PACIENTES

Síndrome de Ehler-Danlos: saiba quais os cuidados odontológicos

Síndrome de Ehler-Danlos: saiba quais os cuidados odontológicos

Síndrome torna tecidos orais mais frágeis

A síndrome de Ehler-Danlos recebeu esse nome em referência aos médicos que a identificaram, Edvard Ehlers e Henri-Alexandre Danlos, na virada do século XX.

Entenda neste artigo como a síndrome de Ehler-Danlos afeta a saúde bucal do paciente.

Síndrome de Ehler-Danlos é uma doença hereditária que afeta o tecido conjuntivo. Essa síndrome é causada por um defeito na síntese do colágeno.

O colágeno, por sua vez, conta com função fundamental para os tecidos. Isso porque ele auxilia na resistência de sua deformação.

Além de contribuir para a força física da pele, das articulações, dos músculos, dos ligamentos, dos vasos sanguíneos e até mesmo dos órgãos viscerais.

Dessa maneira, problemas em relação ao colágeno acarretam maior elasticidade para os tecidos.

Relação entre a síndrome de Ehler-Danlos e Odontologia

Algumas manifestações orais podem revelar a importância da síndrome de Ehler-Danlos na odontologia. Sangramentos excessivos na área da gengiva, por exemplo, podem ser sinal ou consequência da doença.

Isso acontece devido a maior fragilidade do tecido. Contudo, alguns profissionais não se atentam a essa característica, e acabam propondo tratamentos que agravam ainda mais o quadro da hipermobilidade.

Até mesmo um quadro de hemorragia de difícil controle pode ser iniciado quando esse sinal é ignorado. Entre outros sinais orais da SED, podemos citar:

Fragilidade da mucosa oral

Essa característica é importante, uma vez que o toque de alguns instrumentos odontológicos pode facilmente romper o tecido.

Maior incidência de doenças periodontais

Os pacientes que carregam essa condição estão mais propícios ao desenvolvimento de doenças que afetam as gengivas, o ligamento periodontal e o osso alveolar, responsável pela sustentação dos dentes.

Dessa maneira, a ocorrência de casos de periodontite se mostra como uma das mais comuns nesses pacientes, podendo até mesmo levar a perda dos dentes.

Consequentemente, outros possíveis casos são os de recessão gengival e a mobilidade dentária.

Hipoplasia do esmalte dentário

Essa característica acarreta interrupções e problemas para a formação completa e adequada do esmalte dentário. O esmalte dentário é uma estrutura dura que tem como função proteger os elementos da arcada dentária.

Desse modo, o paciente que conta com hipoplasia do esmalte estão mais suscetíveis ao desenvolvimento de doenças, como a cárie dental.

Além disso, em alguns casos, a microdontia também acompanha a condição. Ela é caracterizada pelo desenvolvimento de dentes menores do que o normal, também acompanha a condição.

Agenesia dentária

A agenesia dentária consiste na ausência congênita de dentes na arcada dentária.

Dessa maneira, ela pode ser classificada em:

  • Hipodontia: de 1 a 5 dentes ausentes;
  • Oligodontia: 6 ou mais dentes ausentes;
  • Anodontia: todos os dentes ausentes.

A ausência de alguns dentes, como os incisivos ou os caninos, acarretam problemas para o adequado funcionamento da cavidade bucal.

Isso porque esses dentes estão diretamente ligados a funções como a mastigação ou a fala.

Para evitar que sejam indicados tratamentos que coloquem o paciente em situações incômodas e dolorosas, e seguir o ideal manejo odontológico de pacientes com síndrome de Ehler-Danlos, é importante que o dentista tenha ciência de todos os aspectos de sua saúde, incluindo a existência ou não da síndrome.

Desse modo, a síndrome de Ehler-Danlos pode ser identificada por meio da realização de uma anamnese odontológica e exames detalhados.

ACESSO RÁPIDO
    Rodrigo Venticinque
    Rodrigo Venticinque é graduado pela Universidade de Santo Amaro (UNISA) e especialista em Prótese e Reabilitação Oral Integrativa, Biofísica Quântica, Biorressonância Aplicada e Ortomolecular. Possui pós-graduação em Estética Dental e Reabilitação Oral, com certificação em Remoção Segura da Amálgama e Odontologia Biológica pela Academia Internacional de Medicina Oral e Toxicologia. Também é professor de pós-graduação em Biofísica e Ortobiomolecular da QuantumBio e atua nas áreas de Ozonioterapia, Odontologia Sistêmica, Sedação Consciente com Óxido Nitroso e Hipnose. Além disso, Rodrigo possui registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 52860 e é diretor da Clínica Venticinque Odontologia Biológica e Integrativa, que fica na Rua dos Chanés, 505 - Moema, São Paulo - SP.

    Leia também