Entenda mais sobre as glândulas salivares e sobre como a técnica é realizada
É fato que a saliva é bastante importante para a nossa saúde bucal. Por isso, caso ela pare de ser produzida podemos enfrentar grandes complicações. Assim, pode ser necessária uma sialoendoscopia.
A sialoendoscopia foi desenvolvida na Suíça e na Alemanha. Relatos indicam que tenha se desenvoldido em meados da década de 90. Mas, afinal, que técnica é essa?
Sialoendoscopia é uma modalidade criada para tratar e examinar doenças benignas que possam acometer as glândulas salivares dos pacientes.
A verdade é que, inicialmente, ela foi bastante usada para o diagnóstico de cálculos obstrutivos.
Entretanto, com o passar do tempo, os especialistas começaram a entender a endoscopia salivar como um procedimento menos agressivo quando comparado à cirurgia de remoção de glândulas acometidas.
Desde então ela vem se popularizando e ganhando adeptos no mundo todo.
Agora iremos entender como essa técnica é realizada. Acompanhe!
Sobre as glândulas salivares
As glândulas salivares são glândulas exócrinas, que secretam saliva e outras substâncias. Elas podem ser separadas em dois grupos principais: as maiores e as menores.
Glândulas maiores
As glândulas maiores são três:
- Glândula Parótida: está localizada na parte posterior da boca, próxima as articulações temporomandibulares (ATM), mas seus ductos chegam até o meio das bochechas;
- Glândula Submandibular: está localizada abaixo do revestimento da mandíbula, portanto, só pode ser encontrada na parte inferior da boca;
- Glândula Sublingual: das três, essa é a mais visível e fácil de ser encontrada. Como o próprio nome aponta, ela está localizada embaixo da língua.
Glândulas menores
As glândulas menores são cinco e estão espalhadas por certos pontos da boca:
- Labial: pode ser encontrada na região dos lábios, tanto na porção superior quanto na inferior;
- Vestibular;
- Glossopalatina: localizadas na região do palato;
- Palatina: localizadas na região posterior do palato;
- Lingual: estão espalhadas por toda a língua, órgão que precisa estar constantemente úmido com saliva.
Como é feita a sialoendoscopia?
Como já dissemos, o procedimento é muito menos invasivo que uma cirurgia de remoção de glândulas. Entretanto, isso não significa que ele é necessariamente simples.
Trata-se de uma ação que pode ser diagnóstica ou cirúrgica. Nela, se usa um mini endoscópio, de 0,75 a 1,6 mm de espessura, que é introduzido no ducto das glândulas salivares. Esses ductos podem ser:
- Sublingual;
- Submandibular;
- Parótida.
Assim, além de conseguir um diagnóstico mais preciso, também é possível efetuar a irrigação e o tratamento de patologias e cálculos das glândulas salivares.
Para a realização do procedimentos são usados aparelhos bastante específicos. Eles recebem o nome de sialoendoscópios.
Esse é um método que promete revolucionar o tratamento de disfunções salivares, pois evita cirurgias maiores, preservando as glândulas e suas funções, sendo muito mais benéfico aos pacientes.
Como sei se preciso realizar uma sialoendoscopia?
Para saber se é necessária a realização dessa terapia, a única alternativa é consultar um profissional de confiança. Somente ele pode confirmar se a intervenção é necessária ou não.
Entretanto, existem alguns sintomas que podem indicar que há alguma coisa errada com as suas glândulas salivares e você precisa consultar um profissional da saúde. São eles:
- Dor na glândula afetada;
- Diminuição e/ou ausência de saliva na boca com perda da função da glândula;
- Aumento do tamanho das glândulas;
- Alteração da pele sobre as áreas inflamadas com vermelhidão;
- Risco de formação de abscesso;
- Febre com mal estar e fraqueza;
- Secreção purulenta ou muito viscosa
Esses são os principais sinais que o seu organismo pode dar caso haja inflamação, obstrutiva ou não, em suas glândulas salivares. Assim, pode ser necessária a realização de uma sialoendoscopia.