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Reabsorção dentária pode ser ocasionada por trauma

Reabsorção dentária pode ser ocasionada por trauma

Descubra como se prevenir e tratar esse problema

Alguns pacientes, após realizarem um tratamento ortodôntico ou sofrerem qualquer trauma no órgão, podem apresentar uma reabsorção dentária.

A reabsorção dentária é um problema recorrente nos consultórios odontológicos, atingindo entre 5 e 10 por cento da população mundial.

A reabsorção dentária acontece quando, após um trauma dentário, as raízes do dente atingido perdem o seu volume. Simultaneamente, o organismo humano produz diversos anticorpos que acabam destruindo as proteínas do dente.

Em uma situação normal, células blásticas e clásticas fica responsáveis por manter as nossas estruturas periodontais de suporte.

Mas, devido a esse desequilíbrio funcional, as raízes dos dentes traumatizados ou que passaram por um tratamento ortodôntico acabam perdendo seu volume.

A perda do material radicular proporcionando diversos danos a saúde bucal.

Em certos casos, a raiz diminui em seu comprimento até chegar ao ponto de comprometer o suporte mastigatório desempenhado pelo dente, podendo até mesmo causar sua queda.

Como ocorre a reabsorção dentária?

Geralmente, uma reabsorção radicular acontece no ápice da raiz, seguido pelas superfícies mesial, vestibular, distal e lingual respectivamente.

Os dentes comumente mais afetados são os incisivos laterais superiores, os incisivos centrais superiores e os incisivos inferiores.

Um dente pode sofrer reabsorção radicular quando há uma pressão muito forte exercida sobre ele. Essa pressão faz com que surjam lacunas no cemento desse órgão.

Quando a pressão diminui, atingindo uma força de até 26 g/cm2, a reabsorção radicular cessa e as lacunas se reparam em um período de 35 a 70 dias.

O reparo acontece devido à migração de cementoblastos para a área onde ocorreu a reabsorção.

Tratamentos ortodônticos e a reabsorção

Como a força exercida sobre os dentes pode causar reabsorção, ela costuma atingir pacientes que passaram ou passam por tratamento ortodôntico.

A estrutura de suporte do dente é composta pelo cementoblasto, pelo osso alveolar e pelo ligamento periodontal.

Assim, quando as forças ortodônticas excedem o nível de 20 a 26 g/cm2, elas causam isquemia no ligamento periodontal e, como conseqüência, podem levar à reabsorção radicular.

Outras possíveis causas para a reabsorção

O tratamento ortodôntico não é o único que pode causar reabsorção radicular. Pessoas que sofrem algum tipo de traumatismo dentário também podem desenvolver a patologia.

Isso acontece porque alguns traumas causam danos na membrana periodontal que podem levar à reabsorção radicular.

Portanto, a reabsorção também está ligada a fatores sistêmicos, como problemas endocrinológicos. Entre eles podemos citar o hipotireoidismo, o hipopituitarismo e o hiperpituitarismo.

Alguns fatores nutritivos também estariam relacionados à reabsorção radicular.

Em relação à predisposição hereditária para a reabsorção, ainda é muito discutida, mas há grandes possibilidades de haver ligação entre a genética e a doença.

Como é o tratamento?

Quando o caso é mais agressivo e possui longa duração, o ideal é que o dente seja extraído. Em seguida, o profissional deve colocar um implante dentário na cavidade formada.

Mas quando o problema é diagnosticado logo no início, existe a possibilidade do paciente não precisar extrair o seu dente.

Assim, a reabsorção pode ser identificada a partir de um raio X ou até mesmo um exame mais moderno, identificando a espécie dos anticorpos presentes no sangue e prevenindo uma reabsorção dentária.

ACESSO RÁPIDO
    Ramiro Murad
    Ramiro Murad Saad Neto, cirurgião-dentista com registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 118151, é graduado pela UNIC e residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Facial no Sindicato dos Odontologistas de São Paulo (SOESP - SP). Possui habilitação em Harmonização Orofacial e também é gestor de clínicas e franquias odontológicas. Além disso, é integrante da equipe Bucomaxilofacial da Clínica da Villa, que está na Rua Eça de Queiroz, 467 - Vila Mariana, São Paulo - SP.

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