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Sialolitíase pode causar fortes dores e inchaço facial

Sialolitíase pode causar fortes dores e inchaço facial

A doença é bastante comum e costuma afetar principalmente adultos

A saliva é essencial para um bom funcionamento e manutenção de nossa saúde bucal. O problema ocorre quando o paciente desenvolve uma sialolitíase, que pode prejudicar a produção desse elemento tão importante.

A sialolitíase é extremamente comum, e apesar de se desenvolver em qualquer faixa etária, ela tem maior incidência em adultos.

Sialolitíase é a inflamação e obstrução dos ductos das glândulas salivares. Essa anormalidade acontece devido à formação de pedras ou cálculos nessa região.

Características dos Cálculos da Sialolitíase

A maioria dos cálculos é composta de fosfato de cálcio com pequenas quantidades de magnésio e carbonato. Pacientes que sofrem com gota tendem a ter cálculos compostos de ácido úrico.

A formação do cálculo salivar exige um local onde os sais possam precipitar durante a estase salivar.

Este fenômeno ocorre em pacientes que estão debilitados, desidratados, com alimentação precária ou consomem algum anticolinérgico.

Quando os cálculos são persistentes ou são recorrentes, é comum que haja a infecção da glândula envolvida.

Sintomas da Sialolitíase

Assim como a maioria das anomalias, a sialolitíase também desencadeia uma série de sintomas no indivíduo, sendo eles:

  • Dor no rosto;
  • Dor no pescoço;
  • Dor na boca;
  • Inchaço facial;
  • Boca seca:
  • Halitose:
  • Vermelhidão na região afetada;
  • Febre.

Quais são as causas da Sialolitíase?

A grande verdade é que ainda não se sabe ao certo a real causa do problema.

Apesar disso, alguns profissionais indicam que ela está relacionada a utilização de determinados medicamentos como anti-hipertensivos, anti-histamínicos ou anticolinérgicos.

Essas substâncias diminuem drasticamente a produção salivar, provocando uma desidratação na região. Por isso, a saliva acaba ficando bem mais concentrada.

Diagnóstico da Sialolitíase

O diagnóstico ocorre através de uma avaliação clínica seguida de alguns exames de imagem, como uma ultrassonografia por exemplo.

Se um cálculo não for aparente ao exame, o paciente pode utilizar um sialagogo (alguma substância que provoque o fluxo de saliva). Assim, a reprodução dos sintomas é quase sempre diagnóstico de um cálculo.

Ultrassonografia e sialografia são altamente sensíveis e usadas caso o diagnóstico clínico não esteja claro.

A sialografia de contraste pode ser feita através de um cateter inserido no ducto, o que possibilita a diferenciação  entre sialolitíase, estenose e tumor.

Essa técnica é ocasionalmente terapêutica. Pelo fato de 90% dos cálculos submandibulares serem radiopacos, e 90% dos cálculos de parótidas serem radiotransparentes, radiografias planas nem sempre são precisas.

Tratamento da Sialolitíase

Quando a pedra salivar é pequena, o tratamento pode ser realizado na própria casa do paciente.  Desse modo, o ideal é consumir rebuçados sem açúcar e se hidratar bastante.

Assim, você estará estimulando a produção salivar, o que consequentemente irá forçar o cálculo a sair do ducto. Outra técnica que pode ajudar, é a aplicação de calor e massagem na região.

Quando o quadro é mais grave o médico pode tentar remover a pedra manualmente, pressionando com a ponta dos dedos para que a pedra seja expelida do ducto.

Se a técnica não funcionar, o ideal é recorrer a uma intervenção cirúrgica. Em algumas ocasiões, ondas de choque podem ser aplicadas para fragmentar os cálculos e facilitar a sua remoção.

Caso a sialolitíase resulta em uma infecção das glândulas salivares, o médico também pode receitar o uso de antibióticos.

ACESSO RÁPIDO
    Ramiro Murad
    Ramiro Murad Saad Neto, cirurgião-dentista com registro no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) nº 118151, é graduado pela UNIC e residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Facial no Sindicato dos Odontologistas de São Paulo (SOESP - SP). Possui habilitação em Harmonização Orofacial e também é gestor de clínicas e franquias odontológicas. Além disso, é integrante da equipe Bucomaxilofacial da Clínica da Villa, que está na Rua Eça de Queiroz, 467 - Vila Mariana, São Paulo - SP.

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