Doença inibe os portadores do contato com o sol e pode evoluir para câncer de pele
Você já ouviu falar sobre xeroderma pigmentoso? Trata-se de uma condição extremamente rara, que afeta em média 1 a cada 200.000 indivíduos.
O xeroderma pigmentoso geralmente se apresenta na infância, no período entre os 3 a 5 anos de idade. Ele não possui predileção por sexo, logo, pode ocorrer tanto em meninos quanto em meninas.
Xeroderma pigmentoso é uma doença genética não contagiosa onde o paciente acometido desenvolve uma extrema sensibilidade aos raios solares.
Assim, o xeroderma ou XP, como também é conhecido, afeta principalmente as regiões de mais contato com os raios ultravioleta.
Entretanto, esse tipo de lesão pode acometer qualquer parte de nosso organismo, inclusive a boca. Portanto, é bom que os dentistas fiquem de olhos bem abertos quando o assunto é o xeroderma.
Xeroderma e Câncer de Pele
Estudos indicam que o problema surge quando pessoas com xerodermia pigmentosa são expostas a luz solar, pode haver uma falha no reparo do DNA.
Dessa forma, existe alta possibilidade do surgimento de lesões pré-malignas ou malignas relacionadas ao câncer de pele.
Por isso, é fundamental que pessoas com xerodermia mantenham uma conduta adequada, utilizando quantidades abundantes de protetor solar e roupas que possam cobrir o corpo de maneira adequada e evitar o sol.
Transmissão do Xeroderma
Com já foi dito, o xeroderma pigmentoso não é contagioso. Assim, não ocorre transferência da doença por meio de contato físico ou secreções, por exemplo.
Logo, a pessoa afetada pelo problema podem frequentar ambientes públicos e compartilhar interações sociais sem haver qualquer perigo para outros indivíduos.
Entretanto, pode ocorrer transmissão genética. Como a patologia é hereditária, ela pode ser passada de familiar para familiar.
Sintomas do Xeroderma Pigmentoso
As lesões decorrentes do XP geralmente se manifestam nos primeiros anos de vida do paciente. O interessante é que a gravidade dos sintomas varia de acordo com o gene afetado e o tipo de mutação causado pela doença.
Um sinal bem comum do xeroderma são sardas e manchas esbranquiçadas que aparecem em toda a extensão da pele. Além disso, é possível que o indivíduo manifeste:
- Aparecimento de dolorosas bolhas após a exposição ao sol;
- Pele seca e repleta de escamas;
- Formação de crostas em diversas regiões do corpo, afetando e deteriorando inclusive a boca e a língua;
- Olhos com alta sensibilidade a luz solar.
Fora isso, além dos perigos relacionados ao câncer de pele, pessoas que sofrem com xerodermia possuem mais chances desenvolver tumores sistêmicos que o restante da população.
Os sintomas aparecem na infância e costumam durar até os 10 anos de idade. A partir desta faixa etária, a grande maioria dos pacientes costuma apresentar sinais já relacionados ao câncer cutâneo.
Como é o tratamento do Xeroderma?
A doença pode ser tratada por meio da remoção de eventuais tumores que possam surgir e também através de terapias tópicas com medicações apropriadas e bem específicas.
Contudo, é importante ressaltar que não existe uma cura exata para essa anomalia. Assim, ela deve ser controlada e o paciente precisa tomar os devidos cuidados com a sua pele.
Outro fator importantíssimo é o aspecto social. É importantíssimo que o paciente possua amigos e familiares que entendam e aceitem o seu problema.
Assim, o portador de xeroderma pigmentoso não se abstém do convívio social e pode levar uma vida mais saudável psicologicamente.