O ionômero de vidro promove bastante adesividade ao dente e libera flúor
A restauração dentária é um procedimento odontológico que permite a recomposição do dente depois de ter sofrido uma fratura ou uma cárie. E existem diversos materiais que possibilitam esse procedimento, um deles é o ionômero de vidro.
Além do ionômero de vidro, o profissional pode utilizar restaurações de amálgama, de porcelana, de resina composta, de ouro e de cerâmica.
O ionômero de vidro é composto por três componentes: sílica, alumina e fluoreto de cálcio. Essas três substâncias combinadas proporcionam uma restauração que adere muito bem ao dente e libera flúor. Além disso, é bastante resistente.
Dessa forma, suas propriedades passaram a ser mais exploradas pelos dentistas, tornando-se um dos principais tipos de restaurações.
O uso do ionômero de vidro na odontologia está classificado em três categorias:
- Tipo 1:
Para cimentação ou fixação de restaurações rígidas;
- Tipo 2:
Para restaurações diretas, estéticas e intermediárias ou reforçadas;
- Tipo 3:
Para forramento ou base e selamentos de cicatrizes e fissuras.
Embora tenha essas três categorias, o objetivo da restauração com ionômero de vidro permanece sendo o mesmo: corrigir um erro oferecendo uma alta qualidade no tratamento.
Adesividade do ionômero de vidro
A adesividade do ionômero de vidro é maior no esmalte do dente, que é a camada mais externa da superfície dentária, pois é uma estrutura mais mineralizada.
Assim, é recomendado para restauração simplesmente, sendo preterido para obturação, já que algumas envolvem o selamento de uma cavidade que acometeu a dentina, onde o ionômero de vidro não consegue se aderir com facilidade.
Portanto, é preferível o uso de restaurações de amálgama ou de resina composta, por exemplo, porque elas conseguem atender a essa expectativa também.
Liberação de flúor
Devido a qualidade de liberação de flúor, o cimento de ionômero de vidro mantém ao seu redor um ambiente propício à remineralização.
O flúor interfere na proliferação de bactérias, deixa o esmalte mais resistente aos ácidos e diminui a desmineralização.
Por isso, atribui ao material uma característica anticariogênica, ou seja, que inibe a incidência de cárie, prevenindo a instalação de novas lesões dessa patologia.
Manipulação do ionômero de vidro
Separe um frasco com pó de fluorsilicato de cálcio e alumina e outro com a solução aquosa de ácido poliacrílico.
Em seguida, coloque o pó sobre a placa de vidro, que é o suporte para manipular materiais, dividindo-o em duas metades.
Em uma delas, adicione o líquido e mexa por 15 segundos. Depois, coloque o restante do pó e misture por mais 15 segundos. Ao fim, você terá uma massa cremosa, vítrea e úmida.
Seja cuidadoso durante a manipulação. Tenha consciência da quantidade certa para aquele determinado procedimento.
A ausência de líquido deixaria o material com pouca adesividade. E seu excesso faria com que a amostra ficasse porosa, com muita solubilidade e sem resistência.
Outros materiais para restauração
Restaurações em resina
A resina composta é um material que vem apresentando grande predileção dos pacientes.
Sua cor é idêntica a dos dentes.
Então, no que diz respeito à estética, a restauração em resina é muito melhor que as demais. São geralmente usadas nos dentes da frente, que ficam mais aparentes.
Restaurações de ouro
Produzidas a partir de uma liga de ouro. Dentre todos os materiais de restauração dentária, este é o que dispõe da mais alta durabilidade.
Entretanto, também não se equivale com a cor do dente. São costumeiramente caras, custando até dez vezes mais que a de amálgama de prata.
Restaurações de cerâmica
Estabelecida a partir de porcelana. Sua coloração é igual a dos dentes. Em comparação com a resina, possui menos firmeza. Ou seja, podem trincar ou quebrar com mais facilidade.
Restaurações de amálgama
O amálgama é uma estrutura provinda de uma liga metálica. Em virtude disso, sua coloração apresenta destaque, quando comparada à do dente.
Os pacientes preferem que a amálgama seja utilizada nos dentes de trás para que não seja tão visível. São mais resistentes que o ionômero de vidro, durando em média dez anos. Além disso, seu custo está entre os mais baixo, o que o torna convencional.