A estomatologia previne, diagnostica e trata as doenças da boca, sendo importantíssima para a saúde bucal
Partindo da morfologia da palavra “estomatologia”, “estoma” significa boca e “logia”, estudo. Portanto, estomatologia é o estudo da boca.
A boca é composta por diversas estruturas, contendo inúmeras doenças relacionadas. O especialista em estomatologia, então, tem a função de conhecê-la e identificar quais disfunções podem acometê-la.
A estomatologia é a especialidade que previne, diagnostica e trata as doenças da boca. Mesmo estando inserido na odontologia, esse profissional não trata somente de distúrbios nos dentes. Ele atua de maneira geral em toda nossa cavidade bucal.
Apesar de cuidar de patologias convencionais que aparecem na boca, como aquelas aftas que demoram para cicatrizar, o estomatologista deve também saber identificar manifestações de doenças sistêmicas, ou seja, anomalias que acometem nosso corpo, mas que se manifestam por vias orais.
Tratamento oncológico
Durante o tratamento oncológico, o paciente fica suscetível a infecções já que está com a imunidade baixa, além de apresentar diversos efeitos colaterais decorrentes da medicação.
Por isso, o profissional da estomatologia é o mais indicado para o assunto, pois conhece todo o aparelho estomatognático.
O sistema estomatognático é o conjunto de ossos, músculos, articulações, dentes, língua, lábios, bochechas, glândulas, artérias, veias e nervos envolvidos no processo de mastigação, deglutição, respiração e fonação.
Para a realização de cada estrutura dessas quatro citadas, é demandado um ofício diferente desses conjuntos. Portanto, precisam sempre trabalhar em perfeita sincronia e plenitude.
Assim, reconhecer qualquer distúrbio não é tão simples quando parece, visto que ele pode ser causado por inúmeros fatores.
Se o paciente estiver sendo tratado com o uso da quimioterapia, os efeitos adversos incluem boca seca, sangramento gengival e infecções secundárias ocasionadas por conta da imunossupressão, isto é, reações do nosso corpo causadas por medicamentos que anulam o sistema imunológico.
A mais comum é a mucosite, que são os ferimentos que surgem na boca.
Um dos procedimentos mais usuais para ajudar na regeneração do tecido da mucosa é a laserterapia.
Laserterapia como tratamento
A laserterapia é uma fonte de luz com vários comprimentos de onda que oferecem qualidades terapêuticas. Por isso, apresentam atividade anti-inflamatória, analgésica e bioestimulante.
É preciso saber que existem dois tipos de laser odontológicos: os de alta potência, para procedimentos cirúrgicos mais pesados e preparos na cavidade dentária, e os de baixa potência, que são os relacionados à laserterapia.
No caso, é usado o laser de baixa potência.
A luz que emite é absorvida pelas células mais fracas do corpo, o que aumenta a microcirculação local e normaliza a produção de energia celular, fortalecendo-as. Sendo assim, o uso do equipamento se tornou indispensável para terapia do câncer de boca.
Especificamente sobre os remédios que o estomatologista pode receitar, estão antibióticos, anti-inflamatórios, anestésicos e analgésicos tópicos, variando de acordo com a situação.
Outras doenças
Como dissemos, o estudo da boca é muito abrangente, assim como suas doenças. Confira quais as principais doenças que se exteriorizam pela boca:
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Doenças autoimune
No lúpus, por exemplo, as lesões orais iniciam-se primeiro como petéquias (pequenos pontinhos vermelhos). Depois, passam a ser úlceras mais graves.
Com o pênfigo vulgar, há a formação de uma bolha que se estoura e deixa uma ferida bem sensível.
A cicatrização das duas é muito difícil por serem doenças autoimunes. Ou seja, o próprio sistema imunológico ataca as células saudáveis.
Os primeiros sinais dessa infecção bacteriana são feridas que nascem na gengiva e demoram para cicatrizar. Além disso, também causam úlceras e placas vermelhas na região.
Para tratar a anomalia, os especialistas recomendam principalmente o uso de antibióticos.
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HIV
Doenças causadas pelo vírus HIV aparecem por meio de linhas verticais brancas na lateral da língua, aftas grandes e gengiva inflamada.
O indivíduo com essa doença se encontra com baixa imunidade, sendo mais propenso a desenvolver qualquer tipo de disfunção.
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Cirrose hepática
Para quem sofre de cirrose hepática, aquela lesão gerada no fígado por causa da ingestão de bebidas alcoólicas, gorduras ou algum tipo de vírus, a gengiva pode sofrer alteração em sua coloração, ficando mais amarelada.
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Câncer de boca:
Os sintomas do câncer de boca podem varias de acordo com o grau da doença e aparecem de maneira silenciosa.
Nos estágios iniciais é comum aparecer: feridas na boca ou aftas que não cicatrizam em duas semanas; manchas vermelhas ou brancas dentro da boca; feridas superficiais que não doem nem sangram; e dor e sensação de incômodo na garganta.
Nos mais avançados: dificuldade de mastigar, falar e engolir; caroços no pescoço e aumento da língua; edentulismo; e mau hálito persistente.
Se identificou com algum sintoma? Não hesite! Procure um profissional da estomatologia o mais rápido possível e veja como anda sua saúde bucal.