bactéria que está causando a infecção;
- Uso inadequado de antibióticos na área veterinária, especialmente em animais utilizados para o consumo humano;
- Falta de um bom controle de infecções nos serviços de saúde.
Controle e prevenção das superbactérias
Algumas medidas como a vacinação e atitudes simples como a de lavar as mãos, preparar e higienizar corretamente os alimentos, podem fazer muita diferença.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um Plano de Ação Global em Resistência aos Antimicrobianos que dá dicas e sugestões de como combater esse problema.
Dessa forma, terminar o tratamento mesmo que já esteja se sentindo bem, é fundamental nesse processo. Isso irá contribuir para que as bactérias não retornem mais fortes e desenvolvam uma resistência microbiana.
Principais superbactérias: as mais perigosas!
Além da lista com medidas preventivas, a OMS também classificou em prioridades as bactérias mais perigosas para a sociedade:
Prioridade 1: CRÍTICO
- Acinetobacter baumannii – infecções hospitalares em geral
- Pseudomonas aeruginosa – infecções hospitalares em geral
- Enterobacteriaceae – infecções hospitalares em geral
Prioridade 2: ALTO
- Enterococcus faecium – infecções hospitalares em geral
- Staphylococcus aureus – infecções cutâneas e sanguíneas, pneumonia
- Helicobacter pylori – úlceras no estômago e câncer
- Campylobacter spp. – diarreia
- Salmonellae – diarreia
- Neisseria gonorrhoeae – gonorreia
Prioridade 3: MÉDIO
- Streptococcus pneumoniae – pneumonia
- Haemophilus influenzae – meningite, pneumonia em crianças, infecções sanguíneas
- Shigella spp. – diarreia
Principais cuidados na odontologia
É extremamente importante que os dentistas sejam cuidados na prescrição de medicamentos. Muitos profissionais da área receitam antibióticos como prevenção de infecção, mas não é o recomendado.
Realizar a prescrição incorreta pode desempenhar um importante papel na infecção por Clostridium difficile, uma infecção potencialmente fatal que causa diarreia grave.
A boca, por conter uma grande quantidade de microrganismos, deve ser higienizada sempre da maneira correta, caso contrário, é certamente uma porta de entrada para doenças graves.
Superbactérias na odontologia podem trazer grandes complicações quando em contato com a corrente sanguínea, caso que ocorre na gengivite, por exemplo.
Além dos cuidados e da higiene bucal básica, é recomendado uma consulta ao dentista no mínimo de 6 em 6 meses, para que uma avaliação possa ser feita, identificando ou até mesmo prevenindo a manifestação de superbactérias.